Que a fisioterapia oncológica deu um boom! Não é novidade. Sem dúvidas é uma das áreas da fisioterapia que vem crescendo consideravelmente não só em número de profissionais buscando a especialização, mas também, em instituições a ofertar o serviço.
Vale bom lembrar que a Oncologia é aquele ramo da ciência médica responsável pelo diagnóstico e tratamento de indivíduos com câncer nas suas mais diversas apresentações.
Neste sentido, a Fisioterapia Oncológica, especialidade fisioterapêutica devidamente disciplinada pela resolução nº 397/2011 – é a área da fisioterapia responsável por atuar em todos os níveis de atenção, da prevenção à reabilitação dos distúrbios cinético-funcionais de pacientes oncológicos em hospitais, ambulatórios, home care e outros âmbitos profissionais.
E dentro deste universo da fisioterapia oncológica, assim como em outras áreas, as coisas também estão muito bem dividas, temos: a fisioterapia oncológica adulto e a protagonista da vez, a fisioterapia oncológica pediátrica.
Fisioterapia Oncológica Adulto X Fisioterapia Oncológica Pediátrica
Basicamente, o perfil dos pacientes e suas necessidades especificam (não é tão obvio assim).
Na pediatria é valido destacar que a abordagem utilizada em todo o contexto do tratamento, desde o ambiente a interação em si, é envolvida pela famosa ludicidade na intervenção com os pequenos.
De modo geral os principais objetivos da FisioOncopediatrica são:
- Prevenir complicações motoras, pulmonares e circulatórias;
- Reduzir algias;
- Melhorar a amplitude de movimento das articulações
- Aumentar/manter a força muscular;
- Melhorar a coordenação motora;
- Melhorar o equilíbrio;
- Promover bem estar ;
- Melhorar a qualidade de vida.
Atuação do Fisioterapeuta no atendimento oncológico pediátrico: Como funciona?
Então, vejam bem… semelhante aos demais atendimentos fisioterapêuticos pediátricos, acreditam?! As crianças e adolescentes com câncer são atendidas tal como as outras crianças e adolescentes. Uma vez que no processo de avaliação fisioterapêutica são consideradas a individualidade do sujeito, o X da questão está na atenção aos cuidados com a evolução da doença e efeitos do tratamento.
Afinal, o processo de tratamento do câncer suprime o sistema imunológico, pode afetar o crescimento, gerar atrasos no desenvolvimento infantil e interferir diretamente na capacidade física e mental dos pacientes, a depender da idade, tipo de câncer e estágio da doença.
Por isso, é importante atentar-se aos resultados dos exames desses pacientes, que de tão relevantes, costumam ser realizados com frequência.
As concentrações de plaquetas, hemoglobinas, leucócitos, por exemplo, são referências excelentes utilizadas como parâmetros para seleção das condutas a serem realizadas com as crianças e adolescentes, principalmente no que tange a intensidade, carga e duração dos exercícios.
Recursos utilizados na fisioterapia OncoPediatrica:
- Eletroterapia;
- Cinesioterapia;
- Mobilização global;
- Alongamentos;
- Massoterapia;
- Musicoterapia ;
- Exercícios de coordenação motora
- Treino de equilíbrio;
- Drenagem linfática manual;
- Acupuntura;
- Massagem;
- Orientação ao cuidador.
Assim a intervenção da fisioterapia oncológica pediátrica é de extrema importância e pode auxiliar em todas as frases do tratamento.
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Referências:
SOUZA, JAF et al. Atuação da fisioterapia no controle da dor no câncer infantil: uma revisão de literatura. Revista Pesquisa e Ação. v.3, n.2, 2017
MORENO, C. Fisioterapia em oncologia pediátrica. Casa Durval, 2019
EBSERH. Fisioterapia em oncologia pediátrica. POP.UR.036 – Página 1/7, 2020
COFITTO. RESOLUÇÃO Nº 397/2011 Disciplina a Especialidade Profissional de Fisioterapia Oncologica e da outras providências. 2014