Você que atua ou é estudante na área da Saúde já deve ter escutado falar sobre Classificação de Risco na Saúde. Mas, o que isso significa? Como ela funciona na prática? Reunimos a seguir as informações necessárias que todo profissional da área precisa saber. Acompanhe!
São muitos os pacientes que chegam em unidades de saúde buscando atendimento, todos os dias. Portanto, é preciso definir quem precisa ser atendido antes. Afinal, casos que apresentam maior risco devem ter prioridade.
E é sobre isso que vamos falar.
Classificação de risco na Saúde
A classificação de risco é muito utilizada em serviços de urgência e emergência em Saúde com a função de avaliar o paciente que chega numa unidade hospitalar.
Geralmente, acontece assim: após passar pela recepção, é elaborada uma ficha de atendimento, com dados preliminares sobre o histórico da pessoa e queixa atual.
Essa ficha auxiliará na classificação de risco, que permite identificar e sinalizar a gravidade do estado de saúde de quem está em busca de um atendimento.
O próximo passo é ser encaminhado ao responsável pela classificação de risco. Esse profissional, na maioria das vezes, é um enfermeiro, que irá seguir um protocolo específico para coletar informações por meio da escuta qualificada.
No caso do paciente não conseguir se expressar, o acompanhante é ouvido. Toda e qualquer informação sobre o ocorrido pode ser importante.
Os que estiverem sofrendo com alguma demanda mais crítica, com maior risco de complicações, serão atendidos primeiro, independentemente da ordem de chegada.
Afinal, eventos como infarto e parada cardiorrespiratória não podem esperar. Sabemos que um segundo pode fazer a diferença na vida do indivíduo nessa situação.
Assim como essas ocorrências, outras também pioram a cada instante de espera e demandam pronto-atendimento.
A classificação leva em conta a situação do paciente, o quadro no momento, potencial de risco e grau de sofrimento, entre outras informações relevantes.
Agora, uma curiosidade: vale saber que essa triagem é inspirada no método utilizado pelos militares americanos nas guerras do século XX. Já naquela época, essa metodologia era utilizada para socorrer primeiro quem mais demandava cuidados e poderia não conseguir esperar.
Protocolo de Manchester
No Brasil, a classificação de risco mais comum é o Protocolo de Manchester. Ele é conhecido por utilizar cinco cores, sendo cada uma referente a um nível de gravidade.
As cores são: vermelho, laranja, amarelo, verde e azul. Elas vão do mais grave (vermelho) aos casos mais leves (azul).
Como podemos imaginar, a identificação visual otimiza o tempo. Ela, inclusive, é usada na maior parte de clínicas e hospitais do mundo – sejam eles públicos ou particulares.
Se usada de forma adequada, essa classificação de risco pode diminuir as filas de espera e a aflição dos pacientes e familiares.
Sem dúvida, ela é fundamental para a organização do trabalho dos profissionais de saúde. Principalmente, em instituições públicas, que frequentemente estão lotadas.
Para determinar a classificação do paciente, vale destacar, são analisados pontos como: sinais vitais, dor, pressão, sintomas, histórico de saúde, entre outros.
Entenda melhor os comandos de cada cor no contexto da classificação de risco:
Cor | Classificação | Forma de Encaminhamento | Onde ir |
Vermelho | Caso gravíssimo. Emergência | O paciente demanda atendimento imediato e possui risco de morte. | Hospital |
Laranja | Caso grave. Muito urgente | O paciente precisa de atendimento o mais prontamente possível. | Hospital ou Unidade de Pronto-Atendimento 24h (UPA) |
Amarelo | Urgente | Gravidade moderada. Não considerada como emergência, pois o paciente tem condições clínicas para aguardar o atendimento. | Unidade de Pronto-Atendimento 24h (UPA) ou Unidade de Emergência. |
Verde | Pouco Urgente. Caso menos grave. | O paciente pode ser assistido no consultório médico, de forma ambulatorial. | Unidade de Pronto-Atendimento 24h (UPA) ou Atendimento ambulatorial em Unidades Básicas de Saúde ou Unidades de Saúde da Família |
Azul | Não Urgente | Caso de menor complexidade. O paciente deve ser atendido e acompanhado no consultório médico, no formato ambulatorial. | Atendimento ambulatorial em Unidades Básicas de Saúde ou Unidades de Saúde da Família |
Dá para imaginar como seria um hospital sem alguma triagem dos pacientes que chegam procurando ajuda? A importância da classificação de risco é enorme tanto para pacientes, quanto para toda a equipe multidisciplinar.
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