Alô, dentistas e estudantes de Odontologia! Mirando num futuro promissor? Sabemos que essa área da Saúde tem muitas possibilidades de atuação e que pode ser difícil escolher uma especialização. Mas, é para isso que estamos aqui! A seguir, vamos falar sobre a área de Bucomaxilo. Acompanhe!
Para mostrar o lado não tão óbvio dessa carreira, contamos com o apoio de quem atua na área e entende muito: Gabriela Gonçalves, Cirurgiã Dentista Bucomaxilofacial e professora da Sanar Saúde.
Agora, vamos às 4 coisas que ninguém te conta sobre essa especialidade que é uma das queridinhas da Odontologia.
Bucomaxilo: 4 coisas que ainda não te contaram
- A atividade ambulatorial privada ainda continua sendo uma das principais atividades dentro da especialidade. O cirurgião BMF (Bucomaxilofacial), apesar de ter a possibilidade de estar grande parte do tempo inserido no ambiente hospitalar, terá como principal porta de entrada dos seus pacientes o consultório odontológico.
- Você sai do R1 mas o R1 não sai de você: todo R1 dentro da sua jornada anseia terminar o primeiro ano da residência para não ter que lidar mais com as burocracias que envolvem prontuários, ficha de admissão, relatórios de alta. Assim como pensam em se livrar de procedimentos que precedem o ato operatório. Mas, a verdade é que dentro da rotina do cirurgião fora da residência, o profissional irá exercer atribuições comuns ao R1, R2 e R3 de uma só vez, tendo que lidar com toda a papelada e cuidados pré e pós-operatórios, além do ato cirúrgico.
- O estudo é contínuo e a rotina de estudos para ingressar em uma residência ou especialização, embora com direcionamentos diferentes, continua dentro da residência e ao longo da carreira. A leitura de artigos e discussões de casos não deixam de existir na vida do cirurgião BMF.
- O plantão não necessariamente será uma rotina depois que você deixar a residência. Em uma grande parte das vezes, o bucomaxilo trabalha em ambiente hospitalar no esquema de sobreaviso, sendo chamado apenas quando há uma ocorrência dentro do hospital no qual ele está inserido, não havendo a necessidade de permanecer no hospital por longos períodos. A rotina do cirurgião formado normalmente é bem diferente da rotina da residência.
Mercado de trabalho, perspectivas e mais!
Atuar em Bucomaxilofacial requer bastante esforço. Isso porque, em sua maioria, os programas de residência e especialização exigem dedicação exclusiva. São muitas horas trabalhadas em um regime semanal durante 3 anos.
Depois da formação, a atividade do cirurgião BMF não se restringe ao centro cirúrgico. Ou seja: é necessário estar no consultório odontológico como em qualquer outra especialidade da Odontologia.
Sobre a remuneração, a Cirurgiã Dentista Bucomaxilofacial e professora da Sanar Saúde, Gabriela Gonçalves, destaca que “o retorno financeiro imediato, que muitas pessoas associam à especialidade, na verdade vem a médio e longo prazo. É necessário investir e se atualizar mesmo depois de ter passado pelos três anos de residência”.
Quando o assunto é mercado de trabalho, ela diz que, em geral, o cirurgião BMF atua em consultórios odontológicos, recebendo pacientes para tratamentos a nível ambulatorial e hospitalar.
Ele também pode estar presente no serviço público, atuando em hospitais de alta complexidade, ou inserido em equipes hospitalares como sobreaviso no serviço privado. Além disso, existe a possibilidade de atuar na área acadêmica.
A nossa entrevistada compartilhou também sobre os avanços e perspectivas para o futuro da profissão: “acredito que os principais avanços dentro da especialidade estão relacionados aos procedimentos minimamente invasivos que associam técnica cirúrgica e tecnologia buscando minimizar os riscos cirúrgicos, bem como garantir um pós-operatório de mais qualidade para o paciente”.
Dentro desse quadro, ela cita a cirurgia ortognática minimamente invasiva e os procedimentos para tratamento das disfunções temporomandibulares por meio da artroscopia da ATM.
Desse modo, acredito que cada vez mais, não só a CTBMF como a Odontologia em um âmbito geral, estará cada vez mais direcionada a dominar o que se chama de “Odontologia Digital”, onde os procedimentos, desde o seu planejamento, têm uma íntima relação com a tecnologia.
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