Anatomia e cuidados essenciais para a HOF | Colunista

No cenário da odontologia atual, com o crescente interesse nas áreas estéticas, a especialidade de Harmonização Orofacial (HOF) vem ganhando destaque. 

Essa especialidade vem ganhando espaço não apenas para os pacientes, mas muitos profissionais estão se rendendo aos encantos da harmonização, que possui a capacidade de alinhar, corrigir e até mesmo oferecer um aspecto de rejuvenescimento. 

Mas no que consiste a Harmonização orofacial?

  De acordo com a Resolução 198 do CFO a Harmonização orofacial é um conjunto de procedimentos realizados pelo cirurgião dentista na sua área de atuação que oferecem o equilíbrio estético e funcional da face. 

E como será realizado esse equilíbrio?

Por meio de preenchimentos com toxina botulínica, preenchedores faciais, agregados leucoplaquetários autólogos, biomateriais percutâneos indutores de colágeno na região orofacial e estruturas anexas. 

Dentre as técnicas mais utilizadas estão: a aplicação de toxina botulínica (Botox) que quando aplicados imobilizam uma pequena parte do músculo – um tratamento que reduz as linhas de expressão existentes e previne o nascimento de novas; preenchimentos com ácido hialurônico, o ácido hialurônico é produzido pelo próprio organismo mas com o tempo sua produção é reduzida, e por isso auxilia na correção de sulcos, linhas de expressão oferecendo um leve volume e melhorando o aspecto da região. 

Para executar um bom trabalho na HOF é necessário conhecer algumas estruturas e ponto específicos para o sucesso do procedimento. Alguns pontos como: Sistema musculo-aponeurótico superficial (SMAS), músculos da mímica facial e aprender os cuidados para uma melhor execução.

SMAS:

Para o profissional que tem em mente a especialização em HOF é necessário conhecer muito da anatomia facial. O SMAS é um sistema músculo-aponeurótico superficial, que é composto pela fáscia facial e os músculos da mímica facial. A perda da capacidade elástica do SMAS poderá causar as rugas de envelhecimento, essas que poderão ser corrigidas por procedimentos harmonizadores. 

Logo, conhecer a anatomia do SMAS oferecerá ao profissional uma maior segurança e compreensão da anatomia da face e do seu envelhecimento, o que faz com que a aplicação dos procedimentos seja objetiva e eficaz de acordo com a necessidade do paciente.

Músculos da mímica facial:

Também é extremamente necessário um bom conhecimento dos músculos da mímica facial. Estes músculos serão responsáveis por caracterizar em forma de expressão facial sentimentos e sensações, como: alegria, tristeza e dor. 

Tendo em vista que esses músculos atuam muito além da mímica como também na mastigação, fonação e até o piscar dos olhos. Entende-se o quanto são utilizados e ao longo do tempo também perdem elasticidade e formam sulcos, linhas de expressão e rugas. 

Por serem responsáveis por tantos movimentos faciais, ali se formarão os vincos que precisarão ser equilibrados. E por também fazerem parte dos SMAS, possuem uma grande importância porque ao conhecer esses músculos e seu dinamismo, há uma menor possibilidade de erros diante da aplicação.

Mas, como proceder diante de problemas?

Um passo extremamente necessário para evitar os casos de problemas na aplicação, é o conhecimento das características anatômicas, a utilização de materiais biocompatíveis, técnicas precisas e um conhecimento das alterações dos padrões faciais diante do envelhecimento. 

Dentre os principais riscos estão: espessura do tecido do local, a profundidade da aplicação próximos à forâmes (como supraorbitário e infraorbitário), a presença de veias e artérias- como um bom exemplo, temos o risco da injeção intravascular na artéria temporal, que pode causar necrose tecidual. 

Um bom conhecimento anatômico, oferecerá uma previsibilidade até mesmo de alterações anatômicas, porque costumam ser frequentes em alguns locais, reduzindo o risco de aplicações em algumas regiões de risco.

Em alguns casos, a utilização de microcânulas pode auxiliar a manter a integridade das artérias e veias do local, como: regiões orbitárias, sulco nasolabial e região labial, por serem ricamente irrigados. 

E assim, conhecendo os detalhes da face será mais difícil cometer algum erro que gere desconforto ao paciente e obtendo melhores resultados. A HOF é uma área estética que tem potencial de elevar a autoestima, e com profissionais mais cuidadosos e atenciosos, será um divisor de águas que acentua a beleza e gera bem-estar. 

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Referências: 

FARO, P. Expressão Facial: conheça a mecânica por trás da Linguagem. Patrícia Faro, disponível em:< https://patriciafaro.com.br/expressao-facial/  >, acesso em: 07 jul 2021.

TEDESCO, A. SODRE, M. V., Como gerenciar os riscos de preenchimento facial. HOF News, dezembro 2019, e 09, disponível em:< https://sbti.com.br/wp-content/uploads/2019/12/03-1576606072_HOF_EM_NOTCIAS_09_-_DEZ_2019_-_ESPECIAL_COMO_GERENCIAR_OS_RISCOS_EM_PREENCHIMENTO_FACIAL_OK.pdf  >, acesso em: 07 jul 2021.

CONTOX. Harmonização orofacial o guia definitivo da HOF.  CONTOX, 2019, disponível em:<https://contox.com.br/harmonizacao-orofacial-na-odontologia-hof/ >, acesso em: 12 jul 2021. CONSELHO FEDERAL DE ODONTOLOGIA. Resolução CFO 198/2019, disponível em: <https://website.cfo.org.br/resolucao-cfo-198-2019/>.

Por Sanar

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