Para administrar os materiais na cadeia de suprimentos de uma instituição, é necessária a elaboração de processo produtivo, visando à qualidade, quantidade, menor custo na aquisição, gestão dos estoques, padronização dos materiais e medicamentos, comunicação e prazos para aquisição de novos materiais.
A Figura 1 esquematiza a sequência de administração de materiais, desde a sua aquisição (compra) até a dispensação/distribuição ao cliente final.
Figura 1 – Funções da administração de materiais
Fonte: Bahia, ([s.d.]).
Para manter a conformidade das solicitações durante as entregas, a informatização dos produtos e pedidos é um facilitador na qualidade dos processos. Buscando soluções tecnológicas, o setor de saúde vem apostando na formação de profissionais para que tenha eficiência, eficácia e efetividade nas estratégias operacionais e multiprofissionais (Neto & Malik, 2018).
A implantação de novos processos tecnológicos em gestão de recursos materiais tem como finalidade integrar os sistemas já existentes e proporcionar qualidade e melhoria dos atendimentos prestados, através do desenvolvimento de novos softwares, visando a integrar e interagir com os dados existentes em plataformas inovadoras, potencializando os resultados financeiros e auxiliando nas tomadas de decisões, e minimizando as altas taxas nos custos e no controle da produção (Nunes et al., 2016).
Para que seja possível a realização de auditorias com foco na qualidade e no fornecimento correto de insumos a pacientes durante o atendimento, é necessário nortear as evidências, identificando e correlacionando as atividades disponibilizadas para manter o desempenho positivo e uma performance satisfatória (Fernandes & Duarte, 2016).
Conforme Neto e Filho (1998), a logística trata de aspectos como planejamento, organização, controle e realização de várias outras demandas associadas a transporte, distribuição e armazenagem de bens e serviços prestados.
Para que essas atividades funcionem de maneira orquestrada, é imperativo que as atividades de materiais ou de processos, bem como o planejamento logístico, necessariamente estejam relacionadas com outras funções imprescindíveis, que são: marketing e manufatura.
- Abreviações que não possuem termos técnicos dificultam o trabalho do auditor;
- Registros inconsistentes;
- Comunicação do profissional auditor com a equipe de saúde;
Durante o processo de cobranças de serviços prestados em sistemas de saúde, é fundamental que o enfermeiro auditor, conheça as normas e requisitos que dispõem dos serviços prestados em saúde, bem como o regimento de contrato.
O treinamento da equipe multidisciplinar, é um fator primordial para a comunicação do profissional auditor com a equipe de saúde. Para que nos prontuários médicos, os registros possam estar em conformidade com a proposta orçamentada da do cliente.
Logística é utilizada para gerenciar o alto custo de operação das cadeias de abastecimento. Pode-se perceber que a tendência das organizações é a horizontalização, atividade em que muitos produtos então produzidos por uma determinada empresa do fim da cadeia passam a ser produzidos por outras empresas, ampliando o número de fontes de suprimento e dificultando a administração desse exército de fornecedores (Guércio, 2017).
Para o fornecimento e a gestão de insumos, o setor de suprimentos tem como responsabilidade o recebimento do item previamente cadastrado, bem como o preparo e a administração dos insumos.
O consumo de recursos em qualquer aspecto, seja por meio da logística de entrega dos medicamentos, seja por fornecimento e autorização prévia da operadora em saúde, torna o aperfeiçoamento, antes de tudo, um grande imperativo ético (Lagioia et al., 2008).
Sendo assim, uma estrutura organizacional bem definida contempla em seu planejamento operacional as diretrizes para a elaboração de uma proposta orçamentária condizente com os padrões de desempenho ofertados e incorporados pela instituição, bem como um canal tecnológico entre os setores operacionais. A composição das estratégias tecnológicas e segmentadas no modelo operante tem como finalidade assegurar a continuidade da assistência (Neto & Malik, 2018).
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REFERÊNCIAS
Neto, G. V., & Malik, A. M. (2018). Gestão em saúde (2a edição). Guanabara Koogan.
Nunes, E. dos S., Assis, S. F. M. de, & Lopes, E. L. (2016). Fatores críticos de sucesso nas implantações de software de gestão integrada em entidades de saúde. International Journal of Health Manegement Review, 2(2), 1–20.
Fernandes, S. N., & Duarte, F. (2016). Auditoria interna como ferramenta de melhoria da qualidade em um home care. Revista ACRED, 6(12), 39–53.
Guércio, C. R. (2017). Custos e benefícios de um sistema de logística reversa na gestão de resíduos sólidos: Um estudo de caso na administração pública. Universidade de Brasília.
Neto, G. V., & Filho, W. R. (1998). Gestão de Recursos Materiais e de Medicamentos. Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo.