Como o machismo faz mal à Saúde do Homem

Como o machismo faz mal a saúde dos homens
Como o machismo faz mal a saúde dos homens

Geralmente, as mulheres são mais atenciosas com a saúde e os dados comprovam.No Brasil,  dados do Ministério da Saúde apontam que elas  realizam  40,3% de cuidados e exames preventivos de rotina. No caso de homens adultos, o número despenca:  28,4%. Essa disparidade faz pensar sobre como o machismo faz mal à saúde do  homem.

Afinal, comportamentos e traços culturais impactam. Muitos cresceram e ainda vivem sob a crença de que precisam ser fortes e não podem chorar, por exemplo.

Quando pensamos na pandemia, então… O cenário se repete. Em meio a tantas mudanças, algo parece permanecer igual: os homens cuidam menos da saúde ou esperam para  buscar ajuda já em estágios avançados de alguma doença. Dados comprovam.

O Censo mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2016, afirma: até então, os homens vivem cerca de sete anos a menos do que as mulheres. 

Muito, infelizmente, se deve ao machismo.

É sobre isso que veremos a seguir! 

A ideia, claro, é fazer eco à mensagem: homens, cuidem-se!

Como o machismo faz mal à Saúde do Homem

É comum o homem querer dar uma de durão. Os homens adoram se passar por heróis, fortes e corajosos.  Enxergar e acolher suas vulnerabilidades é algo que preferem não fazer.

Claro que não são todos assim, a gente sabe, ok? Mas, estamos falando aqui do que é cristalizado em nossa sociedade. Tudo o que é enraizado precisa de um caminho longo para ser desconstruído.

Nesse meio tempo,  eles resistem a ter um acompanhamento médico com frequência e insistem, muitas vezes, em silenciar alguma dor, achando que é passageiro, que pode esperar. 

Prova disso é que o  Programa Nacional de Saúde, do governo federal, apontou:  76% da população brasileira  consultaram um médico em 2019. Desse total,  82,3% eram mulheres e 69,4%, eram homens. 

Fica mais claro, entender agora, como o machismo faz mal a Saúde do Homem?

Doenças mais comuns em homens

É inegável que a vida está mais corrida, estressante e competitiva para todos. Homens e mulheres. Em cenário pandêmico, piorou. Mas em meio ao universo de complicações à saúde que podem nos afetar, alguns são mais prevalentes neles.

Ou seja, é bom lembrar que algumas doenças acometem mais os homens. E não estamos falando só das relacionadas à próstata. 

É o caso, por exemplo, do infarto do miocárdio. A taxa de internação é 130% maior do que em mulheres, por mais que elas estejam cada vez mais sofrendo com doenças do coração. 

Eles também morrem mais por doenças do aparelho respiratório. Nesse sentido, dados do Ministério da Saúde  sinalizam que a taxa de mortalidade por causa dessa complicação é 71%  maior nesse público do que em mulheres.  

Muitas dessas questões poderiam ser evitadas por um acompanhamento médico frequente. Ela é essencial, principalmente, em casos de doenças mais comuns nesse público. Sem dizer do histórico familiar, entre outros fatores que podem favorecer o aparecimento de alguma doença. 

Outro amigo da saúde é a adoção de bons hábitos de vida. Mas, isso não parece ser tarefa fácil para eles, que são mais resistentes a esses cuidados. 


Os desafios enfrentados na atenção à saúde do homem


Como o machismo faz mal a Saúde do Homem na pandemia 

Tudo o que falamos sobre os cuidados da saúde do homem no pré-pandemia, continua valendo  após a chegada da Covid-19. 

A Sociedade Brasileira de Urologia aponta, nesse sentido, que  55% dos homens com mais de 40 anos não compareceram à consulta ou não fizeram algum tratamento necessário desde o início da pandemia.

O temor em relação ao vírus afastou todos dos médicos, mas os homens continuam mais resistentes ainda em se cuidar. Ou seja, o vírus reforçou o que já era tendência. 

Sobre a Covid-19, é bom lembrar que a taxa de contaminação é a mesma para os sexos. Ou seja, não há um que corra mais risco de ser infectado. Mas, é fato que quadros mais graves estão sendo mais comuns em homens. 

Além disso, há a questão comportamental – como a resistência ao uso de máscara e um descuido maior em relação à higienização das mãos. Ou seja, eles são menos afeitos às medidas preventivas da doença. Não todos, claro. 

Estudos que comparam os sistemas imunológicos indicam que o público masculino tende a ter mais complicações. As mulheres, por sua vez, têm uma reação e recuperação melhores. 

Vai nesse sentido os dados da Central de Informações do Registro Civil – CRC Nacional. Ele traz números  entre junho de 2020 e maio de 2021. Um dos índices mostra que  há aproximadamente  20% mais mortes de pessoas do sexo masculino em virtude da Covid-19. 


Por que os homens procuram menos os serviços de saúde?


Machismo e saúde mental do homem

Por tudo que já foi dito aqui, não é difícil imaginar que os homens têm mais resistência em procurar ajuda no campo da saúde mental. 

As consultas psicológicas e psiquiátricas já carregam um estima na sociedade. Somadas ao machismo, piora. Mas, sabemos que aquela história de que homem não chora, precisa ser forte, ser o provedor da família e infalível, não faz sentido.

Isso, inclusive, também os afasta dos cuidados com a saúde mental, tão necessária a todos.

Se você quer saber mais sobre esse universo, confira só os conteúdos que a gente separou:

Homens evitam médicos para não serem vistos como ‘fracos’, diz pesquisadora americana

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Por Sanar

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