A importância da vacinação em crianças | Colunista

A vacinação na primeira infância é uma importante forma de prevenção de doenças imunopreviníveis. Alguns anos atrás, essas doenças causavam um número elevado de óbitos em crianças. Pensando em uma forma de estratégia para erradicar e controlar doenças infectocontagiosas, o Ministério da Saúde promove a criação do programa nacional de imunização e as campanhas de vacinação.

Mas, quando surgiu o Programa Nacional de Imunização? Ele foi criado em 1973 com o objetivo de controlar e erradicar doenças imunopreviníveis através da vacinação sistemática da população.Devido a vacinação, o Brasil erradicou a Varíola em 1973 e a Poliomielite em 1989.

Quando falamos em Vacinação infantil é impossível não lembrar de um personagem essencial: O Zé Gotinha! Esse personagem importante, foi criado em 1986 pelo artista plástico Darlan Rosa para a Campanha da Poliomielite do Ministério da Saúde. O seu objetivo era tornar a vacinação mais atrativa para as crianças. Foi um sucesso, a Pólio foi erradicada, no nosso país, em 1986 graças a vacinação e a popularidade do Zé Gotinha. 

As vacinas são substâncias produzidas de vírus ou bactérias inativadas (microrganismo morto) ou microrganismo vivos inteiros ou fragmentado, porém atenuados (enfraquecido). Quando inoculada, a vacina estimula o sistema imunológico a produzir anticorpos contra a doença e estimula células de memória. O que possibilita ao corpo reagir quando exposto ao agente causador da doença em uma situação futura.  A vacina é uma forma de adquirir imunidade sem contrair a doença. 

Mesmo as vacinas sendo ofertadas e incentivadas pelo Ministério da Saúde, muitas crianças não são vacinadas corretamente. Em 2021, menos da metade das crianças menores de 4 anos estavam com esquema completo de vacinação contra a Pólio e a Tríplice viral (vacina que protege contra o Sarampo, a Caxumba e a Rubéola). Esse dado é preocupante pois no ano de 1999 a cobertura vacinal era na casa dos 90%, invejável por outros países. Mas, ao que se deve esses números abaixo da meta?

Os opositores da vacinação ganharam força no nosso país, além disso, o enfraquecimento das políticas públicas resultou em queda nos indicadores de imunização. O perigo dessa queda nos números de imunização é o retorno de doenças já erradicadas.  Atualmente, quatro doenças podem retornar: Sarampo, Poliomielite (inclusive o Ministério da Saúde já emitiu alerta), Difteria e Rubéola.

A vacinação é uma das estratégias mais efetivas na prevenção e redução de doenças infecciosas resultando na prevenção de milhões de mortes e incapacidades em crianças, além da redução de gastos do sistema público de saúde com tratamento dessas doenças. Ou seja, a vacinação traz benefícios individuais e coletivos interrompendo a transmissão de doenças imunopreviníveis. 

Diante do atual desafio com a queda dos indicadores vacinais, nós profissionais de saúde temos um papel fundamental na orientação da população quanto a importância da imunização e na criação de estratégias para o enfrentamento das dificuldades da adesão à vacinação relatadas pela população. Então é isso pessoal, por um Brasil livre de doenças, #Vacine!

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Referências 

PUGLIESI, M.V. TURA, L.F.R; ANDREAZZI, M.F.S. Mães e vacinação das crianças: estudo de representações sociais em serviço público de saúde. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant., Recife, 10 (1): 75-84 jan. / mar., 2010

CREPE, C.A. Introduzindo a imunologia: vacinas. Apucarana, 2009 [acesso em 2022 abril 21].Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1816-6.pdf

FIOCRUZ, FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. INSTITUTO DE TECNOLOGIA EM IMUNOLOBIOLOGICOS [acesso em 2022 abril 21]. Disponível em <https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/comunicacao/casa-ze-gotinha?. 

Brasil. Ministério da Saúde. Manual de procedimentos para vacinação. 4ª ed. Brasília: Fundação Nacional de Saúde; 2001 [acesso em 2022 abril 21]. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/funasa/manu_proced_vac.pdf .

Por Sanar

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