Quais são os melhores investimentos para médicos? Se tempo é dinheiro, como valorizar meu tempo? É possível ter melhores hábitos financeiros?
Essas foram algumas das dúvidas que eu e o Dr. Caio Nunes, médico e autor do livro “Investimentos para médicos. Deixe o dinheiro dar plantão para você” respondemos ao vivo no Facebook na semana passada (veja o vídeo aqui). O tema do bate-papo foi “Como o médico deve investir na sua saúde financeira?”.
Para quem não me conhece, sou Luciano Tavares, especialista em finanças pessoais, fundador e CEO da Magnetis, a maior consultoria de investimentos automatizados do Brasil.
Para você que não conseguiu participar ao vivo, selecionei as principais dúvidas que apareceram e separei 9 tópicos com recomendações que podem te ajudar a manter a saúde das finanças em dia. São ideia que eu e o Dr. Caio discutimos com os participantes.
1- Se o médico ganha bem, por que deve se preocupar com as finanças pessoais?
Existe um mito sobre a carreira médica: de que o médico ganha bem e por isso nem precisa se preocupar com as finanças pessoais. Esse é um grave erro que pode custar a saúde financeira do médico ao longo do tempo.
A realidade é que muitos médicos são profissionais liberais, ou seja, não trabalham com carteira assinada. Além disso, em muitos casos a renda varia de mês para mês, dependendo do volume de consultas e cirurgias realizadas, por exemplo. O fator sazonalidade tem peso importante.
Para lidar com essa característica da carreira médica, a recomendação é: quanto maior a variabilidade e sazonalidade da sua renda, maior a sua necessidade de fazer provisionamentos. No caso de um profissional liberal, essas provisões devem ser calculadas considerando, por exemplo, valores relativos a 13º salário, férias, aposentadoria – como se você tivesse carteira assinada. E para quem tem dívida da faculdade para pagar, esse valor também deve entrar na conta dos provisionamentos (conte com a Magnetis para investir seu dinheiro de forma prática, faça um teste grátis).
Ou seja, se há incerteza sobre quanto será a sua renda no próximo mês, maior a importância de se poupar e investir dinheiro todos os meses para ter um fundo de emergência. Isso evita que o médico caia em dívidas caras e desnecessárias.
Nos meses das “vacas magras”, basta usar a reserva de emergência, que será reposta nos meses de “vacas gordas”.
2- Mais horas de trabalho significam mais dinheiro? Como não ficar escravo do trabalho?
Os principais ativos do médico são sua mão de obra e seu conhecimento.
Muitas vezes, em busca de elevar a renda, o profissional aumenta a carga horária de trabalho. “Se eu aumentar o número de plantões, vou ter renda extra”, muitos pensam. Depois, ficam escravos desse ciclo e sempre passam a trabalhar mais, diminuindo a qualidade de vida. Na prática, diminuem o valor recebido por hora trabalhada.
É possível não ser escravo do trabalho?
A resposta é sim, claro.
Há dois tipos de investimentos que você pode fazer para não ser escravo do trabalho e dos plantões…
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Primeiro, investir o dinheiro que você poupa todo mês (a Magnetis pode te ajudar a fazer isso de forma simples). Fazendo isso, ao longo da sua carreira você poderá complementar sua renda ativa (fruto do trabalho) com uma renda passiva (fruto da rentabilidade das suas aplicações).
Quando o dinheiro cresce e trabalha ao seu favor, você pode se dedicar a outro tipo de investimento: sua carreira. Se há tempo disponível na agenda, o médico pode se dedicar a cursos, congressos, mestrado, doutorado, enfim, aprimoramento em geral. Com isso, você ganha eficiência e sua hora trabalhada passa a valer mais!
3- Para o médico, tempo é dinheiro. Qual é a estratégia de investimento indicada para esse perfil profissional?
Na realidade da carreira médica, a expressão tempo é dinheiro é literal.
As longas jornadas de trabalho podem até recompensar, mas acaba que não sobra tempo para se dedicar a outras atividades.
Com isso em mente, como arrumar tempo para crescer na carreira e ao mesmo tempo gerir seus investimentos?
Qualquer pessoa pode fazer investimentos por conta própria, basta ter interesse, estudar e pesquisar bastante. Mas isso demanda tempo para dedicação, pois o mercado financeiro é complexo.
A recomendação que damos é: gaste seu tempo se dedicando à sua profissão e aprimoramento, enquanto um especialista em investimentos te auxilia a investir do jeito certo.
Vale dizer que se você tem um problema de saúde, não precisa estudar Medicina, basta procurar o médico especialista correto. O mesmo vale para as finanças…
4- Eu amo a minha profissão e quero trabalhar até quando puder. Devo me preocupar com a aposentadoria?
Não importa o quanto você ame a carreira médica, uma hora você vai querer se aposentar – ou pelo menos reduzir a carga de trabalho e ter tranquilidade.
Além disso, fica cada vez mais claro que a Previdência Social não vai dar conta da renda necessária para uma aposentadoria confortável.
Médicos devem se preparar para a aposentadoria. Entenda como investir da melhor maneira.
