O outubro rosa é a campanha internacional de conscientização sobre o câncer de mama, criada em 1986, pela Fundação Susan G. Komen for The Cure. A campanha ganhou o mundo trazendo a conscientização e a responsabilidade social em relação ao câncer de mama e à saúde da mulher.
São mais de 200 mil casos de câncer de mama registrados desde 2013, de acordo com o Relatório Painel-Oncologia do Instituto Nacional de Câncer do Ministério da Saúde de 2019. São estimados 59.700 casos somente este ano, sendo o risco de 56 casos a cada 100 mil mulheres. Segundo o painel, também é possível verificar que não há informação sobre tratamento em mais de 7 mil casos, além de que mais de 43 mil casos levam até 60 dias para ter o seu primeiro tratamento realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Mas o que isso tudo significa para o profissional de saúde? É claro que ele será parte fundamental de todo o processo patológico da paciente. Porém, o papel do profissional da saúde vai muito além disso, principalmente na questão da prevenção.
A campanha do Outubro Rosa tem a grande missão de conscientizar pessoas, mas, sobretudo, profissionais, para a real necessidade da prevenção ao câncer de mama, do diagnóstico precoce e do atendimento humanizado.
Diante de dados que mostram a grande incidência do câncer de mama nas mulheres, muitos estudos e procedimentos foram instaurados para que a detecção precoce fosse o foco principal dos profissionais em relação à população feminina. Principalmente ao levar em conta que um em cada três casos pode ser curado quando descoberto em estágio inicial.
Desse modo, o ideal é que o profissional esteja preparado, diante da sua área de atuação, para identificar, conhecer, atender ou encaminhar a paciente logo que detectar indícios da doença.
O Ministério da Saúde, através da “Cartilha Câncer de Mama, vamos falar sobre isso?”, traz, em linguagem mais clara, lúdica e objetiva, as principais informações sobre a doença. Assim, a cartilha dá aos profissionais de saúde ferramentas alternativas para alcançar a população geral e falar mais efetivamente sobre o assunto, utilizando da educação para prevenir a doença.
O profissional precisa ter em mente que campanhas como o Outubro Rosa não foram criadas para que a conscientização aconteça apenas naquele mês específico. Trata-se, também, de uma grande oportunidade para alcançar e instruir cada vez mais pessoas sobre essa condição e, assim, possibilitar o diagnóstico precoce, a educação familiar e comunitária e, principalmente, a prevenção primária.
A campanha também pode servir para trazer ao conhecimento da população e dos pacientes os principais avanços científicos relacionados ao tratamento do câncer de mama.
Pacientes com câncer tem muitos medos e receios, principalmente quando se encontram em estágios avançados ou metastáticos. Por isso, avanços como o uso do anticorpo monoclonal Atezolizumabe, a primeira imunoterapia específica para o tratamento de um dos tipos mais agressivos do câncer de mama, trazem esperança para esses pacientes.
O anticorpo Atezolizumabe foi aprovado pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em junho desse ano. De acordo com um estudo publicado no The New England Journal of Medicine em 2018, o uso da medicação trouxe a redução do risco de progressão ou morte em 38% das pacientes. Os pesquisadores brasileiros consideram esse novo tratamento um grande avanço, principalmente por melhorar a qualidade de vida das pacientes e controlar a progressão da doença nas pacientes que não têm cura.
Conforme os avanços acontecem na área da saúde, os profissionais precisam de constante aperfeiçoamento, estudo e desenvolvimento. Assim, para darmos a melhor assistência aos nossos clientes, é fundamental que sejamos qualificados, humanizados e competentes para exercer aquilo de que nos comprometemos. Lembrem-se de que a diferença se inicia com você, por isso estude, aprimore-se e empodere-se!
Por Verônica Costa