A abdominoplastia ou dermolipectomia abdominal é a cirurgia plástica que visa o tratamento do excesso de flacidez da pele do abdome que tem entre as suas principais causas: o emagrecimento ponderal e a gravidez. Na maioria dos pacientes, a lipoaspiração associada está indicada para um melhor resultado estético do contorno corporal . A cirurgia sempre deixa uma cicatriz visível – com tamanho variável de acordo com o excesso de pele retirado – e normalmente alocada em locais coincidentes com a marca de roupas de banho dos pacientes.
A gravidez após a abdominoplastia não é contra-indicada formalmente , porém há importante prejuízo do resultado estético obtido com a cirurgia.
Pré-operatório
Como todas as cirurgias, apresenta riscos que podem ser minimizados com a cautela de alguns fatores. Um destes, é a realização do pré-operatório adequado, o que inclui a consulta médica com especialistas, exame físico e realização de exames. Sejam eles laboratoriais – como hemograma, coagulograma, provas de funções renais e hepáticas, beta HCG qualitativo, urina de rotina; eletrocardiograma; exames de imagem – raio-x de tórax, ultrassonografia de paredes abdominais ( para exclusão de hérnias) e ultrassonografia doppler venosa de membros inferiores ( para exclusão de trombose venosa profunda prévia).
Além dos exames, é importante que o paciente esteja com peso dentro do IMC normal ou o mais próximo possível dessa faixa. Sabe-se que a obesidade é um fator de risco a mais para complicações cirúrgicas. E, ao contrário do que muitos pacientes pensam, a abdominoplastia não visa o emagrecimento.
Outro ítem importante na segurança da cirurgia é a proscrição do tabagismo. O cigarro dificulta a cicatrização, favorece epiteliólises e age como fator pró-trombótico. É imprescindível que ele seja suspenso por pelo menos 60 dias antes da cirurgia. Com a ressalva de que a suspensão não cessa os malefícios do uso anterior, apenas diminui a probabilidade dos possíveis efeitos deletérios.
Complicações
As principais complicações da abdominoplastia são: seromas , deiscências de suturas, necrose de pele, diminuição ou perda de sensibilidade em alguma área do abdome ( transitória ou definitiva). Quando a lipoaspiração está associada, o risco cirúrgico aumenta. Num cenário mais dramático, a complicação mais temida e a mais letal da abdominoplastia é a embolia pulmonar – situação que precisa de diagnóstico precoce e adequado tratamento para redução de taxas de mortalidade.
O ato cirúrgico
A abdominoplastia é realizada com anestesia geral e/ou peridural. O tempo cirúrgico dura em média 3 horas. E, além do excesso de pele removido, a diástase ( “ o afastamento” ) do músculo reto abdominal também é tratada através da sutura dos mesmos.
Pós-operatório
Os cuidados do pós-operatório exigem uso de cintas durante todo o dia por 30 dias e por 12 horas nos 30 dias seguintes. São solicitadas um mínimo de 10 sessões de drenagem linfática ( quando associada à lipoaspiração, esse número sobe para 20).
É indicada a postura de ligeira flexão do tronco (“curvada”) na deambulação com progressão gradual para a ereta até o trigésimo dia de pós-operatório. O uso de antibióticos e anticoagulantes por 7 dias são tratamentos comumente prescritos. E, preconiza-se que esforços físicos devem ser evitados por 30 dias .