Já pensou em ter um tratamento personalizado, sem o medo de uma alergia ou contra indicação para você? Isso já está começando a ser possível através da farmacogenética e farmacogenômica.
Com os avanços tecnológicos acontecendo cada vez mais rápidos, já era de se esperar que avancemos na área da saúde. Pesquisadores trabalham incansavelmente a fim de melhorar as medicações, diminuir doenças e principalmente entender e modificar o DNA.
Com isso, aumenta a esperança de medicamentos e tratamento os mais personalizados possíveis, com a diminuição de incidências de alergias, de concentrações devido a metabolismos diferentes e descobertas mais precoces de doenças.
Então, o que é farmacogenética?
É uma das áreas da genética que investiga o medicamento e sua resposta, de acordo com a variabilidade genética de cada indivíduo, afim de um tratamento personalizado. Ela vai estudar como cada pessoa reage aos fármacos, como por exemplo a sua tolerância, onde algumas pessoas são mais tolerantes e outras mais sensíveis.
Por exemplo, pacientes que metabolizam um fármaco mais lentamente, precisarão de doses mais baixas e em menores intervalos que pacientes que os metabolizam mais rápido, para evitar toxicidade. Já os que metabolizam mais rápido, precisarão de maiores doses e mais frequente, para obter os efeitos esperados.
A maioria dessas diferenças só poderá ser vista após a administração, aí entra a farmacogenética, onde por meio de estudos, visam identificar estas e outras diferenças, antes da administração da medicação. Podendo prever a velocidade de metabolização, ou possíveis alergias.
Diferença de farmacogenética e farmacogenômica:
A farmacogenética estuda os efeitos dos genes, mas isoladamente. A farmacogenômica estuda esses efeitos, mas com vários genes simultaneamente, ou seja, como um todo.
Ou seja, a farmacogenética estuda mutações em UM único gene e sua resposta ao medicamento. A farmacogenômica, trata com mais amplitude os genes, leva em conta a dinâmica presentes nas mutações de genes diferentes, analisando o genoma completo.
Como funciona?
A genética estuda como o DNA funciona e suas variações, que ocorre entre as pessoas. Essas variações impactam na fisiologia do organismo, e como isso, como cada um reage as doenças e seus tratamentos.
Nossos genes, junto as proteínas, interferem no modo que reagimos aos estímulos, seja da alimentação, do sol, exercícios físicos e dos fármacos. Os fármacos são compostos químicos que causam reações no nosso organismo, visando o tratamento de doenças e sintomas.
Assim a genética não é somente sobre a cor dos nossos olhos ou cabelos, mas também é a influência de como respondemos diferentes ao mesmo medicamento, nos tornado seres únicos. Além disso, explica poque cada um tem efeitos diferentes aos medicamentos, com maior ou menor eficácia sobre os mesmos.
Qual a importância da farmacogenética?
Atualmente é utilizado uma medicação com mais de um fim de tratamento, muitas vezes pelo baixo risco destes medicamentos, além de se utilizar o mesmo medicamento para diversas pessoas com doenças semelhantes. Por ano, muitos medicamentos são lançados no mercado, mas como saber se terá a mesma eficácia em todos os indivíduos?
Sabe-se que cada pessoa possui necessidades específicas, e que não só a idade, hábitos ou peso influenciam estas repostas, mas também a genética humana. Assim a farmacogenética, tem uma extrema relevância neste cenário ao levar em conta aspectos genéticos como um fator de resposta a medicação. Mas, estes tratamentos podem ser aperfeiçoados e mais eficientes pelo conhecimento da genética.
Então, os conhecimentos farmacogenéticos se tornam um instrumento de criação de métodos mais individuais e assertivos.
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Referências:
- DGLAB. O que é Farmacogenética. Disponível em: < https://dglab.com.br/blog/o-que-e-farmacogenetica/>.
- MSD. Farmacogenética. Disponível em: < https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/farmacologia-cl%C3%ADnica/fatores-que-afetam-a-resposta-a-f%C3%A1rmacos/farmacogen%C3%A9tica>.
- METZGER, I. F.; SOUZA-COSTA, D. C.; TANUS-SANTOS, J. E. Farmacogenética: princípios, aplicações e perspectivas. Ribeirão Preto, 39 (4): 515-21, out./dez. 2006.