Você conhece o e-SUS APS? | Colunista

Na era da informação e informatização, o Sistema Único de Saúde (SUS) não poderia ficar de fora! O e-SUS vem como estratégia de reestruturar a informação para fortalecimento da qualificação da gestão e ampliar a qualidade de atendimento à população. Você conhece e sabe como ele funciona?

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Sobre o e-SUS APS

A fim de se reestruturar e unificar a informação dentro do SUS, o Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB), é instituído em 2013 pela Portaria GM/MS nº 1.412, sendo este sistema operacionalizado pelo e-SUS APS, software de registro de informação individualizada para futuro acompanhamento do histórico de atendimento, além de unificar outros sistemas de informação da Atenção Primária à Saúde (APS) (BRASIL, 2013; OLIVEIRA, 2016).

O software instrumentaliza a coleta de dados em: Coleta de Dados Simplificado (CDS) e Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) (BRASIL, 2013). O CDS é para preenchimentos das fichas do paciente (ficha odontológica, cadastro domiciliar, etc) e o PEC permite o profissional inserir informações na realização da consulta, procedimentos ou visita domiciliar (OLIVEIRA, 2016). Entretanto, cada município deve reconhecer sua realidade, implantando e implementando conforme as suas necessidades.

Assim, a ferramenta permite aos municípios brasileiros que suas Unidades Básicas de Saúde (UBS) mantenham prontuários eletrônicos com os dados de seus usuários, tornando possível a redução do tempo de espera dos pacientes por atendimento e melhor articulação dos mesmos dentro da Rede de Saúde, pois as informações estão disponíveis de forma mais acessível aos profissionais da assistência (CONSELHO NACIONAL DE SECRETÁRIOS DE SAÚDE, 2013).

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Finalidade

Os sistemas foram desenvolvidos para facilitar e registrar os processos de trabalho da equipe da APS na gestão do cuidado, com este sistema é possível obter informações da situação sanitária, saúde da população do território contabilizados pelos relatórios das equipes.

Anterior a este processo de informatização, as fichas eram escritas pelos profissionais da APS e depois consolidados pelo profissional enfermeiro para então processamento das mesmas; agora, é feito pelo CDS preenchido digitalmente (MEDEIROS, 2017).

O PEC permite a construção de um banco de dados com as informações pessoais e clínicas do paciente levantadas pelos profissionais, que devem ser armazenadas no sistema durante o atendimento, tendo como principal objetivo informatizar o fluxo do cidadão no serviço (ARAÚJO, 2019).

Além de diminuir processos e agilizar a contabilização das informações da saúde nacional, tem-se também a resultante de reduzir custos.

O Ministério da Saúde disponibiliza um manual sobre o funcionamento desse sistema, para ter acesso clique aqui. Caso sua cidade ainda não tem o e-SUS, articule com o gestor do SUS para sua implantação!

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REFERÊNCIAS

Araújo, Jaianne Ricarte et al. Sistema e-SUS AB: percepções dos enfermeiros da Estratégia Saúde da Família. Saúde em Debate [online]. 2019, v. 43, n. 122, p. 780-792. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/0103-1104201912210>. Acesso em: 7 out. 2021.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria 1.412 de 10 de Julho de 2013. Brasília, 2013.

BRASIL. Ministério da Saúde: Secretária de Atenção Primária à Saúde. SISAB. Disponível em: <https://sisab.saude.gov.br/>. Acesso em: 06 jul. 2021.

CONSELHO NACIONAL DE SECRETÁRIOS DE SAÚDE. E-SUS Atenção Básica é lançado pelo Ministério da Saúde. 2013. Disponível em: <https://www.conass.org.br/consensus/e-sus-atencao-basica-e-lancado-pelo-ministerio-da-saude/>. Acesso em: 10 jul. 2021.

OLIVEIRA, Ana E. C. et al. Implantação do e-SUS AB no Distrito Sanitário IV de João Pessoa (PB): relato de experiência. Saúde em Debate, v. 40, p. 212-218, 2016.

MEDEIROS, Juliana Barbosa et al. O e-SUS Atenção Básica e a coleta de dados simplificada: relatos da implementação em uma estratégia saúde da família. Revista de APS, v. 20, n. 1, 2017.

Por Sanar

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