A importância da nutrição comportamental nas escolas como prevenção da obesidade | Colunista

De acordo com artigos científicos, produzidos entre os anos de 2015 e 2019, que demonstraram a realidade do cenário escolar, observa-se a importância da Nutrição Comportamental no ambiente escolar.

Importante ressaltar a relevância do PNAE– Programa Nacional de Alimentação Escolar. Com o PNAE a rede pública escolar é atendida pela aquisição e oferta de, no mínimo, uma refeição diária, visando os aspectos nutricionais necessários aos estudantes (CONCEIÇÃO, 2019).

As intervenções nutricionais voltadas ao público infanto-juvenil buscam estratégias de mudanças no comportamento visando a modificação de hábitos alimentares, incluindo a prevenção e o tratamento do sobrepeso e da obesidade infantil. A reversão de hábitos bem como do sobrepeso e obesidade na fase adulta por ser mais difícil, deve ser visada já nas escolas, evitando assim patologias no futuro (ABESO, 2016).

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 O consumo alimentar desde os primeiros mil dias de vida e infância são fundamentais para a correção de privações alimentares ou possíveis excessos, por poderem em alterações epigenéticas e no desenvolvimento de doenças futuras, como por exemplo a obesidade, diabetes mellitus e doenças cardiovasculares (GANEN, 2020).

Parizotto e Breitenbach (2020) observaram dados positivos como exemplo a adesão e aceitação de alimentos saudáveis (ROCHA et al., 2018; PEGOLO; SILVA, 2010; BANDEIRA et al., 2013; FERREIRA et al., 2014; PEDRAZA et al., 2017), o conhecimento satisfatório sobre alimentos e alimentação provenientes das ações educativas (SILVA et al.,2017), dentre dados negativos preparos nutricionais inadequados (INOUE et al., 2015; MARTINELLI et al., 2014; LEAO et al., 2018), influência negativa de familiares no tocante as escolhas alimentares (BEZERRA; CAPUCHINHO; PINHO,2015) e que escolares de escolas públicas têm menor comportamento alimentar saudável e mais propensos à deficiência de nutrientes (GAETANI; RIBEIRO, 2015; SILVA et al., 2020; FERREIRA et al., 2019).

Quando se trata de comportamento alimentar, as influências da família e ambiente escolar exercem grande papel no desenvolvimento das escolhas e conexão das crianças com os alimentos. Outro dado relevante é o da crença que o excesso de peso não requer preocupação no período da infância e adolescência, por parte dos pais pela possível perda de peso provocada pelo aumento da estatura e quanto menor a idade, menos os pais percebem o excesso de peso (TENORIO; COBAYASHI, 2014).

Em sua pesquisa considerou a relevância da EAN como ferramenta educadora e incentivadora de hábitos alimentares que visam uma alimentação saudável, bem como considerou o impacto do perfil comportamental infantil no aumento de quadros de obesidade.

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Já em seu estudo de revisão DURÉ e colegas concluíram como fundamental o incentivo de atividades educativas que priorizem a saúde da criança frente a toda disponibilidade  que existe favorecendo a obesidade e sedentarismo (DURÉ et al., 2015).

Em estudo mais recente, CHAMROONSAW; PAMUNGKAS, ASDI, 2019, constatou que as intervenções domiciliares no tratamento e prevenção da obesidade infantil desempenha importante papel, sendo necessários, uma vez que através destas foi possível alcançar reduções de IMC e de mudanças comportamentais não apenas no que tange a alimentação, como também o sedentarismo e outros fatores envolvidos como possíveis causas da obesidade infantil no ambiente escolar. O apoio às famílias, através da conscientização, bem como a prática de atividades físicas em ambiente escolar, pode impactar na qualidade de vida das crianças e em seu comportamento.

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CONCLUSÃO

Conclui-se que é de extrema importância nas escolas o papel da educação nutricional, visando desde a infância boas escolhas alimentares para ser de benefício de longo prazo na vida adulta. E o quanto é importante a intervenção dos familiares e de profissionais da saúde como o nutricionista nessa questão, crianças não possuem o controle de suas escolhas alimentares, por isso, ensiná-las desde cedo que uma alimentação adequada e equilibrada também pode ser prazerosa.

