O ser humano busca incessantemente se destacar no mercado de trabalho. Isto se deve ao fato de que, para obter sua estabilidade financeira, tornou-se cada vez mais necessário se aperfeiçoar e ter o seu diferencial dentre os demais profissionais desta área. Uma das formas de se aperfeiçoar que vem sendo cada vez mais buscadas são as residências.
As residências existem há mais de uma década (instituída através da Lei nº 11.129 de 30/06/2005) e são regulamentadas pela Portaria Interministerial MEC/MS nº 1.077, de 12/11/2009. Elas são classificadas como cursos de pós-graduação latu sensu, ou seja, são cursos de especialização para profissionais da saúde com diploma de graduação.
Quanto tempo dura uma Residência?
Segundo a Portaria Interministerial MEC/MS nº 1.077, de 12/11/2009, a residência deve ter a duração de 2 anos. Sendo que o residente deve cumprir uma carga horária de 60 horas semanais (80% prática e 20% teoria) e não deve ter nenhum vínculo empregatício, ou seja, ele deve ter dedicação exclusiva a residência. Além disto, o residente tem direito a 1 folga semanal e 30 dias de férias anuais que podem ser dívidas em 2 férias de 15 dias cada.
Mas como terei condições de arcar com meus gastos?
O Ministério da Saúde conjuntamente com o Ministério da Educação, dispõem aos residentes um valor mensal de R$ 3.330,43. Desta forma, além de enriquecer seu currículo e seu conhecimento, os residentes poderão dispor desta quantia para suas despesas durante a residência, seja ela uniprofissional ou multiprofissional.
Existe apenas um tipo de Residência?
Não. Àquelas residências que concentram apenas uma profissão são chamadas de uniprofissionais (como a patologia clínica, anestesiologia, clínica cirúrgica de pequenos animais), e as que concentram várias áreas de atuação (exemplo: saúde coletiva) são chamadas de multiprofissionais.
Como faço para ingressar em uma Residência?
Para ingressar em uma residência é necessário passar por uma prova objetiva, que dispõe de questões relacionadas a saúde pública (SUS) e a conhecimentos específicos da área que você pretende ingressar (exemplo: clínica médica de pequenos animais). Além da prova, há uma análise curricular que atribuem pontos (mínimos e máximos) de acordo com o seu desenvolvimento, principalmente durante a universidade, como contribuição em projetos de pesquisa e extensão durante a graduação, participação de palestras, eventos, congressos, artigos publicados, desempenho no histórico (média geral, reprovações). Há também as bancas examinadoras que realizam as provas práticas e entrevistas. No fim, os critérios adotados por cada residência são somados e esta nota dará a classificação de cada inscrito.
A residência oferece inúmeras vantagens ao profissional, que vão desde o aprendizado qualificado até o destaque no mercado de trabalho. Este último ponto se torna decisivo diante do elevado número de profissionais da saúde, no qual busca àquele que se diferencie dos demais concorrentes. Portanto, a residência certamente será o seu passaporte na hora de conseguir a sua estabilidade financeira e/ou a tão sonhada vaga no mercado de trabalho.
Referências
EDUCA MAIS BRASIL. O que é curso lato sensu? Disponível em: < https://www.educamaisbrasil.com.br/educacao/carreira/o-que-e-curso-lato-sensu>. Acesso em: 15/04/2021.
UFES. Programa de Residência Multiprofissional em Saúde e Uniprofissional em Medicina Veterinária. Disponível em: <https://residenciamultiprofissional.ufes.br/programa-de-residencia-multiprofissional-em-saude-e-uniprofissional-em-medicina-veterinaria-0>. Visualizado em: 15/04/2021.
UNICAMP. Bolsa, auxílios moradia e alimentação. Disponível em: < https://www.fcm.unicamp.br/fcm/residencias-em-saude/residencia-multiprofissional/area-do-residente/bolsa-auxilios-moradia-e-alimentacao>. Visualizado em: 15/04/2021.
USP. O que é a Residência. Disponível em: <https://prceu.usp.br/residenciamulti/a-residencia/>. Acesso em: 15/04/2021.