Essa área era a Farmácia Clínica, que apareceu inicialmente em 1960, sendo inicialmente uma área dedicada ao ambiente hospitalar. Em 2013, o Conselho Federal de Farmácia adicionou, o (CFF), Conselho Federal de Farmácia adicionou a Farmácia Clínica como uma das áreas possíveis para o farmacêutico atuar.
A farmácia clínica tem como objetivo dar ciência do uso racional de medicamentos, onde os profissionais prestam o cuidado com o paciente por intermédio da farmacoterapia, para promover a saúde e o bem estar e também para prevenir doenças. Para a legislação 585, de 2013, é o trabalho desenvolvido pelo farmacêutico com o objetivo de fornecer orientação sobre o uso de medicamentos, independente de contato com o paciente.
Esta atribuição clinica é caracterizada pela abordagem dos medicamentos e pela revisão das prescrições médicas, diminuindo eventuais riscos; auxiliando no manejo da doença e na redução do tempo de internação, ou também levando o paciente à cura em menos tempo.
Locais de atuação do Farmacêutico Clínico:
Hospitais de Urgência & Emergência
Em hospitais, a farmácia clínica tem sido fundamental na cura de pacientes internados. Em torno de 15% dos pacientes que estão internados nos hospitais sofrem reações adversas devido a interações medicamentosas durante o período no local. O farmacêutico, por meio da análise de prontuários e da análise das prescrições no momento da dispensação identifica se o tratamento está sendo utilizado de forma correta, bem como, alerta a equipe de saúde possíveis interações e riscos a saúde.
Ambulatórios médicos
Neste caso, os médicos encaminham os pacientes polimedicados que procuram serviço médico aos profissionais farmacêuticos. Nos ambulatórios, os pacientes recebem uma orientação adequada com o objetivo de
reestabelecimento pronto da saúde, bem como, diminuir casos de resistência por parte do paciente ao tratamento.
Em Farmácias e Drogarias
Nas farmácias, o farmacêutico recebe a prescrição, avalia a mesma e promove o uso racional de medicamentos, prestando um suporte adequado à farmacoterapia. Em torno de 64% da população compra medicamentos sem
prescrição, e 72% delatam sintomas diretamente na farmácia, com o objetivo de solicitar indicação de medicamentos no local. A tabela abaixo aponta a respeito dos principais serviços prestados pelos farmacêuticos no Brasil.
Tabela 1 – Principais serviços prestados pelos farmacêuticos clínicos nas farmácias pelo Brasil
Fonte:
https://www.cff.org.br/userfiles/file/noticias/Apresenta%C3%A7%C3%A3o%20CFM%20(5).pdf. Acesso em 01 ago 2020
Consultórios Farmacêuticos:
A partir das Resoluções 585 e 586 de 2013, do CFF, e da Lei nº 13.021/14, começou a surgir um movimento entre os farmacêuticos, no começo, com menor proporção e dentro das farmácias, de montar suas clínicas para prestação de serviços farmacêuticos à população, dentre eles, a prescrição de medicamentos. Depois, diversos consultórios foram surgindo para facilitar a interação com o paciente, atendendo com privacidade e permitindo ao
profissional indicar uma farmacoterapia adequada, bem como, corrigir os riscos da mesma.
Essa área é uma das áreas mais promissoras da farmácia, ou seja, tem tendência a crescer muito futuramente. Quem deseja seguir carreira nesta área deverá concluir o ensino superior, além de apostar em uma especialização em farmácia clínica, para que possa se tornar um farmacêutico de excelência.
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REFERÊNCIAS:
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Atribuições Clínicas do Farmacêutico. Disponível em: https://www.cff.org.br/userfiles/file/noticias/Apresenta%c3%a7%c3%a3o%20CFM%20(5).pdf. Acesso em 02 ago 2020
MORAES, Greice Graziela; ROSA, Karini; FRANTZ, Mara Regina; BATISTA, Matheus Sulbauer; SCHNEIDER, Ana Paula. Atuação do farmacêutico residente em uma unidade de pronto atendimento: contribuindo para a promoção da saúde. Santa Cruz do Sul. Revista Brasileira de Epidemiologia e Controle de Infecção. 6(4):181-184, 2016.
VIANA, Stephanie; ARANTES, Tiago; RIBEIRO, Sabrina Correia. Intervenções do farmacêutico clínico em uma Unidade de Cuidados Intermediários com foco no paciente idoso. São Paulo. Einstein; 15(3):283-28, 2017