Sabemos que nenhum imunizante contra a Covid-19 tem eficácia de 100%. Além do mais, há os que não buscam a imunização e os que não retornam para a segunda dose, bem como a redução de medidas de proteção, como o isolamento social e o uso de máscaras. É sobre isso que vamos falar a seguir. Confira o que é notícia sobre as novas ondas de Covid-19 e veja por que o Brasil pode enfrentar nova crise em 2022.
Uma nova onda de Covid-19 acontece quando taxas de contágio, até então controladas, voltam a subir de maneira rápida. Novas variantes, flexibilização e a não imunização contribuem para criar um terreno fértil para que a doença se alastre novamente.
A seguir, vamos falar sobre as novas ondas que têm surgido no mundo, explicar como enfrentá-las e trazer esse contexto para a realidade brasileira.
Acompanhe!
Novas ondas de Covid-19
Alguns países registram aumento nas taxas de Covid-19, mesmo em estágio avançado de vacinação. É o caso do Reino Unido, que já está com mais de 70% das pessoas com esquema vacinal completo.
Mas, paralelamente ao crescimento da vacinação, há o descaso com as medidas protetivas. Não é à toa, portanto, que muitos especialistas defendem que não é a hora de relaxar.
Covid-19 na Europa
A Europa vive o que pode ser considerada sua 4ª onda de Covid-19 e a alta procura por hospitais já é uma realidade por lá. Isso porque o volume de casos de pessoas infectadas está em aceleração, o que acende o alerta em todo o mundo.
Além do Reino Unido, países como Bélgica, Alemanha e Rússia registram novas variantes, incluindo uma derivada da Delta – que é a mais agressiva, até então. Vale dizer que, excluindo-se a Rússia, que está com cerca de 35% de pessoas imunizadas, os outros três têm acima de 65% de vacinados com duas doses ou dose única.
Endurecimento de regras de circulação
Autoridades da Rússia decidiram por lockdowns. A Holanda, que também registra aumento de casos e recorde, também – confinamento teve início em 13 de novembro. Bélgica e a Alemanha já pensam em endurecer as regras de flexibilização.
Segundo reportagem do G1, dos 10 países com mais mortes pela Covid atualmente na Europa, oito têm taxas de vacinação abaixo de 60% da população.
Endurecimento também na Ásia. A China já se manifestou e anunciou medidas de confinamento após novos casos. Cingapura, por sua vez, promete manter em vigor medidas rígidas de endurecimento de circulação de pessoas até 2024.
Enquanto isso, Hong Kong impõe quarentena a quem chega por lá. Todos, preocupados em conter o avanço da Covid-19 e evitar uma crise sanitária maior.
Essa nova onda de Covid-19 foi tema do boletim da Fiocruz divulgado no dia 12 de novembro. Eles alertam, claro, para o fato de que essa realidade possa respingar no Brasil.
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Como combater novas ondas da Covid-19
Em primeiro lugar, vale lembrar que as vacinas não impedem o contágio. Elas reduzem a gravidade da ocorrência, o número de internações e o número de óbitos. Avançar com a imunização, contemplando o maior número possível de pessoas, é fundamental.
Ou seja: a vacinação salva vidas. Mas, para além delas, é preciso que a população siga com medidas importantes para frear a circulação do vírus e suas variantes.
O caminho, portanto, seria a imunização completa da população e o cumprimento de medidas que impeçam o vírus de circular – as já conhecidas máscaras, higienização de mãos e distanciamento social – numa forma adaptada de viver a vida, já fora de casa, convivendo com outras pessoas.
Relembre aqui a eficácia de cada uma das vacinas:
- CoronaVac — Eficácia de 50%
- Janssen — Eficácia de 66%
- AstraZeneca — Eficácia de 76%
- Pfizer — Eficácia de 95%
E lembre-se: há uma possível queda no nível dos anticorpos conferidos pelas vacinas em dois cenários: após 12 e 18 meses.
Países com crescimento de casos devem estimular a vacinação e adotar medidas para frear o avanço da doença.
No Brasil, preocupa a proximidade do período de férias e festas. Mas isso é assunto para o próximo tópico!
Nova onda de Covid-19 no Brasil?
A preocupação com o cenário futuro da Covid-19 no Brasil é real. A nova onda de Covid na Europa e na Ásia é o assunto do boletim da Fiocruz divulgado nesta sexta-feira (12). O órgão alerta: há risco de os casos voltarem a subir no Brasil.
Festas, férias, maior circulação de pessoas, viagens e recebimento de turistas de várias partes do mundo são pontos que precisam ser levados em conta.
Portanto, a recomendação é: olhar com atenção para as ocorrências em todo o mundo e extrair aprendizados no que diz respeito às políticas de contenção do vírus. Além disso, é essencial incentivar e seguir com a vacinação – incluindo o reforço da terceira dose para o público ao qual se destina – bem como usar máscaras e evitar aglomerações.
Enquanto epidemiologistas alertam para a importância de ir com calma, frisando que não é hora de relaxar total, é preciso que autoridades pensem sobre medidas como festas de réveillon ou carnaval e que cada cidadão avalie sua conduta.
O vírus afeta o coletivo. A solução, claro, também passa pelo coletivo.
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