Nosso compromisso vai muito além da preparação de nossos futuros residentes e servidores públicos. A Sanar preza pela formação de profissionais capacitados, críticos e capazes de desenvolver raciocínios clínicos e condutas terapêuticas efetivas para nossos pacientes.
Quantas e quantas vezes não escutamos de conhecidos, pacientes e amigos que o tratamento fisioterapêutico se resumiu a “gelo, choquinho e massagem”?! Ora, a crioterapia, eletroterapia e a massagem terapêutica têm o seu devido valor, especialmente em quadros agudos inflamatórios, nos quais a dor persiste. O que viemos te alertar, todavia, é que não podemos restringir os nossos conhecimentos e aptidões clínicas a estes recursos. Pensando nisso, preparamos algumas dicas de como sair “da caixinha” e desenvolver pensamentos críticos condizente à realidade clínica de seu paciente:
DICA 1: ENTENDA QUAL A PRINCIPAL QUEIXA FUNCIONAL DO SEU PACIENTE
Quando recebemos um paciente com lombalgia, por exemplo, muitos estudantes e profissionais tendem a querer apenas resolver o quadro álgico, sem se atentar ao fato de que a queixa está limitando uma determinada função – e esta função, por sua vez, pode ser muito determinante na qualidade de vida e nas atividades laborais deste paciente.
Com este raciocínio, passamos a entender que a resolução do quadro álgico é apenas a etapa inicial do tratamento deste paciente. Após isto, precisamos entender quais os contextos social, de atividades e de participação (isso mesmo, com base na Classificação Internacional de Funcionalidade! A famigerada CIF!) nos quais este paciente está envolvido, para que trabalhemos os exercícios necessários integrados à função que desejamos reaprender.
Voltando ao caso do paciente com lombalgia: este paciente, por ventura, relata que o quadro álgico o impede de surfar, atividade que realiza desde adolescente. Pensando nesta limitação, podemos adaptar o fortalecimento da musculatura estabilizadora da coluna vertebral levando em consideração os movimentos necessários à pratica de surf: a extensão de cotovelos e de tronco sobre a prancha, a mobilidade de quadris para preparar o surfista para levantar-se, o posicionamento em agachamento sobre a prancha e, enfim, o ato de levantar-se e manter controle do tronco – todos esses movimentos associados à contração dos core muscles e controle motor! Afinal, queremos reintegrar nosso paciente à função!
DICA 2: ESTABELEÇA PEQUENAS METAS FUNCIONAIS ATINGÍVEIS
Uma vez que conhecemos a principal queixa funcional de nosso paciente, é necessário estabelecermos metas funcionais pequenas e atingíveis, para que possamos, pouco a pouco, trabalhar outras técnicas e desenvolver maiores graus de funcionalidade.
Supondo que um paciente sofreu um AVC há 3 meses e, estando em cadeira de rodas, apresenta como maior desejo funcional a marcha. Nesse caso, a crioterapia, a eletroterapia e a massagem terapêutica não são os melhores recursos, concordam?
Mas o que fazer em um caso como este? Vejam: podemos segmentar esta atividade funcional em pequenos componentes a serem ganhados com a nossa paciente, tais como:
– Controle de tronco;
– Descarga de peso em membros inferiores;
– Fortalecimento de membros inferiores;
– Transferência de posições (sedestação para ortostatismo);
– Controle do tronco e equilíbrio em ortostatismo;
– Trabalho das fases da marcha, com ênfase em fases de resposta à carga e apoio médio, que estão usualmente mais afetadas em pacientes pós-AVC;
– Colocação de obstáculos ao percurso da marcha (circuitos funcionais).
Este foi um protocolo clínico genérico, mas, obviamente, temos que nos atentar ao quadro do nosso paciente para o estabelecimento de metas atingíveis.
DICA 3: INVISTA EM CURSOS DE FORMAÇÃO
Por melhor que o curso de graduação seja, a sua função majoritária é formar fisioterapeutas generalistas, sem grandes ênfases em uma determinada área. Sendo assim, para ampliarmos nossos horizontes e termos contatos com novas técnicas de tratamento, sugerimos que escolha um bom curso de formação complementar e aplique os conhecimentos em sua respectiva área!
DICA 4: ESCOLHA UMA ÁREA DE ATUAÇÃO E SEJA O MELHOR!
Não adianta queremos ser bons em absolutamente todas as áreas, concordam? Recomendamos que escolha uma área pela qual tenha mais afinidade e busque especializar-se nesta área! E as especializações podem ser por meio de cursos de pós-graduação latu sensu (como as residências e aprimoramentos, por exemplo) ou strictu sensu, como os mestrados e doutorados. Estude, invista em você e seja o melhor!
A Fisioterapia é um campo bastante vasto, com diversas técnicas efetivamente comprovadas. Sendo assim, não restrinja seu potencial ao comum. Em caso de maiores dúvidas, a Sanar está aqui para te auxiliar a crescer enquanto profissional e conquistar seus sonhos.
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