Transtorno da Personalidade Limítrofe: o que você precisa saber

Transtorno da Personalidade Limítrofe: saiba tudo sobre
Transtorno da Personalidade Limítrofe: saiba tudo sobre

Saúde mental é um assunto que te desperta interesse? Se você atua ou quer atuar profissionalmente na área, precisa estar por dentro dos diferentes transtornos que podem impactar o indivíduo. Aqui, vamos falar sobre Transtorno da Personalidade Limítrofe: saiba tudo sobre!

Um transtorno desse tipo é percebido, muitas vezes, quando traços da personalidade são entendidos como desvios significativos do que é estabelecido como saudável.

Você pode estar se perguntando: como mensurar algo tão intangível quanto a personalidade? Fica mais simples quando entendemos que estamos falando de um aspecto duradouro do comportamento de alguém.

Isso, por si só, traz em si entendimentos que podem ser observados sob a luz da Psicologia e das ciências relacionadas à saúde mental. Afinal, é comum que os diferentes desvios tragam implicações preocupantes à vida da pessoa e de quem a cerca.  

A Psicologia é realmente uma área fascinante e cumpre um papel importantíssimo nesse cenário. Se essa é a sua praia, deve saber que uma pós-graduação é super bem-vinda para quem quer se preparar para as demandas do mercado, oferecendo um serviço de mais qualidade.

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Transtorno da Personalidade Limítrofe

O Transtorno da Personalidade Limítrofe é mais conhecido como Borderline. Ele é fortemente marcado pela excessiva instabilidade e hipersensibilidade na vida. É aquela velha gangorra emocional, na qual o indivíduo sai de uma euforia excessiva para a depressão.

Esse transtorno, por exemplo, pode levar a pessoa a se agredir e a querer tirar sua própria vida.

Essa condição afeta a autoimagem e traz flutuações importantes de humor e percepção de vida. É comum, por exemplo, o sentimento de rejeição e abandono.

O próprio nome Bordeline traz o conceito da borda, como se o indivíduo estivesse sempre lá, na região limítrofe, numa ponta ou outra. Por isso esse transtorno carrega essa nomenclatura.

Em meio a esse vai e vem, pode haver episódios dramáticos, principalmente em condições mais graves.

Características do Transtorno Bordeline

Alguns aspectos devem ser observados para se chegar a esse diagnóstico. Para além do que mencionamos acima, é necessário saber que em momentos de crise o indivíduo fica mais impulsivo. São características comuns:

Automutilação

Ocorrências de automutilação e de autoextermínio pode ocorrer. Sentimentos como vazio e angústia são comuns. Trata-se, portanto, de uma condição que merece total atenção.

Dependência e sentimento de abandono

Também fica insustentável a relação consigo próprio e o sujeito passa a se apoiar no outro para reduzir a angústia.

Cria-se, assim, uma relação de perigosa dependência – uma vez que na ausência do outro ele é tomado por uma forte rejeição e por uma grande sensação de abandono e medo de não ser acolhido.

Raiva

Como tudo passa a ter uma lente de aumento, reações comuns de pessoas passam a ser vistas como rejeição. Então, por não ter sua expectativa atendida, vem uma raiva que é desproporcional ao contexto real.

Ou seja, por se sentir decepcionado, o sentimento da raiva vem à tona, assim como a tristeza.

Isso varia, pela instabilidade, a depender de como percebe a disponibilidade do outro. Ao se sentir acolhido, se permite ser mais vulnerável.

Isolamento voluntário

Com medo de sofrer, o indivíduo pode preferir se isolar. Isso, na cabeça dele, é uma forma de evitar o abandono.

Autoimagem distorcida

É comum, como já mencionamos, que o indivíduo que sofra com Transtorno da Personalidade Limítrofe tenha uma autoimagem negativa. A mudança pode ser repentina.

E, nesse contexto, frente a um olhar negativo para si próprio, acontece a autossabotagem.

É como se de alguma forma a pessoa inconscientemente fosse atrás de motivos para que a situação dê errado. Assim tem início o ciclo de necessidade de apoio constante do outro, que cria uma expectativa que pode não ser atendida e gera frustração, decepção, angústia, depressão.


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Diagnóstico do Transtorno de Personalidade Limítrofe

Os profissionais responsáveis por identificar esse e outros transtornos mentais a partir de base científica são psicólogos e psiquiatras.

Para que o diagnóstico aconteça, é preciso uma observação atenta aos relatos de pacientes e pessoas próximas, bem como ao histórico do indivíduo.

Ou seja, o diagnóstico não acontece com base em uma só percepção ou a partir de um único comportamento observado, em curto espaço de tempo. As implicações dessa condição podem variar e demandam um olhar e uma escuta especializadas.  

Alguns exames de sorologia e hemograma podem ser solicitados. A situação pela qual atravessa o paciente no momento também deve ser levada em conta. Isso é algo novo, surgiu após algum episódio dramático? Como veio se construindo essa história?

Essas são algumas das questões que devem estar presentes na anamnese e durante a psicoterapia, processo necessário não só para o acompanhamento e melhor diagnóstico, como para a melhoria do caso.

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Sinais do Transtorno de Personalidade Limítrofe

Edição recente do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos lista algumas condições que aumentam a probabilidade de o diagnóstico ser positivo para o Transtorno da Personalidade Limítrofe:

  • Mudanças rápidas no humor
  • Distorção da imagem que tem de si
  • Sensação de vazio e angústia
  • Sentimento de raiva ou dificuldade para controlá-la
  • Ação por impulso se colocando em situações arriscadas
  • Mutilação, pensamentos e comportamentos suicidas
  • Intensa instabilidade também nas relações com o outro – idealização alterna com raiva
  • Desespero frente ao abandono ou à sensação de ser rejeitado – seja isso real ou imaginário.

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Como tratar o Transtorno de Personalidade Limítrofe

A psicoterapia consiste no principal tratamento. Na maioria dos casos, é preciso também o acompanhamento de um psiquiatra e tratamento medicamentoso. Essa dobradinha costuma aliviar a depressão, reduzindo os pensamentos suicidas, por exemplo.

No caso de medicações, inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRSs), normalmente usados como antidepressivos, podem ajudar. Assim como outros que atuam na estabilização do humor, na ansiedade e nas distorções de pensamentos.

Mas, cada pessoa é uma e é preciso compreender o processo de cada um. Diferentes linhas da Psicologia podem atuar frente a um quadro como esse. A abordagem pode variar e o perfil da pessoa deve ser levado em conta.

É importante ressaltar o papal valioso que a psicoterapia e os profissionais de Psicologia cumprem em casos de Transtorno de Personalidade Limítrofe.

Esse acompanhamento é fundamental para que o caso possa evoluir para melhora, o que muitas vezes pode ser essencial para a vida daquele paciente.


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