O cenário atual não mente: o número de profissionais fisioterapeutas está cada vez maior e, para se destacar no mercado de trabalho, é necessário apresentar diferenciais em termos de titulação, experiência e contatos profissionais.
A boa notícia é que esses três pilares podem ser obtidos por meio de um único caminho: a RESIDÊNCIA!
A residência em Fisioterapia é uma modalidade de pós-graduação lato sensu, na forma de curso de especialização, sob a responsabilidade de uma Universidade ou Serviço de Saúde (por exemplo, alguns hospitais oferecem residências de forma independente).
O programa é desenvolvido em dois anos, possui carga horária de 60h/semana, divididas em assistência e pesquisa. Assegura-se ao fisioterapeuta residente uma bolsa isonômica a todas as modalidades de residência no valor de R$3.330,43.
Neste artigo, destacamos três grandes áreas de Residência em Fisioterapia:
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Residência em Fisioterapia Terapia Intensiva
As residências de Fisioterapia em Terapia Intensiva costumam ser as mais concorridas dentre os programas oferecidos no Brasil. Isto ocorre porque muitos hospitais estão preferindo contratar profissionais que apresentem o título de especialista proporcionado pela Residência – afinal, os profissionais residentes apresentam uma elevada carga horária de experiência profissional e atualização. Com este título em mãos, o Fisioterapeuta facilmente conseguirá fazer parte de equipe de plantonistas hospitalares, sendo, portanto, uma ótima jogada para aqueles que pensam em empregabilidade instantânea.
OBJETIVO
O principal objetivo do Fisioterapeuta é oferecer condições ao paciente de retorno à sociedade. O grande diferencial é que buscamos funcionalidade e aptidão, com o menor grau de sequelas possíveis, menor tempo de internação e maior recuperação. A atuação da Fisioterapia Intensiva é feita desde a fase mais crítica da internação desse paciente até a alta hospitalar, dando essa assistência que deve ser o mais integral possível (tanto motora quanto respiratória). Estudos mostram que graças à fisioterapia, o tempo de internamento em terapia intensiva e no próprio hospital é reduzido.
Além disso, o profissional trabalha com a família do paciente para que os cuidados continuem no ambiente domiciliar.
Por isso falamos muito também do follow up ou acompanhamento pós-internação, que envolve a maneira com que o paciente continua a vida (o quão independente ele fica) e os cuidados que a família necessita ter. A fisioterapia iniciada no ambiente crítico já vai considerar essa recuperação no follow up. Assim, reduzindo sequelas a serem trabalhadas depois da internação.
Então esse é o principal objetivo de o fisioterapeuta estar atuando nesse espaço: favorecer a alta desse paciente, de maneira que ele saia melhor e mais rápido desse ambiente crítico
ATUAÇÃO
O fisioterapeuta foca em dois aspectos principais:
– Respiratório: é o suporte ventilatório, com a parte de fisiologia respiratória, suporte respiratório, oxigenoterapia, ventilação mecânica não invasiva e ventilação mecânica invasiva e toda essa parte de cuidado respiratório do paciente, que é um dos motivos que o leva ao CTI
– Motor: a fisioterapia motora inclui a parte de fortalecimento, reabilitação, prevenção de deformidades e tratamento de complicações relacionadas com a permanência desses pacientes que estão muito tempo imóveis no leito. É muito importante nesse contexto a mobilização precoce, cujo planejamento também é feito por esse profissional. No momento em que entramos na UTI já devemos pensar em mobilizar esse paciente o mais rápido possível.
CARREIRA PROFISIONAL
Mas será que me especializar em Terapia Intensiva vai realmente impactar a minha vida profissional? Com certeza! Além de ser importante, o conhecimento em Terapia Intensiva agora é uma necessidade para quem quer trabalhar no ambiente hospitalar. O resultado é um profissional completo, com um olhar clínico mais aguçado.
PRINCIPAIS RESIDÊNCIAS
– Hospital Israelita Albert Einstein;
– Hospital Sírio-Libanês (linha: Cuidado ao Paciente Crítico);
– Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL – UFRN);
– Secretaria de Saúde da Bahia;
– Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP, com a linha de Cuidado Hospitalar).
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Residência em Fisioterapia Neurofuncional
É uma área que requer muito conhecimento, dedicação e trabalho contínuo. Os casos muitas vezes são delicados e avançam lentamente. Mas os resultados podem ser surpreendentes!
Existem pouquíssimos profissionais Fisioterapeutas com Residência em Fisioterapia Neurofuncional, por ser um eixo relativamente novo no âmbito desse tipo de pós-graduação. Logo, aqueles que apresentam residência na área serão considerados profissionais de destaque, sem dúvidas!
OBJETIVO
Ocupar-se das limitações de movimentos decorrentes de doenças ou acidentes que afetam o sistema nervoso. Além de saber avaliar e selecionar, a partir do diagnóstico de cada doente, o melhor tratamento dentre as inúmeras técnicas e exercícios.
Nas mãos do fisioterapeuta neurológico está muitas vezes a reinserção da pessoa em uma vida normal, dentro das possibilidades de cada caso. O objetivo é buscar o bem estar físico e emocional, reabilitando o paciente para que possa realizar suas atividades com o maior nível de independência possível. O que está em jogo é aumentar a qualidade de vida.
A gratificação pode vir de fatos tão simples como, por exemplo, ver que seu paciente já consegue levantar um garfo e levá-lo à boca para poder se alimentar sozinho.
