Um guia de conduta voltado a enfermeiros para casos de urgência e emergência. Assim pode ser descrito o Yellowbook Enfermagem – Fluxos e Condutas em Urgência e Emergência, que tem a proposta de orientar enfermeiros na tomada de decisão a respeito de temas inseridos em Urgência e Emergência.
Para falarmos sobre a publicação, que se destaca por sua abordagem mais aprofundada e objetiva, conversamos com a coordenadora do livro, Maiza Macedo.
A seguir, ela elenca os seus diferenciais e explica por que ele é um guia essencial para enfermeiros, diferente de tudo que você já viu.
Além disso, conta sobre o processo de elaboração do livro e do contexto no qual ele foi criado, destacando como sua vivência na Enfermagem e no SAMU contribuíram para a produção desse grande guia.
Toda essa experiência de anos, somada ao conhecimento de 33 autores, resultou em um material único, com 63 capítulos, que se destaca de tudo que já foi feito na área.
Tudo isso porque o livro é baseado nas melhores e mais recentes referências bibliográficas. Além disso, orienta de forma direta e objetiva, a partir de um modelo que favorece a leitura e a fixação do conteúdo, sobre todos os fluxos e condutas presentes no dia a dia do profissional de Enfermagem.
Destaques para os capítulos sobre gerência e para a contextualização pós-Covid-19.
Confira a entrevista com a coordenadora da publicação e veja de uma vez por todas por que você precisa ter um exemplar do Yellowbook Enfermagem.
1. De que forma surgiu a ideia do Yellobook de Enfermagem?
Eu fui procurada pelo médico que escreveu o Yellowbook de Medicina. Ele fez uma pesquisa e, a partir disso, chegou a mim e me convidou para escrever o Yellowbook da Enfermagem – Fluxos e Condutas, especificamente na área da Urgência e Emergência.
Depois de algumas reuniões e de conhecer a iniciativa, escrevi o projeto com foco nos temas que deveriam ser abordados para contribuir com a atuação da Enfermagem no cenário de urgência e emergência. Isso, abordando a área hospitalar móvel, fixa, enfim todos os cenários onde a gente possa abordar o paciente.
Fizemos então essa primeira parte, apresentamos e foi pedido para que produzíssemos um capítulo para análise. E assim foi feito. O resultado foi muito positivo e, a partir daí, seguimos.
Convidamos vários autores para participar e assim nasceu o Yellowbook de Enfermagem, que é uma publicação muita rica e essencial para quem é da área.
2. Como sua vivência no Samu está contida no livro?
O SAMU é um espaço de muito crescimento, motivações e experiências. Então, sem dúvida, minha vivência contribuiu bastante para a construção do livro. Assim como minha experiência como professora de graduação e pós-graduação.
Estar dentro de um serviço como o SAMU, onde você tem várias experiências, num contexto muito dinâmico e não controlável, é um processo que fica ainda mais enriquecido quando a gente avalia, analisa e monitora as condutas para que possamos fazer as mudanças.
O profissional, independentemente da área de atuação, quando estuda, analisa e se adapta às mudanças, consegue ter sucesso.
3. Quais são os diferenciais do Yellowbook Enfermagem – Fluxo e Condutas. Ou seja, por que ele é essencial para o enfermeiro?
Trata-se de um projeto todo escrito por enfermeiros. Foi uma das minhas exigências, quando fui convidada. São 33, no total. Quando viram o resultado, disseram: “vai ser a Enfermagem antes do Yellowbook e depois do Yellowbook”. Isso é muito legal.
Os autores são profissionais, de Salvador e Feira de Santana, que atuam na Urgência e Emergência e, também, na academia. Todos trabalham na docência, tanto na graduação quanto na pós-graduação em Enfermagem e em outros cursos da área da Saúde.
Então, a partir da atuação de cada profissional na academia, nós fizemos o direcionamento. Ou seja, cada autor foi convidado a abordar determinado tema.
São 63 capítulos. Desses, estou em 60. Todos passaram por mim para revisão. Foram muitas horas de leitura e dedicação, mas conseguimos, depois de muito esforço, chegar ao resultado esperado.
Normalmente, os capítulos de livros da área têm muito texto escrito e às vezes você lê todo o conteúdo, mas não é direcionado em relação a como fazer uma abordagem ágil, a partir de uma conduta imediata diante daquele paciente.
No YellowBook é diferente. Em cada capítulo você tem um fluxograma que vai te direcionar, te orientar para você possa abordar e já fazer a conduta inicial.
Temos até um capítulo que fala de gerência. Isso é um grande diferencial. A gente não pode mais trabalhar a gestão separada da assistência.
A gestão, a gerência e a assistência precisam estar articuladas, para que quem esteja na assistência possa passar para quem está na gerência a real necessidade de demandas. Eu não posso fazer a gestão de algo se eu não conheço o que está acontecendo na ponta.
4. De que forma os fluxos e as condutas essenciais para o enfermeiro são abordados no livro?
Quando eu enfermeiro, técnico de Enfermagem, profissional de Saúde, estou atuando diante de um paciente em situação de urgência ou emergência, é importante saber direcionar esse atendimento.
Nós temos no livro informações sobre emergências como parada cardíaca, obstruções de vias aéreas, entre outras, em todas as áreas: urgências cardiológicas, traumáticas, neurológicas, por exemplo.
Além do capítulo que fala sobre a gerência da unidade de urgência e emergência, temos um que fala do acolhimento das urgências na atenção básica, porque eu tenho que entender que estou lá no PSF, mas pode chegar para mim um paciente com crise convulsiva, uma hipoglicemia, uma obstrução de vias aéreas.
O profissional de enfermagem tem que ter capacidade de abordar esse paciente e fazer essa ligação com o SAMU e com a unidade pré-hospitalar fixa, que é a UPA, ou com o hospital.
Nós precisamos perder menos pacientes em situação de urgência e emergência. E, para isso, a gente precisa de uma equipe capacitada, treinada, trabalhando pautada em conhecimento técnico e científico. É nisso que o livro busca contribuir.
5. A pandemia exerceu alguma influência no projeto?
Nós tínhamos iniciado o projeto em 2019. Em 2020 veio a pandemia e alguns temas que não estavam previstos passaram a ser contemplados, como é o caso do capítulo sobre abordagem do paciente em contexto pandêmico.
Além disso, falamos sobre a abordagem ao paciente depois da Covid-19. Muita coisa mudou, como o que se refere à parada cardíaca e ao uso de oxigênio, por exemplo.
Essas mudanças a gente já incluiu no livro. E a prática do SAMU mudou completamente com a pandemia. Nós tivemos que refazer todos os protocolos para uma abordagem compatível com o novo contexto. Não é fácil acompanhar essas mudanças, que são muito rápidas.
Toda a rotina do SAMU foi mudada. Um protocolo de abordagem a paciente de parada cardíaca que a gente fazia de uma forma a não sei quanto tempo, teve que ser alterado, diante da pandemia. Tudo isso está n Yellowbook.
Algumas rotinas e condutas vão ficar inseridas de fato na nossa prática, principalmente em urgência e emergência, onde a gente é muito exposto. Isso vale mais ainda para o profissional do SAMU.
Quer saber mais?
Não perca mais tempo. Atualize-se com o Yellowbook Enfermagem: Fluxos e Condutas em Urgência e Emergência e esteja em dia com as boas práticas preconizadas em Enfermagem no Brasil.