Residências em saúde: a realidade vital para a formação profissional | Colunista

A Residência Multiprofissional em Saúde (RMS) prioriza formar profissionais para atuação no SUS, para a construção interdisciplinar dos profissionais em saúde por meio de trabalho em equipe e educação permanente 1,2.

Esta modalidade de formação promove ações educativas direcionadas às necessidades de saúde da população, realizada pela equipe multiprofissional com vistas a promover os princípios do SUS3.

A Educação Permanente em Saúde (EPS)  foi adotada pelo Ministério da Saúde para a construção de práticas de saúde inovadoras no SUS, com a finalidade de promover assistência integral e de qualidade para saúde dos cidadãos  usuários do SUS2,3.

As RMS constitui um espaço intercessor direcionado à comunidade, conceituado em ambiente de relações interdisciplinares. O ambiente interdisciplinar promove o encontro de profissionais de diferentes áreas da saúde para permuta de experiências e conhecimento, com vistas à promoção de saúde dos pacientes4,5.

O somatório deste encontro se traduz no trabalho de uma realidade em constante movimento, desencadeado por novas possibilidades do agir em saúde pois designa a formação de profissionais como atores de produção de saúde.5,6

A RMS consiste em espaço intercessor para o desenvolvimento das ações de EPS, devido à promoção do encontro dos integrantes da residência por meio de seminários (núcleo e campo), preceptorias, aulas teóricas e atividades de campo6,7,8

A formação dos residentes, orientada pelos princípios da EPS é desencadeada por diálogos promotores do desenvolvimento de competências para atuação nos cenários do SUS8, 9,10. Ao fomentar atitudes críticas reflexivas nos residentes, é possível formar articuladores de alternativas estratégicas e inovadoras da atenção e gestão para a consolidação do SUS.

REFERÊNCIAS

1.Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 12ª ed. São Paulo (SP): Hucitec; 2010.

2. Ceccim RB. A educação permanente em saúde e as questões permanentes à formação em saúde mental. Caderno Saúde Mental [online]. 2010

3. Ministério da saúde (BR). Introdução: a trajetória da residência multiprofissional em Saúde no Brasil. In: Ministério da saúde (BR). Residência multiprofissional em saúde: experiências, avanços e desafios. Brasília (DF): MS; 2006 

4. BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 287 de 08 de outubro de 1998. Relaciona 14 (quatorze) categorias profissionais de saúde de nível superior para fins de atuação no CNS. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 08 out. 1998.

5. Uebel AC, Rocha CM, Mello  VRC. Resgate da memória histórica da Residência Integrada em Saúde Coletiva do Centro de Saúde Escola Murialdo (CSEM). Boletim de Saúde, Porto Alegre 2003; 17(1): 117-123.

6. Ceccim RB, Feuerwerker LCM. Mudança na graduação das profissões de saúde sob o eixo da integralidade. Cad Saude Publica. 2004; 20(5):1400-10.

7. Feuerwerker LCM. Impulsionando o movimento de mudanças na formação dos profissionais de saúde.  Olho Mágico Enfoque [Internet]. 2001

8. Ceccim RB. Educação permanente em saúde: desafio ambicioso e necessário. Interface-Comunic.Educ [online]. 2005.

9. Peduzzi M, Norman IJ, Germani ACCG, Silva JAM, Souza GC. Educação interprofissional: formação de profissionais de saúde para o trabalho em equipe com foco nos usuários. Rev Esc Enferm [online].

2013; 47(4):977-83. 

10. Margarete S. ‘‘Casing’’ the Research Case Study. Research in Nursing & Health [online]. 2011; 34(2):153-9. 

Por Sanar

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