Você sabe sobre a importância da atuação de um cirurgião-dentista residente em uma ESF? Não? Vou te explicar, chega mais!
Uma vez inserido nesse âmbito suas atividades precisam ir além de consultas ou apenas métodos curativos, sendo necessário transcender esses procedimentos em busca de investigar o sujeito, o território ou o modo que ele vive para a partir disso dar origem a iniciativas que visem a mudança de hábitos e melhoria de qualidade de vida e proporcionar a aproximação da equipe com a comunidade, estabelecendo um vínculo para ofertar um aumento de serviços oferecidos e garantir sua efetividade.
Mas antes de tudo, vamos saber do que se trata uma residência?
A residência nada mais é do que uma forma de inserir qualificadamente jovens profissionais da saúde no mercado de trabalho, de preferência em áreas prioritárias do SUS e são norteadas por seus princípios e diretrizes a partir da necessidade e realidade local, é como uma pós-graduação, porém, se volta para uma educação prática e designada especificamente para a área da saúde, possuindo estratégias práticas e teóricas com durações mínimas de 2 anos e capacitando o profissional para exercer sua função.
A importância da Estratégia de Saúde da família e porque ela foi criada:
Sabe-se que antigamente o modelo hospitalocêntrico tinha um maior enfoque por acreditar que a cura da doença seria encontrada apenas no âmbito hospitalar, porém, ao longo dos anos essa ideia foi desconstruída e o foco foi destinado a uma reorientação dos serviços de atenção à saúde, contribuindo para a inserção e participação da comunidade, dando origem inicialmente ao que era denominado PSF e hoje se chama ESF que teve sua criação buscando contemplar a prevenção de doenças, a promoção de saúde e ofertar ações terapêuticas de menor complexidade.
O papel e a relevância do dentista residente inserido nesse meio:
A saúde bucal é um dos componentes primordiais para proporcionar o bem-estar, diante disso, a necessidade de acompanhamento, diagnóstico, avaliações e realização de procedimentos feitos por um cirurgião-dentista é essencial, a ideia de integrá-lo a ESF surgiu ao observar-se a necessidade de promoção da saúde e com o intuito de aumentar o acesso da população aos serviços de saúde bucal. De acordo com levantamentos feitos pela pesquisa nacional de saúde bucal (SB Brasil), o Programa Brasil Sorridente passou a atingir 100 milhões de cidadãos pelo atendimento básico do SUS, aumentando a oferta e cobertura de serviços públicos odontológicos. Ficou claro, portanto, que a partir do delineamento de determinada área tornou-se possível identificar os problemas existentes e agir diretamente neles, planejando intervenções coerentes com a realidade vivenciada e tornando maioria dos recursos terapêuticos acessíveis, incluindo serviços odontológicos.
Considerações finais:
Torna-se evidente, portanto, que é de extrema importância a existência do cirurgião-dentista residente e incluso na equipe da Saúde da família, pois desempenha importante papel na realização de intervenções cirúrgicas, tratamentos de problemas odontológicos e busca também desenvolver procedimentos coletivos, priorizando sempre o princípio da integralidade que busca enxergar o indivíduo além do processo saúde-doença, garantindo assistência de acordo com os diferentes níveis de complexidade e o meio em que ele vive (determinantes sociais).
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REFERÊNCIAS
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