A Residência em área profissional de saúde foi criada no ano de 2005, através da Lei n° 11.129. Atualmente existe uma gama de programas de residência, de acordo com as necessidades de cada região.
Você sabia que os programas de residência apresentam uma diversidade de processos de seleção, profissionais, número de vagas, metodologias, avaliação e cenários? São tantas opções que dá até um friozinho na barriga.
No Distrito Federal, onde fiz minha residência, existem cerca de 16 programas. Dentre eles: Urgência e Emergência, Nefrologia, Saúde de Adulto e Idoso, Unidade de Terapia Intensiva, Cuidados Paliativos, Oncologia, Atenção cardíaca, Saúde da Criança, Obstetrícia, Saúde Mental, dentre outros.
Nesses programas diversas profissões estão incluídas, dentre elas: Enfermagem, Fisioterapia, Nutrição, Farmácia, Odontologia, Psicologia, Terapia Ocupacional, Serviço Social e até Saúde Coletiva.
Então, se você é graduando ou graduado, pensa em fazer residência mas não sabe qual programa escolher, quero dizer a você: eu também passei por isso! Mas calma, esse texto veio para ajudar você.
Vou compartilhar 5 dicas importantes para te ajudar a escolher o seu programa de residência:
Dica 1: O perfil do paciente
É sempre importante avaliar o paciente que você irá prestar assistência. Você precisa lembrar que ficará 60 horas semanais, por dois anos, assistindo um determinado tipo de público, além de realizar estudos de casos e discussões com a equipe sobre esse perfil de paciente.
Dica 2: A instituição
A instituição escolhida dará subsídios para que você se torne um bom especialista no assunto? Ela precisa oferecer preceptores capacitados, equipamentos e materiais necessários para sua assistência e um cenário instigante para estudos e pesquisa que contribua de forma positiva para seu conhecimento.
Dica 3: O local onde quero morar
Não tem como fazer residência em Oncologia e morar em uma cidade que não existe uma unidade de referência para tratamento de câncer. Então, é importante pensar na demanda de oportunidades quando a residência acabar e se o local onde você mora vai te permitir atuar na sua área de especialização.
Dica 4: Especialidade
Se você não conhece a rotina do profissional da área que pretende atuar, recomendo conhecer. Procure saber as atribuições do profissional, quais horários de atendimento, quais os locais que pode atuar e principalmente se você se encaixa na rotina desses profissionais.
Dica 5: O reconhecimento profissional
Todos os profissionais são importantes e contribuem para a saúde da população. Um enfermeiro especialista em Unidade de Terapia Intensiva lida com pacientes críticos, com uma gama de aparelhos tecnológicos. Já o enfermeiro especialista em Atenção Básica não dispõe de alta tecnologia, mas exerce um protagonismo no cuidado da comunidade. É importante avaliar como gostaria de ser reconhecido e se aquela contribuição para a população deixa você satisfeito como profissional.
Essas dicas me ajudaram no período de escolha do programa de residência que, aliás, escolhi muito bem. Fui muito feliz na minha escolha, não me arrependi em nenhum momento.
Espero que as dicas ajudem vocês a escolherem o melhor caminho a ser percorrido. Continuem estudando que a sua hora vai chegar!
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Referência bibliográfica
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Residência multiprofissional em saúde: experiências, avanços e desafios / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Departamento de Gestão da Educação em Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2006.