Já sentiu aquela sensação de insegurança ao realizar um estágio ou no seu primeiro dia de trabalho que faz você se questionar “O que eu faço agora? Será que vou lembrar de tudo que estudei?” Ter notas elevadas e um currículo exemplar são suficientes para encarar a vida pós-acadêmica? Aqui você irá saber os principais detalhes do que a faculdade não te ensina, mas você precisa saber!
De modo em geral, é durante o último ano da faculdade que os discentes costumam se preocupar em participar de processos seletivos de estágios, porém, acabam se deparando com certas terminologias ou situações que não são usuais no âmbito acadêmico e que vão muito além dos conhecimentos curriculares, como por exemplo:
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Soft skills
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Autoconhecimento
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Storytelling / pitch
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Networking
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Comunicação assertiva
Soft Skills
As soft skills são as habilidades comportamentais. São mais difíceis de serem adquiridas, porém, não impossíveis! Estão ligadas ao modo como você lida com as pessoas, ou seja, sua interação com grupos, comunicação, liderança, concentração, disciplina e como saber ouvir. Essas habilidades podem ser desenvolvidas através de atividades ainda dentro da faculdade como monitoria, participação em atlética, empresas juniores, estágios, colegiado e comissão de organização de eventos.
Sim, galera! Não são apenas atividades para preencher aquele espaço em branco do currículo e muito menos para serem feitas só para “contar as horas”. Por isso a importância de participar e fazer uma autorreflexão: “O que estou aprendendo com isso?”. Uma dica é anotar quais parâmetros você tem mais dificuldade, por exemplo, se comunicação e liderança forem seus maiores obstáculos, desafie a si mesmo para aprimorar essas habilidades escondidas dentro de você! E isso nos leva ao segundo tópico…
Autoconhecimento
Na primeira etapa, durante a busca de uma vaga de estágio ou de emprego, é dever do candidato procurar maiores informações sobre a empresa em que pretende trabalhar. Na segunda etapa, é a empresa que escolhe você após uma avaliação do seu perfil. Dentro desse cenário, o autoconhecimento é um fator essencial para que possa encontrar uma área que tenha mais a ver com você.
Lá vai outra dica, anota aí! Faça um checklist dos seus pontos fortes (habilidades ou traços de personalidades que considera relevantes) e dos seus pontos fracos (características suas que precisam de um upgrade); pergunte para seus amigos e familiares como eles te veem e em quais aspectos você precisa melhorar. Isso vai te auxiliar não só como profissional, mas como pessoa.
Storytelling / Pitch
Storytelling, ou ainda Pitch, é na verdade a famigerada e tão temida frase “Conte-me mais sobre você”. A faculdade prepara seus alunos para ter o conhecimento técnico, como usar as ferramentas de busca para uma pesquisa científica, como utilizar as vidrarias e reagentes dentro de um laboratório químico, mas não ensina como se preparar para o mercado de trabalho, principalmente no que diz respeito aos recém-formados.
Formular uma apresentação pessoal, seu “cartão de visita”, é o primeiro contato entre você e o gestor e por isso deve causar uma boa impressão. Então, esteja preparado para contar a sua história, faça um planejamento estratégico da sua vida, tanto pessoal, quanto acadêmica, e tenha seus objetivos profissionais bem construídos.
Networking
Networking é uma metodologia que auxilia a cultivar contatos voltados para a área de negócios e a trocar informações sobre o seu ramo de trabalho. É basicamente uma rede social com o intuito de agregar conhecimentos e conectar parceiros para o seu mundo profissional.
Tá, mas qual a importância disso? Quanto mais você se conecta com as pessoas de seu interesse profissional, maiores as chances de conhecerem o seu trabalho e para aqueles que ainda não têm experiência no mercado, podem ser reconhecidos através das suas habilidades e expertises adquiridas ao longo da graduação. Lembre-se, quem não é visto não é lembrado!
Comunicação assertiva
Independente de qual for o seu curso, na faculdade, a linguagem técnica prevalece. Ter esse tipo de vocabulário é de fato muito importante para manter contato com os profissionais, ministrar palestras e publicar artigos científicos, mas também deve-se levar em consideração o público leigo, em que a linguagem técnica não é adequada para dissolver quaisquer tipos de dúvidas e muito menos para explicar algum conceito.
Paciência, clareza e educação são os principais pilares para uma comunicação assertiva, seja qual for a faixa etária. Em relação ao linguajar popular, busque informações com profissionais que estão há mais tempo no mercado, questione qual o melhor caminho para apurar essa perspicácia. Não tenha medo de pedir ajuda!
Portanto, ter notas elevadas e um currículo arrematador não são suficientes para se obter sucesso no universo dos negócios, não adianta ter conhecimento técnico sem pôr em prática o know-how. Por isso a importância de se manter atualizado, explorar e atravessar as barreiras para além do âmbito acadêmico.
Encare os desafios do mercado atual, faça com que eles se tornem gatilhos pra que você se impulsione e seja um profissional com objetivos concretos e protagonista da sua história.
Sendo assim, que tal colocar tudo isso em prática? Transforme os conteúdos abordados nesse post em grandes aliados de seus conhecimentos técnicos.
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Referências
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GRILO, Ana Monteiro. Relevância da assertividade na comunicação profissional de saúde-paciente. Psicologia, Saúde & Doenças, v. 13, p. 283-297, 2012.
INSTITUTO BRASILEIRO DE COACHING. Comunicação Assertiva. Disponível em < Comunicação assertiva – desenvolva uma comunicação clara e reduza conflitos – Portal (ibccoaching.com.br) >. Acessado em 10 de abril de 2021.
MINARELLI, José Augusto. Networking: como utilizar a rede de relacionamentos na sua vida e na sua carreira. Editora Gente Liv e Edit Ltd, 2001.
PALACIOS, Fernando; TERENZZO, Martha. O guia completo do Storytelling. Alta Books Editora, 2018.
SCHULZ, Bernd. The importance of soft skills: Education beyond academic knowledge. 2008.