5 “Soft Skills” para você ser um cirurgião-dentista diferenciado | Colunista

Dentro do universo profissional temos dois grandes requisitos que são levados em conta na hora da contratação de um novo integrante para uma empresa ou negócio: as hard skills e as soft skills.

As primeiras são as habilidades “duras” (em tradução literal), ou seja, são compostas de todo o conhecimento técnico necessário para realizar o trabalho. Já as segundas são também chamadas de habilidades interpessoais, e são aquelas que envolvem as relações e tratamentos com as pessoas – sejam elas colegas de trabalho ou clientes. 

Trazendo para o mundo da Odontologia, as hard skills seriam todos os procedimentos e técnicas que aprendemos nas mais diversas disciplinas da graduação: como restaurar uma lesão de cárie, os passos do tratamento endodôntico, qual instrumental utilizar para cada objetivo, enfim, tudo aquilo que realmente nos é ensinado durante a faculdade. Enquanto isso, as soft skills não são fácil e exaustivamente ensinadas: envolvem o conforto e confiança que transmitimos aos pacientes, nossa relação com os auxiliares, técnicos e professores, etc. 

Ambas as habilidades podem ser treinadas e melhor desenvolvidas com o tempo, porém dificilmente conseguiremos aprender as soft skills em uma sala de aula ou durante um curso, pois seu desenvolvimento – em geral – se relaciona com nossas próprias experiências de vida.

Já que todos os profissionais recebem o mesmo conhecimento técnico e objetivo durante a graduação e outros cursos, são justamente essas habilidades interpessoais que irão nos tornar profissionais diferenciados para o mercado de trabalho. Vamos conhecer algumas delas?

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1 – Comunicação

Valiosa tanto para o relacionamento com o paciente, quanto para aqueles relacionamentos com nossos superiores e subordinados no ambiente de trabalho. Por meio da boa comunicação podemos conquistar clientes (ao explicar muito bem e de forma simpática os procedimentos) e garantir a vaga de emprego durante a entrevista. Para isso, sempre devemos pensar em responder algumas perguntas a respeito da mensagem que queremos transmitir:

  • O que? – Quais serão as palavras que usaremos para nossa mensagem? A língua portuguesa é muito rica e possui diversos sinônimos que, apesar de conseguirem transmitir ou significar o mesmo, podem passar impressões totalmente diferentes.
  • Como? – Como dizemos as palavras é tão importante quanto quais palavras escolhemos. Principalmente para conversas pessoalmente ou por meio de áudios, o tom de voz utilizado e a entonação dada podem mudar o sentido da frase. Prefira utilizar tons suaves, nem muito baixos e nem muito elevados, e uma entonação o mais natural possível, sem forçar risadas ou seriedade exagerada. Além disso, é importante demonstrar o que estamos falando, seja por meio de imagens, gestos, apresentações de slides, enfim, o meio mais adequado para a situação em questão.
  • Quem? – É importante adequar todas essas variáveis à pessoa com quem estamos nos comunicando. Não falamos da mesma maneira com nossos chefes e com nossos pacientes, obviamente, mas mais do que prestar atenção aos cargos é importante prestar atenção às pessoas. Podemos adaptar nossas explicações aos pacientes, utilizando exemplos e comparações que sejam mais próximas da realidade de cada um, por exemplo.
  • Quando? – Escolher o melhor momento para transmitir a mensagem também faz parte do processo da boa comunicação. Devemos considerar as ocupações da pessoa que vai recebe-la, assim como o nível de seriedade do assunto. Para uma mensagem mais importante, talvez seja adequado esperar até um encontro pessoalmente do que por telefone, por exemplo.
  • Onde? – Por fim, precisamos saber que nem tudo pode ser dito em qualquer lugar. Alguns assuntos exigem um pouco mais de privacidade para serem tratados, como as informações pessoais ou que dizem respeito à saúde do paciente, que devem ser abordadas dentro do consultório, não na sala de espera, por exemplo.

2 – Trabalho em Equipe

Com exceção de algumas áreas específicas de atuação, os cirurgiões-dentistas atendem seus pacientes sozinhos no consultório ou, no máximo, com um auxiliar junto. Isso, no entanto, não significa que o trabalho seja individual e muito menos que um profissional esteja isolado de outros.

