Carreira na Enfermagem – Residência Multiprofissional


 

Olá Enfermeiros(as)!

 

Bem vindos à primeira entrevista da nossa Série Carreira na Enfermagem! Hoje conversaremos sobre o tema “Residência Multiprofissional” com a Profª Drª Viviane Sarmento!

 

A nossa entrevistada é Doutora pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e coordena a Comissão de Residência Multiprofissional em área Profissional da Saúde (COREMU) da UFBA

 

1. Viviane, o que diferencia a Residência das demais especializações?

 

O programa de Residência, apesar de ser um curso de pós graduação lato sensu, tem como principal diferença, em relação aos demais cursos de especialização, sua carga horária mínima (5.760 horas), das quais 80% são aulas práticas. Isso permite que o profissional vivencie a realidade do serviço no qual está inserido, e assim possa verdadeiramente compreender e apreender as competências, habilidades e valores inerentes ao exercício daquela especialidade. Adicionalmente os residentes devem se dedicar exclusivamente ao curso e recebem um bolsa trabalho durante todo período do curso.

 

2. O mercado de trabalho valoriza profissionais de saúde que passaram pela residência? De que maneira? Há casos de sucesso?

 

Sem dúvida o profissional egresso de um programa de Residência é muito valorizado no mercado de trabalho, porque se considera hoje que esta é a melhor forma de capacitar um profissional da saúde. Alguns concursos públicos, inclusive, pontuam diferentemente os portadores de títulos de especialização com menor carga horária, em relação aos egressos de programas de Residência. E esta deverá ser a tendência dos próximos concursos.

Pode-se citar, por exemplo, os concursos públicos para provimento do corpo clínico assistencial dos hospitais públicos federais ocorridos recentemente em todo o Brasil. Nestes, muitos dos profissionais de saúde nomeados foram egressos de programas de Residência. Isso demonstra que a formação desses profissionais é diferenciada.

 

3. É possível trabalhar e fazer Residência simultaneamente?

 

Não. A legislação específica é bem clara. O profissional que cursa um programa de Residência deve dedicar-se exclusivamente a este curso, com uma carga horária semanal de 60 horas.

 

5. Há bolsas na residência? Qual é o valor da bolsa?

 

O recebimento de bolsa trabalho é obrigatório a todo residente. O valor bruto da bolsa atualmente é de R$ 2.976,26 por mês.

 

6. Qual é o prazo de duração da residência? A dedicação durante este período precisa ser integral? Quantas horas semanais?

 

Os programas de Residência devem ter duração mínima de dois anos. Durante o curso o profissional deverá dedicar-se integralmente às atividades do programa, com uma carga horária semanal de 60 horas.

 

7. Como é o processo de seleção?

 

As instituições de ensino superior que possuem programas de Residência devem conduzir os processos seletivos para seus novos residentes. No estado da Bahia, existe a Comissão Estadual de Residência Multiprofissional e em Área Profissional da Saúde (CEREMAPS) que há alguns anos se responsabiliza pela elaboração e condução do processo seletivo dos programas de Residência do estado. Neste momento, o processo seletivo para os novos residentes de 2015 na Bahia encontra-se em andamento e maiores informações podem ser obtidas no endereço:

 

https://secure75.securewebsession.com/fundacaocefetbahia.org.br/sesab/eesp/2015/residencia/selecao.asp

 

8. Quais recomendações você sugere aos profissionais da Saúde que pensam em fazer residência?

 

Estudar muito. O processo seletivo geralmente engloba questões de saúde pública, questões específicas da profissão e da área específica do programa. É essencial se preparar, revendo os conteúdos da graduação e da legislação do campo saúde. Ler provas de concursos similares é também uma oportunidade de se familiarizar com o modelo de questões e com os principais assuntos que geralmente são abordados. A concorrência é grande para muitos programas, e o diferencial é o conhecimento do conteúdo programático da área.Algumas atividades realizadas durante a graduação, como iniciação científica, monitoria e estágios normalmente também são pontuados. 

Por Sanar

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