Após a Secretaria Municipal de Saúde de Piracicaba (SP) confirmar mais um caso suspeito de febre amarela, os macacos-prego do Zoológico Municipal ganharam um proteção para evitar que os animais tenham contato com o Aedes aegypti, mosquito que pode transmitir a febre amarela.
Os locais onde ficam os macacos receberão uma tela de proteção de 800 metros. De acordo com a Prefeitura, a iniciativa é de prevenção, já que em Piracicaba não foi registrado nenhum caso da doença nem em macacos nem em humanos.
Nos próximos dias, o cuidado será estendido para os bugios e também para os macacos-aranha, num total de sete recintos e um espaço para quarentena.
As biólogas do zoológico dizem que a colocação da tela de proteção é uma recomendação da Secretaria do Meio Ambiente do Estado, já que há casos de macacos que morreram na região de Campinas, em decorrência da febre amarela.
“Temos de proteger os macacos porque eles são mais sensíveis ao vírus. Onde há casos de febre amarela os macacos estão sendo dizimados”, alerta a bióloga Camila Xavier.
Caso suspeito
A Secretaria Municipal da Saúde confirmou nesta quinta-feira (26) a existência de mais um caso suspeito de febre amarela. De acordo com a pasta, a cidade chegou a registrar outros dois, mas eles tiveram resultados negativos, atestados pelo Instituto Adolfo Lutz.
O caso suspeito está sendo acompanhando e a rotina para controle da doença no bairro, onde mora o possível portador da doença, já está sendo executada preventivamente pelo Centro de Controle de Zoonose e Vigilância Epidemiológica, informa a Prefeitura. A cofirmação ou não da doença só poderá ser obtida após exames do Instituto Adolfo Lutz.
Pelos critérios estabelecidos pelas autoridades da área da saúde, entende-se por suspeito para Febre Amarela todo paciente que apresente febre, icterícia e distúrbios de coagulação e seja procedente ou more em área de risco.
Vacinação
Ainda segundo a Prefeitura, a vacina contra febre amarela está disponível em 23 postos de saúde do município para as pessoas que moram ou frequentam constantemente a zona rural e para as pessoas que vão viajar para cidades em que a doença esteja ocorrendo.
Segundo dados do Ministério da Saúde, até o dia 18 de maio, em todo o Brasil, havia 3.192 casos suspeitos de febre amarela notificados. Desses, 622 (19,5%) em investigação, 758 (23,7%) confirmados e 1.812 (56,8%) descartados. Dos 426 óbitos notificados, 264 (62%) foram confirmados, 42 (9,9%) em investigação e 120 (28,1%) foram descartados