Sonhando com a aprovação em residência? Para chegar lá o caminho é longo e passa por diversas escolhas: qual instituição escolher? Entre tantos programas, como identificar o que mais combina com você? A seguir vamos falar sobre a Residência Multiprofissional em Neonatologia da UEPG e mostrar a experiência de uma residente.
A missão de falar sobre a residência de uma das principais instituições de ensino do Paraná ficou a cargo de Jessica Galvan. Ela é cirurgiã-dentista residente do 2º ano (R2) do Programa de Residência Multiprofissional em Neonatologia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG-PARANÁ).
Confira a seguir o resultado dessa entrevista super inspiradora!
Residência Multiprofissional em Neonatologia da UEPG: diferenciais
Para início de conversa, é bom saber que este é único Programa de Residência Multiprofissional em Neonatologia (PRMN) a incluir a área da Odontologia em seu corpo discente. Estamos falando, portanto, de uma iniciativa pioneira no cenário nacional.
O Programa também é composto pelas áreas da Enfermagem, Fisioterapia, Farmácia, Análises Clínicas e Serviço Social. Suas ações ocorrem em um hospital materno-infantil (HUMAI-UEPG), o que proporciona um aprendizado interdisciplinar, especializado e completo.
“A incorporação de profissionais de diferentes áreas da Saúde na equipe de cuidado ao paciente hospitalizado representa um diferencial singular, ao integrar o serviço ao ensino, com enfoque nas ações de promoção e intervenção em Saúde”, frisa Jessica.
O hospital da Universidade possui uma maternidade, Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTINEO) e Pediátrica (UTIPED), Unidade de Cuidados de Intermediários (UCI), além das Clínicas Pediátricas Médica e Cirúrgica.
Além disso, os residentes ainda podem contar com campos de atuação extramuros e com a oferta de estágios em outras instituições de Saúde.
Relatos de uma residente
Especialidade Materno-Infantil
Para Jessica, a escolha da especialidade não foi muito difícil. Isso porque a área materno-infantil sempre despertou sua atenção e interesse, desde a graduação. Outro ponto levado em conta é que se trata de uma área relativamente nova na Odontologia, com grande potencial de expansão.
Preparação para a residência
Ela conta que tão logo se deparou com a possibilidade de realizar a residência em Neonatologia, buscou se preparar para o processo seletivo. Para isso, estudou diariamente, antes mesmo de abrir o edital. Conteúdos programáticos do ano anterior serviram como base.
Quando o edital foi lançado, não pensou duas vezes: organizou um cronograma de estudos para que todos os assuntos fossem contemplados até a data da prova.
O resultado? A aprovação!
Jéssica acertou a mão na escolha do material preparatório e destaca que estudou por meio do livro 1.000 questões comentadas de prova e concursos em Odontologia da Sanar Saúde!
“Considero ele muito completo e objetivo, com uma metodologia organizada e lógica. Lembro-me de ter comprado no pré-lançamento, e foi muito útil à minha preparação, visto que condensou todos os assuntos de maior interesse e que se apresentavam com maior frequência em concursos, o que me permitiu ser mais assertiva na minha rotina de estudos”, compartilha.
Rotina na residência de Residência Multiprofissional em Neonatologia
A atuação do cirurgião-dentista residente no PRMN não se limita às ações de cunho odontológico. De forma mais ampla, busca promover a qualidade de vida materno-infantil no contexto hospitalar e fora dele.
Nesse sentido, todas as crianças que nascem na maternidade são submetidas ao exame físico odontológico, bem como à avaliação do frênulo lingual denominada “Teste da Linguinha”, fundamentada pela Lei 13.002, de 20 de junho de 2014. Essa, inclusive, é a principal área de atuação dos residentes.
Jessica explica que com o reconhecimento crescente dos benefícios do aleitamento materno, a anquiloglossia, popularmente conhecida como “língua presa”, tem sido considerada uma questão clínica importante. Afinal, ela traz impacto sobre a prática do aleitamento materno e sobre a vida da criança a longo prazo.
O que fazem os residentes
“Atuamos em conjunto com os demais profissionais em ações de apoio à amamentação, com o objetivo de identificar barreiras ou dificuldades que possam comprometer a amamentação, no alojamento conjunto da maternidade. Também auxiliamos no estabelecimento do correto manejo da amamentação, com foco em elucidar dúvidas e repassar orientações de cuidados específicos relativos a este período”, ressalta.
E não para por aí! Jessica e outros residentes conduzem um Ambulatório de Saúde Materno-Infantil. Por lá realizam consultas pós-operatórias de frenotomia lingual e de ações de apoio à amamentação.
Também fazem parte da rotina os atendimentos e as avaliações nas Unidades de Terapia intensiva Neonatal e Pediátrica, além das clínicas de internamento pediátrico , nas quais realizam exames físicos odontológicos e anamnese dirigida aos pais ou responsáveis, por meio do repasse de orientações e identificação de possíveis focos infecciosos intrabucais.
Outro ponto interessante é que a instituição tem uma parceria com um projeto de extensão em Saúde Bucal Materno-Infantil (SBMI-UEPG), que prevê o acompanhamento multiprofissional de crianças nascidas na maternidade até os seus dois anos de vida, por meio de cuidado preventivo e repasse de orientações regularmente.
Como está sendo a experiência
“Minha experiência como residente tem sido enriquecedora, não somente no âmbito profissional, mas também no pessoal. O contato diário com diferentes casos clínicos, pacientes e multiprofissionais que compõem a equipe de cuidado em serviço proporciona ao residente uma vivência única. O ambiente hospitalar é desafiador e confere experiências distintas, que promovem o exercício de resiliência e humanização”, relata Jessica.
Ela diz, ainda, acreditar que essas experiências constituem um diferencial em sua formação, ao extrapolar os aspectos técnicos da profissão e permitir uma análise holística do paciente, ao entendê-lo como um ser complexo, com diferentes necessidades e expectativas.
“Também tem sido uma oportunidade de expandir as fronteiras da Odontologia no contexto hospitalar, ao incorporar à rotina de cuidado multiprofissional as ações odontológicas em diferentes setores hospitalares”, conclui.
Futuro pós-residência
A residência foi um divisor de águas na vida de Jessica, por aproximá-la de uma esfera de trabalho distinta da qual ela estava inserida previamente.
E não é só isso! Veja as considerações finais de Jessica Galvan, cirurgiã-dentista residente do 2º ano (R2) do Programa de Residência Multiprofissional em Neonatologia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG-PARANÁ.
Abaixo, ela conta como vislumbra um futuro cheio de realizações a partir de tudo que vem vivendo na residência!
“Considero uma experiência profissional fantástica, que me fortaleceu diante das dificuldades e dos desafios diários enquanto cirurgiã-dentista em ambiente hospitalar, mas que também me sensibilizou enquanto ser humano, ao conviver diariamente com momentos de felicidade e de tristeza, todos em um mesmo ambiente, por meio do contato com pacientes e familiares. Por esta razão, pretendo continuar minha trajetória na área materno-infantil e dar continuidade à minha formação acadêmica, com o objetivo de fortalecer a Odontologia Neonatal e contribuir para a expansão desta área”, finaliza!
Inspirador, não é mesmo?