Já são dois anos desde a chegada do novo Coronavírus no Brasil. Em meio ao avanço da vacinação e da variante Ômicron, mais uma novidade: a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a comercialização do autoteste para Covid-19. A seguir, vamos mostrar tudo o que você precisa saber.
A Anvisa já recebeu mais de 50 pedidos de registro de autotestes de covid-19, mas nenhum teve o aval concedido. Como é de se imaginar, é grande a expectativa de drogarias e farmácias para a iniciar a venda, o que só deve acontecer a partir de março deste ano.
Como o teste rápido de farmácia de antígeno no Brasil, que envolve o farmacêutico, custa em torno de 90 reais, a expectativa é que o valor do autoteste por aqui seja entre 50 e 60 reais, para ser viável.
Não há, ainda, sinalização do Ministério da Saúde sobre uma política pública para ofertar esses exames de forma gratuita à população.
Por enquanto, o autoteste ainda não pode ser comprado. A Anvisa disponibilizará em site a lista dos testes que forem sendo aprovados. É importante acompanhar e conferir antes da compra.
A testagem tem sido fundamental no contexto da pandemia, contribuindo para reduzir a circulação do vírus. Até agora, como sabemos, os testes disponíveis só podem ser aplicados por profissionais de saúde. São diferentes tipos deles, sendo o RT PCR o mais preciso.
E com a liberação do autoteste, o que muda?
Autoteste para Covid-19
Como o próprio nome sugere, o autoteste é quando a própria pessoa faz a testagem. De acordo com a Anvisa, o autoteste é um mecanismo com a função de orientar sobre os próximos passos.
Por decisão da Anvisa, só serão autorizados os tipos de teste de antígeno. Os de anticorpos não serão permitidos em autotestes.
Esses exames poderão ser feitos em casa e aplicados por pessoas leigas – como familiares e amigos. Vale frisar, no entanto, que eles não são conclusivos.
Ou seja: o diagnóstico efetivo continua sendo aquele realizado por profissionais de Saúde. É importante saber que o resultado do autoteste não servirá como comprovante em situações que exigem resultados negativos de testes para Covid-19, a exemplo de viagens internacionais, por exemplo.
Para este fim, será necessário fazer os exames RT-PCR ou de antígeno, a depender do caso, em um posto de saúde, hospital, farmácia ou outra unidade de saúde autorizada.
Mas, então, por que fazer o autoteste?
A importância do autoteste para Covid-19
Esses testes são importantes por permitirem fazer uma triagem, orientando sobre o autoisolamento precoce. Isso, portanto, facilita a quebra da transmissão do vírus de forma mais rápida.
Atenção: o autoteste vai além da coleta. É preciso realizar o procedimento e interpretar o resultado.
Quando usar o autoteste para Covid-19
Os testes são indicados para os que apresentam sintomas da doença. É recomendado o uso entre o 1º e 7º dia de sintoma da Covid-19.
Outra indicação é quando há contato com alguém que testou positivo. Nesse caso, a orientação é fazer o autoteste a partir do 5º dia do contato com a pessoa infectada.
Como usar o autoteste para Covid-19
Cada autoteste vai ter um procedimento, a depender do fabricante. As orientações deverão ser bem claras.
Atenção: somente farmácias e estabelecimentos licenciados poderão comercializar o autoteste. Não será permitida a venda por estabelecimentos ou sites de empresas não enquadradas nas modalidades autorizadas oficialmente.
Resultado autoteste Covid-19
Uma vez feito o autoteste, vamos ao resultado. Se der positivo, o indivíduo deverá se isolar imediatamente e avisar as pessoas com quem teve contato.
O Ministério da Saúde divulgou as novas regras de isolamento a partir da variante ômicron.
Se o resultado for negativo e não houver sintomas, recomenda-se apenas seguir com os cuidados como máscara, higienização de mãos e distanciamento social, evitando aglomeração.
Caso os sintomas surjam ou permaneçam, será preciso fazer outro teste.
Registro de autotestes
Para um autoteste ser aprovado no Brasil, será preciso preencher uma série de requisitos já estabelecidos pela Anvisa. Devem estar claras, por exemplo, instruções sobre: uso, armazenamento e descarte do autoteste.
Ilustrações e informações disponibilizadas sobre como aplicar e interpretar o teste também serão avaliadas.
E os requisitos não param por aí. Os fabricantes deverão disponibilizar um canal de atendimento para tirar dúvidas, ter atendentes capacitados e divulgar o telefone do Disque Saúde, do Ministério da Saúde.
Em caso de reação ao teste, será preciso comunicar o fato no serviço de atendimento ao consumidor do fabricante do autoteste usado. Também é possível notificar diferente no site da Anvisa.
O fabricante é orientado a repassar informações sobre eventos adversos do autoteste para o Sistema de Notificação e Investigação em Vigilância Sanitária (Vigipós).
Se os efeitos da reação persistirem ou em caso de necessidade, o paciente deverá procurar um médico.
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