Sempre teremos que lidar com outros profissionais, sejam eles outros cirurgiões-dentistas (em cargos equivalentes ou não), protéticos, recepcionistas, pessoal da limpeza, fornecedores… A lista é longa, então por quê não fazer esses relacionamentos serem mais agradáveis e produtivos? As habilidades de comunicação, escuta, empatia, proatividade e liderança serão muito valorizadas nesse contexto.

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3 – Resiliência

Como você reage frente a algum problema ou situação desafiadora inesperada? A capacidade de lidar com situações adversas com calma e organização é muito bem valorizada no mercado de trabalho.

O motivo é quase intuitivo: frente a algum problema durante um procedimento, por exemplo, um dentista que se desespera e perde o controle da situação não será tão valorizado – seja pelo seu empregador ou pelo seu paciente. Ao contrário, o profissional que consegue se manter calmo e considerar todas as alternativas possíveis para zelar pela saúde de seu paciente sem causar maiores traumas ou prejuízos com certeza será bem avaliado.

Devemos sempre nos lembrar de que por mais bem preparados que estejamos, problemas ainda podem ocorrer, e faz parte do nosso dever saber lidar com eles.

4 – Organização e Foco

Como dentistas, também precisamos ser um pouco gestores. Seja da nossa própria clínica, da nossa agenda de pacientes ou apenas do nosso tempo de atendimento.

O fato é que se não organizarmos nossas atividades e os materiais necessários para elas antes de realiza-las ou não mantivermos o foco no procedimento que estamos realizando, muito provavelmente nossos pacientes e colegas de trabalho irão notar. Foco e organização fazem parte da preparação para qualquer atendimento e, quanto menos preparados estamos, mais perceptível é essa falta.

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5 – Crescimento e Aprendizagem Contínuos

Muito provavelmente você já ouviu alguém dizendo que “nunca podemos parar de estudar”. Essa frase é muito comum ao tratarmos de hard skills, já que os conhecimentos técnicos sempre estão sendo aprimorados e precisamos acompanhar essa evolução, porém também serve para as soft skills.

A capacidade e, principalmente, a proatividade para aprender e continuar em constante crescimento (no sentido profissional) são muito valorizadas no mercado de trabalho. Basta pensar que o profissional que se preocupa com isso não irá reclamar sobre novos cursos ou técnicas e pode, inclusive, contribuir com novas ideias para benefício de toda a equipe, pois está ativamente buscando se atualizar.

Existem ainda muitas outras soft skills que podemos aprimorar, mas o importante é entender que não existe uma que seja melhor ou mais importante que outra.

Cada pessoa precisa avaliar quais pontos gostaria de melhorar, e investir tempo para seu desenvolvimento a partir de seus objetivos próprios.

Além disso, vale lembrar que esse desenvolvimento não beneficia apenas nossa vida profissional, mas também a nossa vida e relacionamentos pessoais. Por isso, é de extrema importância que dediquemos tempo e energia para questões que envolvem autoconhecimento e desenvolvimento pessoal!

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Referências

TOMAZ, Plínio. A importância das soft skills na Odontologia. 2020. Disponível em: https://revistaimplantnews.com.br/a-importancia-das-soft-skills-na-odontologia/. Acesso em: 20 dez. 2021.

SOFT skills: a importância das habilidades comportamentais para os dentistas. Disponível em: https://redeioa.com.br/post/soft-skills-a-importancia-das-habilidades-comportamentais-para-os-dentistas/#:~:text=Habilidades%20como%20resili%C3%AAncia%20e%20capacidade,trabalhados%20pelos%20profissionais%20da%20Odontologia.. Acesso em: 20 dez. 2021.

DALAYA, Maya et al. An Interesting Review on Soft Skills and Dental Practice. Journal Of Clinical & Diagnosis Research, [S.I.], v. 9, n. 3, p. 19-21, mar. 2015. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4413170/. Acesso em: 20 dez. 2021.
SILVA, Beatriz Xavier Ferreira da; CAROLINA NETO, Victória; GRITTI, Neusa Haruka Sezaki. SOFT SKILLS: rumo ao sucesso no mundo profissional. Interface Tecnológica, [s. l], v. 17, n. 1, p. 829-842, 2020. Disponível em: http://35.238.111.86:8080/jspui/bitstream/123456789/143/1/Silva_Beatriz_Soft%20skills.pdf. Acesso em: 20 dez. 2021.

Por Sanar

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