Desde o primeiro caso da Covid-19 no mundo, a vida mudou. E, com a chegada de mais um ano, todos querem saber: como será o futuro? Haverá o fim da pandemia? Especialistas frisam que a tendência é que a Covid-19 se torne endemia em 2022. Ou seja, o vírus continuará circulando, mas, de outra forma.
O avanço da vacinação vem trazendo mais segurança a todos. Com os índices de internações e mortes mais controlados, o mundo acena com a possibilidade de, aos poucos, retomar a vida. Muitos esperam, ansiosamente, o anúncio do fim da pandemia. Mas, a verdade é que o vírus não irá sumir da nossa vida de um dia para outro.
O que deve acontecer, segundo defendem especialistas, é a pandemia evoluir para uma situação de endemia. Isso quer dizer que o vírus SARS-CoV-2 continuará circulando, em menor escala, e de forma sazonal.
Em matéria para a Rádio Agência Nacional, a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações do Distrito Federal, Cláudia Valente, afirma que o mais provável mesmo é que a pandemia evolua para uma endemia.
Ela acredita, ainda, que a vacinação em massa trará de volta uma certa normalidade. Mas, destaca: é preciso que ao menos 90% da população esteja com a imunização completa.
Entenda a diferença entre pandemia, endemia, epidemia e surto
O mundo sofreu uma pandemia de Covid-19 e ela é o pior dos cenários. Ela é a mais complicada em escala de gravidade e surge quando uma epidemia se espalha pelo planeta.
A epidemia é quando um surto acontece em diversas regiões. O surto, por sua vez, reflete o aumento repentino e, maior do que o esperado, de casos de uma doença numa região específica.
A endemia, que é o cenário previsto para a Covid-19, é quando uma doença acontece frequentemente num local – é algo constante, dentro de uma margem esperada.
O futuro pós-Covid-19
Todos querem o fim da pandemia. Mas, engana-se quem pensa que com a endemia terminam as demandas por cuidados. Medidas preventivas continuarão sendo necessárias, assim como o aprimoramento dos serviços de saúde e de vigilância sanitária.
Não só para barrar eventuais novos surtos. Isso é importante, também, para que o setor possa funcionar sem maiores complicações.
Alguns países saírão na frente nesse processo. É o caso dos que combinarem dois aspectos: elevado índice de vacinação e de imunidade natural entre aqueles que já foram infectados.
Sendo assim, é imprescindível que as pessoas se vacinem e completem a imunização. Profissionais de saúde devem reforçar a importância dessa medida e incentivar a vacinação, falando sobre seus benefícios para a saúde individual e, claro, coletiva.
Pessoas com a saúde mais fragilidade e com comorbidades, por exemplo, devem continuar carecendo de um olhar mais atento.
Para além dessa constatação, há algumas dúvidas que precisam de tempo para serem sanadas: quais os riscos de novas variantes resistentes às vacinas atuais? A Ômicron está aí e existem algumas questões ainda sem respostas.
Como ficará a imunidade dos vacinados e dos já infectados com o passar do tempo? E a dose de reforço? Será necessária? De tempos em tempos? É importante se preocupar muito fortemente com quem está resistindo em tomar a vacina ou tem a imunização incompleta.
Enfim, como sabemos, trata-se de uma realidade ainda nova que demanda estudos e observação. Mas, o que não pode ser questionado é o papel fundamental da ciência no avanço do enfrentamento à doença.