Olá amigos da saúde, tudo bem? Hoje vamos abordar um pouco sobre o pré-natal, sua importância e como é realizado. Antes de mais nada, que tal abordarmos um pouco sobre a importância do acolhimento pelos profissionais?
Cabe a equipe de saúde, ao entrar em contato com a gestante, buscar compreender os múltiplos significados da gestação para aquela mulher e sua família. O contexto da gestação é determinante para o seu desenvolvimento, para a relação que a mulher e a família estabelecerá com a criança, pois contextos favoráveis fortalece vínculos e isso é importante no desenvolvimento saudável do ser humano.
Condições básicas para a organização da assistência pré-natal:
Essa assistência deverá ser organizada de forma que atenda às necessidades reais da população, então é de extrema importância que sejam atendidos alguns pontos nessa prestação de serviço, como:
- Discussão permanente com as mulheres sobre a importância do pré-natal;
- Identificação das gestantes do território atendido e o pronto início do pré-natal, para que possam ser iniciadas ainda no primeiro trimestre;
- Acompanhamento periódico dessas gestantes;
- Sistema eficiente de referência e contrarreferência.
Além desses pontos essenciais, para que tudo seja desenvolvido com excelência, precisamos de recursos humanos, de uma área física adequada, de equipamentos e instrumentais para execução do trabalho, de instrumentos de registros e medicamentos essenciais.
Calendário de consultas pré-natais:
Todas as consultas pré-natais poderão ser feitas na Unidade Básica de Saúde contida no distrito onde reside a gestante, ele será programado em função das necessidades de cada mulher, sendo um atendimento individualizado.
Aí vocês me perguntam, enfermeiros podem fazer pré-natal? Sim! De acordo com a Lei do Exercício Profissional da Enfermagem – Decreto nº 94.406/87, o enfermeiro poderá acompanhar inteiramente todo pré-natal de baixo risco.
As consultas pré-natais:
As consultas deverão ser feitas periodicamente, com intervalo de quatro semanas entre elas. As consultas deverão ser mensais até a 28ª semana, quinzenais entre a 28 e 36ª semanas e semanais no termo. Não existe alta no pré-natal.
Na primeira consulta pré-natal iremos avaliar a história clínica da gestante, que consiste na avaliação de dados, tais como: identificação; dados socioeconômicos; motivos da consulta; antecedentes familiares; antecedentes pessoais; antecedentes ginecológicos; sexualidade; antecedentes obstétricos; gestação atual.
Também na primeira consulta, iremos realizar o exame físico, que é de extrema importância, não só a realização do exame físico geral, mas, com enfoque para o exame obstétrico: examinar mamas, medir fundo uterino, auscultar batimentos fetais, identificação da apresentação fetal, inspeção dos genitais externos, exame especular.
As ações complementares servem para uma análise geral da saúde da gestante, como forma de prever toda e qualquer complicação, então é importante a ida ao dentista e, também, ter todo o calendário vacinal completo.
Nas consultas subsequentes, vamos apenas revisar a ficha perinatal, fazer anamnese atual, calcular e anotar a IG, controlar o calendário vacinal e realizar o exame físico obstétrico.
Fatores de risco na gravidez:
Vocês sabem porque é importante identificar os fatores de risco na gravidez? Primeiro, pois vamos identificar gestações de risco, referenciar essa gestante a um serviço especializado e fazer diagnósticos para estabelecer condutas adequadas para a mãe e o seu bebê.
O papel do enfermeiro no pré-natal:
Orientar as mulheres sobre a importância do pré-natal, amamentação, vacinação, preparo para o parto; realizar consulta pré-natal em gestações de baixo risco; solicitar exames de rotina e orientar tratamentos conforme protocolo do serviço; encaminhar gestantes de risco para o médico; realizar exame citopatológico.
Então, pessoal, essa é uma breve contextualização da importância do pré-natal e sua realização no contexto da saúde pública, com um grande enfoque na importância do enfermeiro nesse processo. Espero que tenham gostado!
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Referência:
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Assistência integral à saúde da mulher: base de ação programática. Brasília, Centro de Documentação do Ministério da Saúde, 1984. 27p. (Série B: textos básicos de saúde, 6).
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Atenção ao pré-natal de baixo risco, Cadernos de Atenção Básica, 2013, 1ª edicação.