Limites e possibilidades na Educação Permanente em Saúde | Colunista

Em 2004, o Ministério da Saúde implantou a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS), por meio da Portaria GM/MS nº 198. Esta retrata uma proposta de ação estratégica que integra práticas ao cotidiano de forma metodológica, reflexiva e científica.

Com a intencionalidade de promover mudanças na formação e no desenvolvimento dos profissionais da área da saúde e empreender um trabalho articulado entre as esferas de gestão, os serviços de saúde, as instituições de ensino e os órgãos de controle social.

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Surgiu também a aplicabilidade de recursos tecnológicos que permitem desenvolver programas mais interativos dentro e fora do serviço, como exemplo o Ensino a Distância (EaD) que é uma estratégia inovadora e facilitadora. 

Ao considerar as possibilidades de incorporar a EaD nos programas de EPS, deve-se pensar na formação continuada que contribuirá para o acesso ao conhecimento a partir da interatividade entre os profissionais da saúde, facilitando um trabalho coletivo para qualidade das práticas de saúde, além de agregar a flexibilização do tempo e a diminuição de custos que essa modalidade proporciona. 

Como limites pode-se destacar que a modalidade exige uma interação entre os participantes em ambientes virtuais de aprendizagem, onde a presença do mediador se faz necessária para a efetividade do programa. Deve-se considerar também que nem todos os profissionais possuem habilidades para a utilização de ferramentas virtuais, de modo que se faz necessária a instrução deles mediante o desenvolvimento de competências para assimilação das novas tecnologias.

Na atualidade, ela tem mostrado grande eficácia para a educação de adultos inseridos no mercado de trabalho, porém na área de saúde ainda é pouco conhecida, sendo esta modalidade muito utilizada nos programas de pós-graduação ou cursos de atualização.

Evidências demonstram que o uso da tecnologia à distância é mais eficaz se comparada aos métodos tradicionais, quando há medição com o estudante. Principalmente neste momento de pandemia, a procura por estas plataformas de ensino e qualificação tem aumentado por estudantes e profissionais que buscam se qualificar.

A sociedade atual requer um novo tipo de profissional em todos os setores. Assim, essa nova forma pode ser mais vantajosa, pois permite atingir um grande número de pessoas e, a partir daí, proporcionar a aquisição de conhecimento, postura crítica, autoavaliação, autoformação, autogestão.

Promovendo, assim, os ajustes necessários no sentido de trabalhar com interdisciplinaridade, capacidade crítico-reflexiva, habilidades e competência, integrando os currículos e promovendo a educação para o Sistema Único de Saúde (SUS).

Nessa proposta, a capacitação dos profissionais, os conteúdos dos cursos e as tecnologias a serem utilizadas precisam ser observados para que os serviços prestados ganhem qualidade e os usuários fiquem satisfeitos com a atenção prestada. Antes de investir em qualquer curso é importante buscar informações sobre certificação validada pelo MEC (Ministério da educação).

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Nesse sentido, essa modalidade de ensino e aprendizagem, importante na contribuição para o desenvolvimento dos recursos humanos em saúde, permitirá que, mesmo que estejam em espaços e tempos não compartilhados, haja troca de experiências que contribuam para a construção do conhecimento, seja no processo de formação e/ou no processo contínuo de conhecimento.

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REFERÊNCIAS

Brasil. Portaria nº 198/GM/MS, de 13 de fevereiro de 2004. Institui a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde como estratégia do Sistema Único de Saúde para formação e do desenvolvimento de trabalhadores para o setor e dá outras providências. Diário Oficial da União 2004; 14 fev.

Brasil. Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Política de Educação e desenvolvimento para o SUS: Caminhos da Educação Permanente em Saúde: Pólos de Educação permanente em Saúde. Brasília: MS; 2004.

Oliveira MAN. Educação à Distância como estratégia para a educação permanente: possibilidades e desafios. Rev Bras Enferm 2007; 60(5):585-589.

Silva AN et al. Limites e possibilidades do ensino à distância (EaD) na educação permanente em saúde: revisão integrativa. Ciência & Saúde Coletiva, 20(4):1099-1107, 2015.

Torrez MNFB. Educação à distância e a formação em saúde: nem tanto, nem tão pouco. Trab Educ Saúde 2005; 3(1):171-186.

Por Sanar

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