Em busca de uma especialização em Saúde? A residência é uma excelente oportunidade de aprender fazendo. Se você não vê a hora de conquistar sua aprovação, ou simplesmente está em dúvida sobre qual caminho seguir, precisa ler este texto. Vamos compartilhar com você o Diário de uma Residente de Farmácia: o que você precisa saber.
Essa é a nossa proposta: aproximar você do dia a dia de uma residente de Farmácia, mostrando como é sua rotina, seus horários, suas atividades. Para essa nobre missão, convidamos a residente Josefa Natália Policarpo de Holanda.
Ela está no segundo ano da Residência em Assistência Farmacêutica e Hospitalar e Clínica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), uma das instituições mais concorridas do Brasil.
É bom lembrar que como outras residências para profissionais de saúde, a dedicação precisa ser exclusiva, ok?
Atualmente, o residente recebe uma bolsa no valor de R$ 3.330,43, mas este valor vai mudar em breve. Dá só uma olhada no link abaixo!
ATENÇÃO: Bolsa para residentes aumenta e novo valor já vigora em janeiro de 2022
Se esse é o seu sonho, acompanhe com a gente! Confira os relatos e assista ao vídeo a seguir!
Diário de uma Residente de Farmácia: veja o que ela tem a dizer
A rotina de Josefa começa cedo. Ela pega o trabalho às 7h da manhã. Acorda às 5h30 e costuma pedir um carro por cooperativa para sair de casa às 6h20. Ela, ao contrário de outros colegas residentes, mora relativamente perto do local onde atua. Na volta, 12 horas depois, o retorno é por metrô.
Para que não se atrase, ela já deixa tudo pronto na noite anterior. Sabe que o dia a dia é intenso e que disciplina e organização são fundamentais.
Já no Hospital, ela toma café e vai imprimir os censos, que é um documento com a relação de pacientes de cada unidade que os residentes farmacêuticos avaliam.
Residência: experiência em UTI de hospital
É bom destacar que o plantão é de 12 horas, com carga teórica e prática, sendo que a maior parte é com a mão na massa, mesmo. Josefa atua em avaliação farmacêutica e prescrição e avalia clínica e tecnicamente as prescrições médicas. Depois, vai junto à equipe para fazer intervenções e realizar, também, a conciliação medicamentosa.
Faz parte da rotina da residente avaliar pacientes que entram na unidade e pacientes que são transferidos, por exemplo, da enfermaria para a UTI.
Ela conta mais a seguir: “eu fico responsável pela UTI de transplante hepático e pela UTI da Clínica Médica. Em dias diferentes eu vou para as visitas. Hoje, como eu sou residente da Farmácia Clínica no setor de Gastro, eu fico com a UTI de transplante, que também é UTI da Gastro.”
Prática da residência na Enfermaria
No dia da gravação, Josefa tinha visita à enfermaria. Antes, ela recebe um documento com informações dos pacientes para ver o que está prescrito, os exames laboratoriais e as condutas propostas.
Naquela data, a enfermaria contava com 12 pacientes. Ela ficou responsável por avaliar 4. O restante ficou com outras duas colegas residentes, conforme você pode conferir aqui:
“Antes da visita a gente sempre olha tudo o que está prescrito. Olha, por exemplo, a prescrição do dia anterior e vê se tem alguma intervenção a ser feita, medicamentos, contraindicação, posologia, vê se tem alguma alteração que deve ser levada em conta, exames laboratoriais para saber o que precisa monitorar, se tem medicamento de uso contínuo…,” frisa Josefa.
Aulas na Residência no pós-pandemia
Depois das visitas a residente volta para a farmácia, com o objetivo de liberar as prescrições que faltam antes de ir assistir à aula. As aulas estão sendo em sua maioria de forma remota, mas também tem algumas presenciais, no auditório.
A rotina de Josefa está mais intensa porque o primeiro ano da residência foi durante o auge da pandemia. Então, muitas dinâmicas de visita e outras atividades não foram feitas, por conta desse cenário. Sendo assim, como podemos imaginar, acumulou muita coisa para o segundo ano.
“Quando você escolha trabalhar em hospital, você escolhe trabalhar com circunstâncias que não são fixas. Vai ter semana que estará mais tranquila, outras mais intensas, é preciso também lidar com o cansaço, pois são 12 horas direto. O dia do residente é muito agitado. No almoço e intervalos, conseguimos conversar com colegas, descansar um pouco”, comenta.
Tanto esforço, no entanto, tem valido a pena. Josefa está satisfeita com sua escolha e já prepara-se para concluir a especialização em breve. Como ela está no segundo ano, também precisa se organizar para fazer o trabalho de conclusão de residência. O dela é sobre um protocolo que ela e outros colegas estão tentando implementar na UTI que ela avalia.
E você?
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