Placenta Acreta: Tudo que você precisa saber!

 

O que é acretismo placentário?

É a implantação anormal da placenta na parede uterina, ultrapassando o endométrio, invadindo o miométrio, podendo chegar à camada serosa ou invadir outros órgãos, como a bexiga. Causa importante impacto na morbimortalidade materna, devido ao grande risco de hemorragias.

A placenta acreta ocasiona sérias complicações como hemorragia pós-parto, coagulopatias, perfuração uterina, choque, infecção, perda da fertilidade e até morte. Diante disso, torna-se necessária a investigação pré-natal em pacientes de alto risco para placenta acreta, objetivando o diagnóstico precoce e o planejamento individualizado da melhor abordagem terapêutica.

Qual a principal complicação?

A complicação mais comum associada a essa condição é o sangramento pós-parto, que é potencialmente fatal. É uma das principais indicações de histerectomia de emergência periparto.
 

Quais as classificações para o acretismo placentário?

Pode ser classificada segundo o grau de profundidade da implantação em:

  1. Placenta Acreta Simples: invade miométrio somente até um terço de sua, parede, com ausência da decídua basal;
  2. Placenta Increta: penetra profundamente no miométrio;
  3. Placenta Percreta: atinge a serosa ou até outros órgãos adjacentes.

 

Como diagnosticar a placenta acreta?

O diagnóstico pré-natal, sobretudo com ultrassonografia, é ideal porque permite planejar individualmente a conduta.
 

Qual conduta terapêutica adotar à paciente com placenta acreta?

O tratamento pode ser realizado de três formas:

  1. Cesariana associada à histerectomia periparto;
  2. Cesariana, juntamente com conduta conservadora em que a placenta é deixada in situ, com abordagem expectante. Nesse caso, deve-se ter segurança quanto à hemostasia bem realizada, podendo ser associada à embolização de artéria uterina ou a uso de drogas como o metotrexato, para auxiliar na reabsorção placentária.

As complicações mais comuns são febre, endometrite e coagulação intravascular disseminada, formação de fístulas e fracasso da reabsorção placentária. O tratamento conservador é indicado quando a perda de sangue é mínima, há desejo de preservar a fertilidade, há técnicas de suporte adequadas e serviço de vigilância rigoroso à puérpera.

O tratamento da placenta acreta com metotrexato representa alternativa segura e razoável de manutenção da fertilidade em pacientes hemodinamicamente estáveis, sem sangramento ativo.