Nossa indicação é: assuma a responsabilidade pelo seu futuro. O quanto antes você começar a investir, mais renda terá para se aposentar. A diferença entre começar a poupar aos 30 anos de idade e aos 40 anos é brutal: pode significar três vezes mais renda na aposentadoria.
E lembre-se que investir para a aposentadoria não é sinônimo de previdência privada. Os produtos dos bancos (PGBL e VGBL), apesar dos incentivos fiscais, em geral têm altas taxas de administração e de carregamento, que corroem a rentabilidade líquida. Com isso em mente, considere que ter uma carteira diversificada de longo prazo pode ser a melhor opção para uma aposentadoria tranquila (descubra como a Magnetis pode te ajudar nessa tarefa).
5- Como lidar com as dívidas da faculdade de Medicina?
Os juros de qualquer dívida, por menores que sejam, sempre são maiores que os juros que você ganha ao aplicar seu dinheiro.
Isso acontece por causa da maneira como o mercado funciona: o banco pega o dinheiro dos investidores (que compram um CDB, por exemplo) e transforma esse dinheiro em empréstimos para quem precisa. E é claro que o banco quer lucrar nessa operação: por isso o juros que paga aos investimentos é menor do que o que ele cobra de quem faz um empréstimo. Enquanto a poupança rende em torno de 8% ao ano, os juros do cartão de crédito rotativo estão em mais de absurdos 450% ao ano!
Por isso, se você tem alguma dívida, o melhor investimento que pode fazer é paga-la primeiro. E, uma vez quitada a dívida, aí sim é hora de buscar um especialista em investimentos.
6- Posso planejar as minhas finanças para ter tranquilidade durante a residência médica?
Existe um período da carreira médica em que a renda é menor: é a fase da residência médica.
Como se planejar para essa fase de renda mais apertada (e que vai durar de 4 a 6 anos)?
Não tem milagre. O importante é tentar se planejar o quanto antes, por exemplo, economizando dinheiro ao longo dos anos da faculdade. Além disso, é necessário manter as despesas enxutas, vivendo sem grandes luxos.
O médico Caio Nunes conta que adotou uma estratégia diferente: antes de entrar na residência, serviu nas Forças Armadas. Com isso, garantiu sua vaga na residência médica e viveu um período em que gerou uma renda maior, no qual fez provisionamentos que garantiram a ele uma reserva de dinheiro para usar durante a residência. “Não funciona para todo mundo, mas funcionou para mim”, diz ele.
7- Muita gente acredita que todo médico é rico. Como não cair na tentação de “esbanjar”?
Há uma percepção social de que o médico tem maior status financeiro, é rico… Mas hoje o mercado mudou, há mais médicos sendo formados e na média os salários são menores.
Nós sempre tendemos a gastar proporcional ao que ganhamos, por isso a disciplina financeira é necessária a pessoas de qualquer nível de renda. Evite gastos supérfluos que só servem para esbanjar, pois há um risco de você não conseguir poupar e, pior, cair em dívidas.
Em resumo: no longo prazo, bons hábitos financeiros te darão muito mais prazer do que o imediatismo dos gastos supérfluos.
8- Para o médico, é melhor ser pessoa jurídica ou pessoa física?
A pessoa física que tem carteira assinada tem uma série de benefícios, como 13º salário, férias e FGTS. Por outro lado, esses benefícios representam descontos pesados entre salário bruto e líquido. Isso não acontece na pessoa jurídica. No entanto, o PJ deve ter claro que precisa fazer por conta própria os “descontos” sobre seu recebimento bruto, ou seja, provisionar dinheiro que será usado nas férias e na aposentadoria, por exemplo.
Uma dica importante, que pode ajudar os PJs, é ter uma visão anual das despesas. Todo ano tem IPVA, férias, gastos com cursos… Com essa forma de visualizar os gastos, fica mais fácil fazer os provisionamentos necessários.
9- Qual é o tipo de investimento indicado para quem acabou de sair da residência médica?
Muitas pessoas me perguntam qual é o investimento ideal. A resposta é que não existe um investimento certo, mas sim o investimento indicado para cada pessoa, considerando seu perfil, idade, momento de vida e objetivos financeiros – dentre outros fatores.
O investimento certo é aquele que se encaixa no seu perfil.
Quem é mais jovem, por exemplo, pode investir em ativos de maior risco, pois tem um horizonte maior de tempo para esperar o dinheiro render. É diferente de quem é mais velho e precisa de maior segurança. Conte com a Magnetis para te ajudar a definir seu perfil e a criar um plano de investimentos personalizad o.
Tem mais alguma dúvida sobre finanças pessoais e investimentos? A Magnetis pode te ajudar, entre em contato conosco pelo contato@magnetis.com.br ou (11) 4380-8080.
Caio Nunes é médico pela Universidade Federal da Bahia – UFBA e autor do livro Investimentos para Médicos: Deixe o dinheiro dar plantão por você
Luciano Tavares é fundador e CEO da Magnetis. Administrador de carteiras credenciado pela CVM e planejador financeiro CFP ®, tem mais de 20 anos de experiência no mercado financeiro.
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