Todo o mundo acompanha atentamente as notícias relacionadas à imunização contra a Covid-19. Depois da vacinação de adultos, é esperada a hora de vacinar as crianças, o que já é realidade em alguns países como, os Estados Unidos. Nesse contexto, caiu como uma luva a notícia de que a vacina da Pfizer é 90% eficaz na prevenção do vírus. A seguir, a gente conta mais sobre a eficácia da vacina Pfizer em crianças de 5 a 11 anos.
É importante saber que a dose da vacina para pacientes pediátricos é menor. São 10 microgramas, o que equivale a cerca de um terço do que é administrado em adultos e adolescentes.
Vacina Covid-10 para crianças
A Pfizer detalhou os resultados de dois estudos realizados com o objetivo de testar a segurança e a eficácia dessa posologia. Os resultados foram apresentados para a Food and Drug Administration (FDA), agência sanitária dos EUA, que concedeu autorização para uso emergencial do imunizante em crianças de 5 a 11 anos no dia 29 de outubro.
A FDA, vale dizer, é responsável pela proteção e promoção da saúde pública por meio de controle e supervisão de medicamentos, vacinas e outras questões relacionadas à saúde coletiva.
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Imunização Covid-19 em crianças: status
A história avançou e os Estados Unidos já começaram a vacinar crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19 no dia 3 de novembro, tão logo foi oficializada a recomendação do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
Esse, que é o principal órgão de saúde do governo americano, recomendou a vacina da Pfizer/BioNTech para uso irrestrito nessa faixa etária, após a autorização da FDA. Até então, foram disponibilizadas 15 milhões de doses da vacina para essa população.
O site do órgão divulgou um comunicado afirmando: “O CDC agora expande a recomendação de vacinação para cerca de 28 milhões de crianças nesta faixa etária nos Estados Unidos e permite que os distribuidores comecem a vaciná-las o mais rápido possível”.
É bom destacar que além dos EUA, poucos países já liberaram vacinas contra a Covid-19 para crianças. China e Cuba estão entre eles.
Ao Brasil, resta aguardar. Isso porque a Pfizer fará um pedido formal à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para que a imunização de crianças seja uma realidade também por aqui.
Eficácia vacina Covid-19 para crianças
Para avaliar a eficácia do imunizante ao público pediátrico, a Pfizer realizou um estudo com mais de 2 mil crianças com idades entre 5 e 11 anos. Ele aconteceu quando a variante Delta passou a ser dominante.
Para isso, foram designados dois grupos: o chamado “grupo vacina”, composto por dois terços das crianças escolhidas de forma aleatória para receberem a dose de 10 microgramas da vacina Pfizer-BioNTech e o “grupo placebo”, englobando as outras crianças.
Feita a administração, chegaram os resultados confirmados em laboratório: 16 participantes do “grupo placebo” tiveram infecção sintomática por Covid-19. No “grupo vacina” esse número foi bem menor: apenas 3.
Efeitos colaterais da vacina Pfizer em crianças
A partir desse estudo, foi possível observar efeitos colaterais leves, como dor no local da injeção. Essa, inclusive, foi a queixa mais apontada.
Por sua vez, após a segunda dose, crianças do “grupo vacina” relataram que sentiram mais fadiga, cefaleia, febre e calafrios do que as que estavam no “grupo placebo”. Nenhum caso de miocardite foi registrado.
Ainda sobre os efeitos colaterais, foram percebidas reações cutâneas leves, em sua maioria, tais como prurido e erupções. Um relato de linfonodomegalias também surgiu, após a vacinação. A reação, no entanto, foi temporária.
O caso mais curioso foi o de uma criança que manifestou um tique após uma semana da administração da segunda dose. Isso, inclusive, foi colocado pelos pesquisadores com sendo um possível efeito da vacina. Mas, segundo a Pfizer, ele já estava deixando de ocorrer quando o estudo foi divulgado.
Estratégia de imunização Covid-19 em crianças
A Pfizer defende que a vacinação em crianças de 5 a 11 anos não deve ser restrita a quem tem doenças crônicas. Ou seja, a estratégia de imunização deve incluir toda população nessa faixa etária, com o objetivo de evitar sequelas sintomáticas imprevisíveis da doença.
O relatório entregue para a FDA, inclusive, destaca que apesar de comorbidades como asma, diabetes e obesidade aumentarem o risco de Covid-19 grave bem como a hospitalização entre esse público, cerca de um terço dos pacientes pediátricos internados com Covid-19 não apresentam comorbidades subjacentes.
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