O mercado de trabalho para quem é da área da saúde está tão concorrido, que é comum já na graduação o estudante pensar na especialização. Aí vem a dúvida: residência ou mestrado? Qual escolher? Se é o seu caso, fique frio. Esse conteúdo aqui é para te apoiar nessa decisão que pode ditar os rumos do seu futuro profissional.
Só vem!
Além de definir qual a modalidade, é importante você definir sua área de interesse. Já sabe como que quer atuar? Onde se vê daqui a alguns anos? Isso é um bom ponto de partida, até para já olhar as opções de pesquisa em mestrado e os programas de residência disponíveis.
Para início de conversa, é bom saber que há uma diferença grande entre essas duas opções. A residência é bem mão na massa, 80% com foco em prática. O mestrado, por sua vez, é algo mais ligado à pesquisa e é ideal para quem sonha em ser pesquisador e acadêmico.
Mas, como é bom você entender bem cada uma dessas modalidades, a gente dá uma aprofundada a seguir. Confira!
Residência ou Mestrado: entenda a diferença
Uma dúvida comum que pode bater á porta de qualquer estudante ou profissional da área da saúde: me formei, e agora?
A busca por especializações é cada vez mais necessária. A residência e o mestrado estão entre as opções mais procuradas e aqui vamos mostrar a diferença entre elas, para que você tenha informações para tomar sua decisão.
Residência em Saúde
A Residência em Saúde pode ser uni ou multiprofissional. São ofertadas anualmente por diversas instituições pelo Brasil afora. Cada uma tem suas especificidades, detalhadas no edital. Cada programa também tem suas características, a depender da área de atuação.
Mas, as definições que norteiam a residência em si são as mesmas:
– A Residência Multi ou uni profissional é uma pós-graduação na modalidade lato sensu que foi instituída pela Lei nº11.129 de 2005.
– Essa modalidade é definida como um programa de cooperação intersetorial para a inserção qualificada dos jovens profissionais da saúde no mercado de trabalho, particularmente em áreas prioritárias do Sistema Único de Saúde, o SUS.
– Todas elas duração de dois anos e carga horária de 5.760h, divididas entre atividades teóricas e práticas: 80% de prática e 20% de atividades teóricas ou teórico-práticas.
– A dedicação precisa ser exclusiva. Ou seja, não é permitido exercer outra atividade profissional enquanto for residente, ok?
– Todo residente recebe uma bolsa-auxílio. A partir de janeiro de 2022, o valor da bolsa para residentes será de R$ 4.106,09 (bruto). A medida integra o Plano Nacional de Fortalecimento das Residências em Saúde.
– Para concluir a residência, o residente precisa, no período da especialização, elaborar e defender um Trabalho de Conclusão de Curso que o garantirá um título de especialista na área de concentração escolhida.
– O processo seletivo varia, a depender da instituição, assim como o número de concorrência X vaga. São etapas que podem fazer parte desse processo: provas objetivas e discursivas, análise curricular, entrevistas, apresentação de memorial e provas práticas. O processo seletivo da USP para 2002, por exemplo, conta com provas objetivas e dissertativa e análise curricular.
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Quem pode fazer residência em saúde
Segundo a Resolução CNS nº 287/1998, os programas de Residência Multiprofissional contemplam profissionais graduados em:
- Biomedicina,
- Ciências Biológicas,
- Educação Física,
- Enfermagem,
- Farmácia,
- Fisioterapia,
- Fonoaudiologia,
- Medicina Veterinária,
- Nutrição,
- Odontologia,
- Psicologia,
- Serviço Social e
- Terapia Ocupacional.
Residências abertas no Brasil
A Sanar Saúde mantém uma lista atualizada com as residências abertas pelo Brasil. Isso sem dizer do Mapa de Especialidades, que já filtra as opções de acordo com a área pretendida. Demais, né?
Vale ficar de olho e estar em dia com os estudos antes mesmo do edital sair. É possível se preparar antes, a partir do histórico das provas anteriores, estudando por questões, por exemplo.
No Portal disponibilizamos informações detalhadas sobre os diferentes processos seletivos, além dos cursos preparatórios online e livros que para várias profissões.
É bom lembrar que existem vários programas para você escolher, a depender da instituição. Entre eles estão: Residência Multiprofissional em Urgência, Saúde do adulto e do idoso, Saúde da Criança e do Adolescente, Saúde Cardiovascular, Intensivismo e Oncologia.
Mestrado em Saúde
A titulação de mestre dá uma enriquecida e tanto no currículo. São várias as opções para a área da saúde e, assim como acontece com a residência, escolher bem a instituição faz toda a diferença. Aqui, é fundamental que o curso e a unidade de ensino sejam reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC).
Agora, saiba mais sobre essa modalidade que é a queridinha de quem adora pesquisa e academia.
– O mestrado é uma modalidade de pós-graduação stricto sensu, com disciplinas avançadas que devem ser cursadas para que o mestrando vire mestre!
-Ele costuma durar dois anos, mas pode ser prorrogado por um ano a depender do regimento da instituição.
– Os valores das bolsas mensais variam de acordo com o órgão fomentador. A CAPES e o CNPq, geralmente, pagam R$1.500 reais. A FAPESP, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, é o órgão da esfera estadual com os maiores valore e paga entre R$2.043,00 e R$2.168 reais.
– A titulação de mestre ajuda na pontuação dos baremas das provas de títulos. Em um concurso da Anvisa, por exemplo, o título de mestre valeu o dobro de pontos do título de especialista.
– Essa modalidade de pós-graduação mais indicada para quem planeja seguir carreira acadêmica, ou seja, ensino e pesquisa. É a sua? Então, o caminho é mesmo este.
– Ao contrário da residência, que tem muito foco na prática, aqui, fazem parte da rotina do mestrando: aulas, dedicação ao projeto de pesquisa, tirocínio docente, escrita de artigos e participação em congressos, escrita da sua dissertação.
– Sim, o mestrando precisa escrever e defender uma dissertação para garantir seu diploma e sua titulação de mestre. Para isso, ele contará com o apoio do orientador. Você já deve saber sobre o que quer abordar na hora de escolher a linha de pesquisa. Até o orientador é definido a partir dessa escolha.
Sobre o processo seletivo, cada edital possui suas características, mas ele costuma contemplar essas etapas: prova de proficiência em língua, avaliação do anteprojeto (caráter eliminatório), prova escrita de conhecimentos específicos (caráter eliminatório) e avaliação oral do anteprojeto de pesquisa (caráter eliminatório).
Residência, mestrado ou especialização: O que fazer depois de formar?
Quem pode fazer mestrado em Saúde
Qualquer graduado na área de Saúde pode concorrer ao mestrado. É importante que a área escolhida dialogue com sua formação, mas isso não é obrigatório.
Instituições sérias e gabaritadas como Albert Einstein, em São Paulo, oferece, por exemplo, mestrado e doutorado Stricto Sensu em Ciências da Saúde. No site, esclarecem que podem concorrer às vagas quem tem formação superior completa, “provenientes de graduação em áreas da saúde ou de outras áreas com potencial para formação e pesquisa aplicada em saúde”.
Além de ter conclúido o curso superior, é preciso ser fluente em alguma língua estrangeira (há necessidade de prova de proficiência).
E, claro, é fundamental ter um tema definido para o projeto de pesquisa que fará durante o curso de mestrado, como já destacamos.
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