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REFERÊNCIAS

ABESO.Diretrizes brasileiras de obesidade. Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica.São Paulo, SP: AC Farmacêutica, 2016.

ALVARENGA, Marle. et. al. Nutrição comportamental. 1 ed. Barueri São Paulo: Manoel, 2015.

CAVALCANTI, Évelen Muniz. A Importância da Nutrição Comportamental e Atitudes Saudáveis da família no Tratamento da Obesidade Infantil. Faculdade de Ciências da Educação e Saúde. Curso de Nutrição – UniCEUB. Brasília, 2019. Disponível em: https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/prefix/13464/1/21555074.pdf Acessado em 23 nov., 2021.

CHAMROONSAWASDL, Kanittha; PAMUNGKAS, Rlan Adl. Intervenções domésticas para tratar e prevenir a obesidade infantil: uma revisão sistemática e metanálise. Ciências comportamentais. Behav. Sci. 2019, 930, p. 1-20. 2019.

COSTA, C. N. et al. Disponibilidade de alimentos na alimentação escolar de estudantes do ensino fundamental no âmbito do PNAE, na cidade de Codó, Maranhão. Cad. Saúde Colet., Rio de Janeiro, v.25, n.3, p.348-354, 2017. DOI: 10.1590/1414- 462X201700030249.

CONCEIÇÃO, A. A. da. História da alimentação escolar no Brasil: algumas questões sobre políticas públicas educacionais, cultura escolar e cultura alimentar. In: Anais… 30 Simpósio Nacional de História, Recife, 15 a 19 de jul., 2019.

DURÉ, Micheli Lüttjohann et al. A obesidade infantil: um olhar sobre o contexto familiar, escolar e da mídia. Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção, v. 5, n. 4, p. 91-196, 2015.

GANEN, Aline de Piano. O comportamento alimentar na infância e a prevenção de doenças futuras. Instituto de Nutrição Comportamental, 15 de out., 2020. Disponível em: https://nutricaocomportamental.com.br/2020/10/15/o-comportamento-alimentar-na-infancia-e-a-prevencao-de-doencas-futuras/ Acessado em 19 nov., 2021.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Obesidade infantil afeta 3,1 milhões de crianças menores de 10 anos no Brasil. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/obesidade-infantil-afeta-3-1-milhoes-de-criancas-menores-de-10-anos-no-brasil Acessado em 20 nov., 2021.

MACEDO, Irene Coutinho de. Contextos da alimentação. Revista de Comportamento, Cultura e Sociedade, São Paulo, v. 5, n. 1, p. 1-99, dez. 2016

PARIZOTTO, Jaiane; BREITENBACH, Raquel. O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e os hábitos alimentares: o que revela a produção científica da última década? Agricultura Familiar: Pesquisa, Formação e Desenvolvimento, [S.l.], v. 15, n. 1, p. 35-56, jun. 2021. ISSN 2675-7710. Periódicos UFPA, 2021.Disponível em: <https://periodicos.ufpa.br/index.php/agriculturafamiliar/article/view/9790>. Acesso em: 19 nov. 2021. doi:http://dx.doi.org/10.18542/raf.v15i1.9790.

PONTES, Amanda de Morais Ongarato; ROLIM, Harvillyn Jhessy Povinski; TAMASIA, Gislene dos Anjos. A importância da Educação Alimentar e Nutricional na prevenção da obesidade em escolares. Faculdades Integradas do Vale do Ribeira, p. 1-15, 2016.

SILVA, J. R. da. Merenda escolar: um estudo de caso sobre os reflexos da implementação do sistema de Unidade de Processamento de Alimentação Escolar – UPAE, no Centro Educacional Edvardo Toscano, em Guarabira. 2019. Trabalho de conclusão de curso (Graduação), Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 30 p., 2019.

TENORIO, Aline E Silva; COBAYASHI, Fernanda. Obesidade infantil na percepção dos pais. Paulista de Pediatria, São Paulo, v. 29, n. 4, p. 634-639, dez. 2011.

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Por Sanar

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