ATUAÇÃO
A atuação fisioterapêutica consiste em um amplo leque de possibilidades, podemos listar algumas metas que fisioterapeuta e paciente devem, juntos, trabalhar para atingir:
- Aumentar a amplitude dos movimentos
- Normalizar a postura
- Aperfeiçoar as habilidades cognitivas e a memória
- Estimular atividades da vida diária
- Promover a reintegração na sociedade
- Prevenir o surgimento de novas doenças
- Melhorar a força muscular, a coordenação motora e o equilíbrio
CARREIRA PROFISIONAL
A Fisioterapia Neurológica trata pessoas de todas as idades – adultos, crianças e idosos – por meio de aparelhos e técnicas específicas. O profissional pode atuar em clínicas, hospitais e centros de saúde, além de poder atender em domicílio, cuidando de pacientes que não podem se locomover. Vale ressaltar que consiste em uma carreira em ascenção e destaque, com oportunidades cada vez maiores e com âmbitos cada vez mais amplos
PRINCIPAL RESIDÊNCIA
O principal programa de residência em Fisioterapia Neurofuncional é o da Universidade Estadual de Londrina, no Paraná.
Residência em Fisioterapia Oncológica
A atuação da Fisioterapia em Oncologia vem despertando os olhares do mercado de trabalho, especialmente nos hospitais destinados a tratar tal afecção. Por termos relativamente poucos profissionais atuantes nessa área, aqueles que apresentam residência na área ocupam posições de destaque, sendo requisitados em modalidades de atuação profissional e acadêmica.
OBJETIVO
A fisioterapia na oncologia faz parte da equipe multidisciplinar da saúde e atua de forma bastante abrangente na sintomatologia dos pacientes oncológicos, tendo como metas preservar e restaurar a integridade cinético-funcional de órgãos e sistemas, assim como prevenir, tratar e minimizar os distúrbios e seqüelas causados pelo tratamento oncológico, onde temos como principal objetivo manutenção de qualidade de vida.
É muito importante que o fisioterapeuta conheça bem sobre cada tipo de câncer, seus estágios, suas complicações, seus tratamentos (cirúrgicos ou não), para assim poder traçar o melhor plano de tratamento sem que esse possa apresentar riscos ao paciente.
ATUAÇÃO
O profissional irá atuar nos sintomas decorrentes da patologia e do tratamento, minimizando as complicações como: dor, fraqueza muscular, tensão muscular, fadiga, perda de massa muscular, linfedemas, fibroses, retrações e aderências cicatriciais, diminuição da amplitude de movimentos, encurtamentos musculares, alterações posturais e alterações respiratórias.
Para isso, o fisioterapeuta pode se utilizar de várias intervenções fisioterapêuticas como:
- Analgesia (eletroterapia e massoterapia);
- Alongamentos (passivos e ativos);
- Exercícios de fortalecimento muscular (com ou sem carga);
- Exercícios de amplitude de movimento;
- Exercícios cardiorrespiratórios;
- Exercícios pulmonares (cinesioterapia respiratória, manobras de higiene brônquica, manobras de reexpansão pulmonar).
O acompanhamento fisioterapêutico deve se iniciar o quanto antes e deve se estender tanto para pacientes internados como pacientes em domicílio, mesmo após o término do seu tratamento médico até o seu restabelecimento e sua independência (dentro de suas limitações) nas atividades de vida diária.
Vale lembrar também a importância de orientações específicas aos pacientes, cuidadores e familiares.
Outra área muito importante da fisioterapia oncológica é a de cuidados paliativos, que adotam uma abordagem humanista e integrada para os pacientes sem possibilidade de cura, não necessariamente na terminalidade da vida, reduzindo os sintomas e aumentando a qualidade de vida. A equipe de cuidados paliativos consiste em uma equipe multiprofissional apta a compreender todas as necessidades físicas, psicológicas e espirituais.
CARREIRA PROFISIONAL
O fisioterapeuta é um profissional essencial na equipe de oncologia, onde cada membro da equipe deve verificar o paciente como um todo, bem como o seu papel na estrutura familiar e na comunidade. Diante da importãncia, já constatada nos últimos 5 anos, a carreira do fisioterapeuta oncologista tem ocupado posições de destaque ao que confere área hospitalar e ambulatorial e consequentemente, maiores vagas e oportunidades para os especialistas de “plantão
PRINCIPAL RESIDÊNCIA
A principal residência na área de Oncologia, sem dúvidas, é a Residência Multiprofissional em Oncologia, oferecida pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Rio de Janeiro.
Residência em Fisioterapia: Cardiorrespiratória, Terapia Intensiva e Pneumofuncional
Dúvidas frequentes sobre Residência em Fisioterapia
Reunimos aqui algumas respostas rápidas sobre as principais perguntas que as pessoas costumam fazer sobre Residência em Fisioterapia. Vamos lá?
Quanto ganha um residente de fisioterapia?
O fisioterapeuta residente, assim como residentes de outras áreas, possui uma bolsa isonômica garantida pelos Ministérios da Saúde e Educação no valor de R$3.330,43.
Quem pode fazer residência em fisioterapia?
Podem fazer residência em Fisioterapia profissionais formados na área, com certificado de conclusão do curso garantido pelo MEC, registro no conselho de Fisioterapia e que não tenham vínculos empregatícios, pois a residência precisa ser feita em regime exclusivo.
Quantas horas trabalha um residente de fisioterapia?
A residência em Fisioterapia é uma modalidade de pós-graduação lato sensu, na forma de curso de especialização, sob a responsabilidade de uma Universidade ou Serviço de Saúde (por exemplo, alguns hospitais oferecem residências de forma independente). O programa é desenvolvido em dois anos, possui carga horária de 60h/semana, divididas em assistência e pesquisa.
E você? Já decidiu sua futura área de atuação?
Que tal saber o que sua escolha residência tem a dizer sobre você?
Para entender quais instituições oferecem os melhores programas de Residência, nós também reunimos as melhores residências do Brasil!
Bons estudos e até a próxima!
Referências: