O ano de 2019 foi marcado pela pandemia do novo Coronavírus (SARS-CoV-2), causador da Coronavírus Disease 19. A nova doença chegou e mudou totalmente o trabalho de diversos profissionais, principalmente, os trabalhadores da área da saúde, dentre eles: médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, farmacêuticos, biomédicos e outros.
O impacto da nova doença ocorreu tanto no serviço público quanto no privado, tanto no Brasil quanto fora do nosso país. Assim, foi necessário definir uma nova forma de assistência. A enfermagem estando na linha de frente precisou se reinventar e ampliar sua forma de prestar o cuidado.
Convido você, leitor, a acompanhar sobre a temática: a atuação do enfermeiro no combate a Covid-19, com base, na minha trajetória profissional. Sugiro também, compartilhar experiências sobre o assunto. Então, se você tem algo para acrescentar, compartilha com a gente! Vamos lá?!
Na Unidade básica de saúde: o enfermeiro da família é responsável por orientar e educar a sua população quanto às formas de prevenção e vigilância dos primeiros sinais e sintomas da Covid 19 dentro da sua população adscrita. Há quem diga que não é função da UBS, mas ela também é responsável pela assistência aos casos leves da doença.
Na Ala de classificação Covid: visando o isolamento dos pacientes com Coronavírus, as unidades de saúde criaram um espaço para acolhimento e classificação dos pacientes que buscam o serviço. Estas alas, receberam nomes como “covidário” ou “gripário”. O enfermeiro classificador avalia os pacientes para definir a gravidade de cada caso. Como ele faz isso? Através de sinais e sintomas e avaliando parâmetros como a saturação. Que aliás, ficou bastante conhecida por todos após a pandemia.
Nas Unidades de cuidados especiais: na grande maioria, o paciente encaminhado a estas unidades requer um pouco mais de atenção. São pacientes que apresentam algum sinal de alerta como por exemplo a falta de ar, febre ou queda dos níveis de saturação. Nestas unidades, o enfermeiro presta assistência na oxigenoterapia, na administração de medicações, na monitorização de sinais vitais e vigilância da piora dos sinais e sintomas.
Nas Unidades de Terapia Intensiva: quando o paciente chega até a UTI na maioria das vezes ele se encontra no estágio grave da doença. O enfermeiro intensivista possui muitas atribuições como: coleta de exames laboratoriais, curativos, instalação de sondas, assistência nas intubações, assistência nas paradas cardiorrespiratórias e temos enfermeiros frente a Oxigenação Extracorpórea por Membrana, a ECMO. Que também ficou bastante conhecida após sua grande divulgação nas mídias sociais.
Nos Postos de vacinação: o enfermeiro do posto de vacinação possui diversas atribuições que vão desde cuidados com o armazenamento do imunobiológico até a administração da vacina. O enfermeiro é responsável por checar se o imunobiológico está armazenado em condições ideais de temperatura e de embalagem; é responsável pelo controle de registros de doses aplicadas, verificar se o paciente possui condições de saúde favorável para receber o imunizante e administrar vacina com dose e via certa, além de orientar a equipe quanto o descarte correto dos resíduos dessa atividade: seringas, agulhas, fraco/ampolas e outros.
Nos Centros de reabilitação pós-Covid: muitos pacientes após a infecção pelo Coronavírus podem apresentar algumas sequelas como falta de ar, dores no corpo entre outras queixas. O trabalho, nestes centros, é realizado em equipe. A equipe multiprofissional poderá ser composta por médico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, enfermeiro, terapeuta ocupacional e outros. O enfermeiro, juntamente com a equipe, visa traçar um plano singular de acordo com as necessidades de cada paciente buscando sua melhor recuperação.
Você sabia de tudo isso?! Hoje a enfermagem está em todas as linhas de cuidado ao paciente com Covid-19. Mas, não podemos esquecer que para uma boa recuperação do paciente devemos trabalhar em equipe multiprofissional. Ou seja, todos os profissionais são importantes e merecem respeito.
A pandemia ainda não acabou, temos muito trabalho pela frente! Um grande abraço aos meus amigos enfermeiros e enfermeiras que estão desde o início lutando contra esse grande mal. Até mais.
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Referências
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Especializada à Saúde. Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e de Urgência. Protocolo de manejo clínico da Covid-19 na Atenção Especializada [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção Especializada à Saúde, Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e de Urgência. – 1. ed. rev. – Brasília: Ministério da Saúde, 2020.
GOVERNO DE SANTA CATARINA Secretaria de Estado da Saúde Sistema Único de Saúde Superintendência de Vigilância em Saúde Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina. MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA COVID-19 (vírus SARS-CoV-2) GOVERNO DE SANTA CATARINA Secretaria de Estado da Saúde Sistema Único de Saúde Superintendência de Vigilância em Saúde Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina Atualizado em 23 de outubro 2020.
