Farmácia: diferença entre farmacêutico hospitalar e clínico

Tudo o que você precisa saber sobre a diferença entre farmacêutico hospitalar e clínico!

Por muito tempo, o farmacêutico ficou ofuscado no ambiente hospitalar servindo apenas como um tipo de estoquista de medicamentos, nem mesmo atuando na dispensação.

Posteriormente, o farmacêutico ganhou espaço com as análises clínicas, mas mesmo assim ainda estava distante da atuação direta com os pacientes e com o emprego dos medicamentos.

Contudo, atualmente há duas grandes opções para a carreira do farmacêutico: a área clínica e a hospitalar.

Farmacêutico clínico e hospitalar

Com a necessidade do farmacêutico atuar com paciente e com os medicamentos, duas grandes áreas conquistaram destaque no ambiente hospitalar e, hoje, se tornaram protagonistas: farmácia clínica e hospitalar.

A farmácia hospitalar surgiu, primeiramente, a fim de garantir o exercício do farmacêutico na dispensação, além de servir como um protagonista no gerenciamento de toda cadeia logística do medicamento.

Atualmente, o âmbito de atuação do farmacêutico hospitalar se estende. Assim, ele engloba:

  • Elaboração de critérios de seleção
  • Controle de infecções e uso racional de antimicrobianos
  • Farmacovigilância
  • Controle de estoque
  • Dispensação racional, segura e eficiente, a qual é um ato privativo do farmacêutico.
Banner SS

Farmacêutico Hospitalar

Na farmácia hospitalar, é tarefa do farmacêutico realizar a seleção de medicamentos, por meio da padronização segundo critérios epidemiológicos, técnicos e, principalmente, econômicos.

O farmacêutico possui protagonismo na Comissão de Farmácia e Terapêutica, por dispor de conhecimentos de farmacologia, farmacotécnica e farmacoeconomia, que servem de pilares para a padronização dos medicamentos.

Qual a função de um farmacêutico hospitalar?

A seleção de medicamentos é o início da assistência farmacêutica, pois a partir dela todas as demais atividades podem ser desenvolvidas.

A programação, aquisição e armazenamento consistem resumidamente na etapa do controle de estoque, mas que é fundamental para garantir a disponibilidade e a integridade do medicamento até o momento da dispensação.

Nesta etapa, o gerenciamento do farmacêutico irá prevenir o desabastecimento de fármacos e insumos, prevendo a ocorrência de sazonalidades e eventuais faltas de produtos no mercado (desabastecimento nacional e mundial, por exemplo).

Na distribuição e dispensação, o farmacêutico consiste em garantir, primeiramente, no suprimento de medicamentos às unidades em quantidade, qualidade e tempo oportuno. É papel do farmacêutico hospitalar garantir rapidez, segurança na entrega e eficiência no controle e informação.

Por fim, o farmacêutico (privativamente) fornece medicamentos frente a uma prescrição, sendo sua função registrar, receber a prescrição corretamente, interpretá-la e avaliá-la. E, também, separar o medicamento na forma e dose correta e comunicar o paciente sobre as informações básicas de uso racional de medicamentos.

Além da atuação logística e gerencial do farmacêutico hospitalar, também há atuação na farmacovigilância. Nesse âmbito, o profissional atua monitorando e notificando reações adversas medicamentosas. Para mais, ele também participa da Comissão de Controle de Infecções Hospitalares (CCIH). Nessa comissão, ele é responsável por:

  • Notificar infecções por microrganismos multirresistentes
  • Monitoramento das prescrições racionais de antimicrobianos

Farmacêutico Clínico

Já o farmacêutico clínico surgiu como um aprimoramento do farmacêutico hospitalar.

Anteriormente, estava atrelado ao gerenciamento dos medicamentos, para que pudesse estabelecer maior presença frente ao paciente e garantir a segurança e eficácia da farmacoterapia, através do acompanhamento.

Basicamente, o farmacêutico clínico atua otimizando a terapia medicamentosa a fim de minimizar efeitos e garantindo maior eficácia do fármaco. Esta etapa da assistência farmacêutica chama-se gestão clínica do medicamento.

Como funciona a gestão clínica do medicamento?

Nesta etapa, o farmacêutico deve compreender os problemas de saúde e relacionar com as indicações clínicas e terapêuticas. A partir daí relacionar com objetivos terapêuticos, que serão atingidos por meio de um plano terapêutico.

Banner SS

O plano terapêutico é criado a partir da anamnese de acordo com a consciência do paciente, que deve participar ativamente e autonomamente.

É responsabilidade do farmacêutico clínico identificar problemas relacionados à:

  • Necessidade de medicamentos
  • Segurança e efeitos adversos
  • Eficácia clínica
  • Adesão ao tratamento

A reconciliação medicamentosa é outra tarefa importante do farmacêutico clínico no ambiente hospitalar, pois previne o uso desnecessário e repetido de fármacos no momento da entrada e da saída do paciente.

A busca por interações também é fundamental para prevenção de agravos que geram custos desnecessários ao hospital.

Portanto, a farmácia clínica também atua na redução de gastos e otimização da farmacoterapia. A prescrição farmacêutica também visa aperfeiçoar o atendimento e resolver problemas autolimitados.

Conheça o Yellowbook: Farmácia Clínica em UTI

O livro Yellowbook: Farmácia Clínica em UTI funciona como um guia de condutas no contexto da terapia intensiva. Além de trazer informações de consulta rápida sobre farmacoterapia aplicada, os capítulos apresentam um breve resumo acerca de definições, conceitos importantes e diagnóstico.

Os fluxos e condutas tornam a abordagem mais prática e objetiva, sendo focados em cada especialidade.

O livro é dividido em diversos capítulos, entre eles:

  • Cardiologia
  • Nefrologia
  • Neurologia
  • Oncologia
  • Analgesia e sedação
  • Infectologia.
  • Distúrbios da coagulação

Ficou interessado pelo Yellowbook: Farmácia Clínica em UTI? Então garanta o seu exemplar!


Gostou desse texto?