Estudar para um concurso público é uma missão árdua. Sabemos que para ganhar fôlego e motivação, muitos concurseiros têm optado por atividades de leitura em grupo e retirada de dúvidas coletivas. Mas… Será que é mesmo vantajoso estudar na companhia de outras pessoas com esse objetivo?
De acordo com o professor João Mendes, é preciso reconhecer alguns pontos positivos. Primeiramente, que a união gera energia para estudo. “É comum que as pessoas compartilhem suas experiências pessoais, o que acaba servindo como inspiração para as outras”, afirma. Um segundo benefício seria a economia financeira, já que é possível compartilhar apostilas e livros.
“Estudar em grupo também é bom para a troca de informações entre pessoas com conhecimentos diferentes, como um especialista em português e outro em raciocínio lógico”, completou o profissional. Mendes ainda explica que, estudando em conjunto, as pessoas podem se envolver em um ambiente de troca sadia e produtiva de informações – completando as fraquezas com conhecimentos de outrem, e vice-versa.
CONTRAS
Fazer essa opção também tem seus pontos críticos. Para o professor, é perigoso se associar com pessoas que não estão no mesmo nível de estudos que você. “Se o outro estiver mais adiantado, você pode não acompanhar o raciocínio dele; se estiver menos, você vai ensinar muito mais do que aprender ou atrasar o seu conteúdo”, detalha.
Outro cuidado importante, se dá na necessidade de foco coletivo, para evitar que o encontro se transforme em uma “mesa de bar”. “As reuniões devem ser regulares, com tópicos pré-determinados da matéria a ser estudada, e todos devem participar ativamente, colaborando com seu conhecimento”, aponta.
Tamanho, horário e local
Para manter o foco, o grupo, então, ser pequeno, com no máximo três integrantes. integrantes. Outros pontos também são fundamentais. “O cumprimento do horário de estudo é importante, pois ninguém pode ficar esperando um integrante chegar para começar a sessão”, afirma o professor.
“O ideal, também, é que o estudo aconteça em um lugar adequado, sem acesso a distrações, e que o bate-papo seja deixado para o horário de lazer apropriado”, completa, colocando que é necessário ter cuidado com o conteúdo a ser estudado – apesar da troca de conhecimentos, os grupos devem ter acesso a material adequado que os direcione de forma correta ao objetivo.
*Matéria da Revista EXAME