Vacinas – Vias de Administração

Este artigo tem a finalidade de fornecer um instrumento de consulta rápida a profissionais de saúde sobre a administração de imunobiológicos.
As vacinas têm indicações específicas quanto à composição, apresentação, via de administração, doses a serem administradas, idade recomendada, intervalo entre as doses, conservação e validade.
Quanto as vias de administração, é possível administrar as vacinas por via oral, intradérmica, subcutânea e intramuscular.
 
VIA ORAL
A via oral é utilizada para a administração de soluções que são melhor absorvidas no trato gastrointestinal. A dose é administrada pela boca e apresentados, geralmente, em gotas.
 
VIA INTRADÉRMICA (ID)
Na utilização desta via a solução é introduzida nas camadas superficiais da pele, isto é, na derme. A via intradérmica é uma via de absorção lenta, utilizada para a administração da vacina BCG-ID. O volume máximo indicado, introduzido por esta via, é de 0,5ml, sendo que, geralmente, o volume corresponde a frações inferiores ou iguais a 0,1ml.
 
VIA SUBCUTÂNEA (SC)
Na utilização dessa via a solução é administrada nas camadas subcutâneas. A via subcutânea é utilizada para a administração de soluções que necessitam ser absorvidas mais lentamente, assegurando uma ação contínua. Essas soluções não devem ser irritantes, devendo ser de fácil absorção.
O volume máximo a ser introduzido por esta via é de 1,5ml. Vacinas, como a contra o Sarampo, Caxumba e Rubéola (Tríplice Viral) tem indicação específica desta via.
 
INTRAMUSCULAR
Na utilização desta via, a solução é introduzida no tecido muscular. Utilizada para a administração de volumes superiores a 1,5ml de soluções irritantes (aquosas ou oleosas) que necessitam ser absorvidas rapidamente e também quando é necessário obter efeitos mais imediatos
 
QUAL A VIA INDICADA NA ADMINISTRAÇÃO DE VACINAS?
 
BCG – ID: dose única ao nascer. Via de administração: Intradérmica, no braço direito, inserção inferior do músculo deltoide.
Vacina Hepatite B (recombinante): 1ª dose (monovalente) ao nascer. Via de administração: Intramuscular. Não aplicar na região glútea.
Vacina Pentavalente (DTP/Hib/HB): aos 2, 4 e 6 meses. Via de administração: Intramuscular. Não aplicar na região glútea.
Vacina inativada poliomielite (VIP): aos 2, 4 e 6 meses. Via de administração: Intramuscular, vasto lateral da coxa.
Vacina monovalente rotavírus humano (VORH): aos 2 e 4 meses. Via de administração: oral
Vacina pneumocócica 10 (conjugada): aos 2, 4 e 12 meses. Via de administração: intramuscular, vasto lateral da coxa ou deltoide.
Vacina meningocócica C (conjugada): aos 3, e 12 meses. Via de administração: intramuscular.
Vacina febre amarela (atenuada): aos 9 meses e reforço aos 4 anos. Via de administração: subcutânea, de preferência na face externa da parte superior do braço.
Vacina tríplice viral: aos 12 e 15 meses. Via de administração: subcutânea.
Vacina tríplice bacteriana (DTP): aos 15 meses. Via de administração:  intramuscular.
Vacina Hepatite A: dose única aos 15 meses. Via de administração: a intramuscular.
Vacina oral poliomielite (VOP), aos 4 anos. Via de administração: oral.
Vacina Varicela, pode ser aplicada após os 12 meses de idade. Após 13 anos de idade, são aplicadas duas doses com intervalo mínimo de um mês. Via de administração: Subcutânea.
Vacina HPV (quadrivalente): em meninos de 11 a 14 anos e em meninas de 9 a 14 anos. Via de administração: intramuscular.
 
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenação do Programa Nacional de Imunizações. Manual de normas de vacinação. 3ª ed. Brasília, 2001. 68 p.
 
BRASIL. Ministério de Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Programa Nacional de Imunizações. Manual dos centros de referência de imunobiológicos especiais. 3ª ed. Brasília, 2006. 155 p.
 
BRASIL, Calendário Vacinal 2018. Disponível em: < https://saude.es.gov.br/Media/sesa/Vacina%C3%A7%C3%A3o/Calendario%20Nacional%20de%20Vacinacao%20-%202018.pdf>