Carreira de Perito Criminal Farmacêutico: conheça essa possibilidade

Quer ser perito criminal farmacêutico?

O concurso da Polícia Federal 2018 já foi autorizado pelo novo ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. A previsão é que serão oferecidas cerca de 500 vagas, distribuídas entre os cargos de Agente, Delegado e Perito Criminal. Deste número total, cerca de 67 vagas deverão ser destinadas para os Peritos, com remuneração inicial de R$ 23.130,84, para uma jornada de trabalho de 40 horas semanais. Em janeiro de 2019, os vencimentos passarão por reajuste para R$ 24.150,74. 

Profissionais de Farmácia que desejam iniciar a carreira em perícia, necessitam, antes de tudo, compreender o contexto em que a atividade pericial é aplicada. A sua profissão, neste campo, exige que seus conhecimentos específicos de Farmácia caminhem em intersecção com a ciência do Direito Processual Penal.

Assim, a busca pela verdade é o elemento central que norteia a execução do trabalho de um perito ou uma perita. Isto porque se está diante de uma necessária e cuidadosa investigação que objetiva verificar se uma conduta potencialmente criminosa de fato o é, possibilitando, assim, a aplicação justa da lei.
 

E como a farmácia se relaciona com a pericia criminal?

O último levantamento do Ministério da Justiça sobre a Perícia Criminal no Brasil (2013) aponta que aproximadamente 17% dos peritos criminais no Brasil são Farmacêuticos e/ou Bioquímicos.

Diante da multifuncionalidade que a área de Farmácia abarca, a pessoa que tem essa formação é ideal para realizar as perícias laboratoriais, demandadas para elucidação dos crimes. A perícia laboratorial é, portanto, um exame complementar que subsidia tecnicamente o inquérito policial ou processo penal. E estes exames envolvem as grandes áreas da ciência como a Química, a Física e a Biologia.

Desse modo, temos as áreas de atuações assim definidas:
 

                                 ÁREAS DE ATUAÇÃO NA PERÍCIA CRIMINAL FARMACÊUTICA
        Entomologia Forense Aplicação do conhecimento acerca dos insetos em procedimentos investigativos criminais.
Divide-se nas categorias: 1) urbana, que envolve danos em imóveis causados por insetos, em relações de compra e venda; 2) produtos estocados, que trata da contaminação por insetos em produtos comercializados e 3) médico-legal, que trata da ocorrência de insetos em cenas de crime contra a vida.
          Química Forense Voltada para a produção de provas materiais para a justiça, através da análise de substâncias diversas em matrizes, tais como drogas lícitas e ilícitas, agentes tóxicos, adulteração de alimentos e bebidas, acelerantes e resíduos de incêndio, explosivos, resíduos de disparo de armas de fogo, combustíveis, tintas e fibras etc.
     Genética/DNA Forense Utilização do conhecimento e das técnicas de genética e de biologia molecular no auxílio à justiça.
Pode ser aplicada em teste de paternidade, identificação ou individualização de animais, plantas e microrganismos presentes em resíduos, provas ou até mesmo num cadáver.
       Toxicologia Forense É a ciência que estuda os agentes tóxicos em matrizes biológicas. “Agentes tóxicos” são substâncias lícitas ou ilícitas, drogas psicoativas atingem o sistema nervoso central.
      Hematologia Forense Consiste na identificação de sangue “in natura”, sangue humano, tipagem sanguínea, etc.
       Bromatologia Forense Visa identificar falsificações, adulterações, ou qualquer alteração em alimentos e bebidas, inclusive a presença de venenos. Auxilia a defesa do consumidor, bem como os casos de homicídio tentado ou consumado com emprego de veneno em alimentos ou bebidas, ou ainda no crime de falsificação de produto.

 
Além disso, é fundamental saber que o material analisado por esse perito requer uma estrutura laboratorial qualificada. São os cuidados e observação aos regramentos no trato da prova pericial que conduzirão ao melhor resultado do seu trabalho. Esse resultado nada mais é do que a produção de um laudo pericial confiável. Por isso, essa profissão também envolve a normatização e efetivação das regras para coleta, transporte e armazenamento de amostras biológicas.

Sendo assim, o perito farmacêutico aplica técnicas na retirada de amostras em locais de crimes e em instrumentos, amostras em vítimas vivas ou post-mortem e amostras de referência.

São exemplos de amostras extraídas do local do crime tecidos, órgãos, ossos e dentes. O perito farmacêutico, dessa maneira, tem por função garantir a integridade da amostra extraída em todo o seu processo de análise. Assim, em um acidente aéreo com vítimas fatais, por exemplo, dentre outras possibilidades de amostras, faz toda a diferença obter dos vitimados os principais dentes, conservando suas raízes, dado que a arcada dentária é um elemento vestigioso que representa forte identificação antropológica.

Diante de todas essas informações, é evidente que a função de quem atua com a perícia criminal farmacêutica tem um valor imprescindível no alcance da finalidade de esclarecer condutas em contextos criminosos. A aplicação de seus conhecimentos técnicos e científicos impactam vidas, direta ou indiretamente.

E aí, se interessou ainda mais por essa carreira? Então veja como se preparar para atuar como Perito Criminal Farmacêutico!
 

Por Sanar

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