Fala futuro dentista, tudo bem? Hoje vou te dar dicas preciosas para que você consiga se destacar ainda na graduação e começar desde já a preparar sua imagem profissional.
Os principais tópicos que trataremos são:
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Monitorias
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Ligas Acadêmicas
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Palestras/Simpósios/Congressos
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Cursos de curta duração
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Cursos de idiomas
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Publicação acadêmica
Monitorias
O monitor é um aluno selecionado de acordo com seu rendimento na matéria ou com resultado de uma prova de seleção para ter um gostinho de como é a docência. O aluno tem que desenvolver estratégias para explicar aos demais a matéria e, ao mesmo tempo, consolida o conhecimento, porque você já sabe, né? Quem mais aprende é quem ensina.
O monitor também tem a vantagem de ter um contato mais próximo com o professor, podendo interagir mais com ele, tirar dúvidas e criar um vínculo, é ótimo para networking. Para ser um monitor você tem que se dedicar bastante na matéria, passar no processo de seleção e, quando for aceito, deve se organizar para dar uma revisada na matéria sempre que for dar monitoria, do mesmo jeito que os professores fazem.
As monitorias exigem dedicação, comprometimento e disciplina. São uma boa forma para testar seu potencial de lecionar e iniciar um futuro na docência. Para os graduandos ansiosos pelo título de R1, as monitorias na área também são muito interessantes, pois valem pontos a mais na hora da seleção.
Ligas acadêmicas
As ligas são organizações de alunos supervisionadas por professores orientadores que se reúnem com o objetivo de estudar mais determinada área da nossa tão amada odontologia. É uma atividade extracurricular que aumenta a vivência clínica, a socialização e dão um UP no currículo acadêmico, sendo que também podem ser usadas para pontuação em provas de residência.
Para participar de uma liga acadêmica, você precisa primeiro de tudo gostar bastante daquela área, pois não faz sentido estudar mais algo que você não gosta, não é mesmo? Então, você provavelmente terá que fazer uma prova ou participar de um processo seletivo para ser ligante. Caso na sua faculdade não tenha a liga daquela matéria que você tanto gosta, inove! Você também pode criar uma liga nova, basta procurar a central acadêmica de sua faculdade e saber qual o protocolo para criação de ligas.
Palestras / Simpósios/ Congressos
Esses tão até batidos né?! Todo mundo sabe o quanto é importante participar desses encontros para ter acesso ao que há de mais novo na comunidade científica. É um jeito rápido e dinâmico de atualizar seu conhecimento e ampliar seu espectro de ação clínica.
Nessa pandemia uma das coisas que foram modificadas é a forma que esses encontros foram conduzidos: agora é tudo online! Você pode ter no mesmo congresso gente de vários lugares do Brasil e do mundo sem sair do conforto de casa: moleza maior não tem! As ligas, que a gente conversou antes, normalmente adoram promover esses eventos e vira e mexe liberam aulas abertas com certificado e tudo! Basta ficar atento nas redes sociais que você consegue preencher suas horas complementares da faculdade e ficar por dentro de tudo que há de mais novo no ramo!
Cursos de curta duração
São cursos que variam de carga horária e que possuem um tema específico, como, por exemplo: transtornos do espectro do autista, princípios de finança, liderança, e por aí vai. Muita gente acha que por estar fazendo uma graduação específica a gente tem que focar completamente nela e esquecer outros temas que a gente gosta e que podem sim ser usados em uma contratação, por exemplo.
Ao relatar que você fez um curso sobre TEA, isso mostra que você é uma pessoa que se importa com o atendimento de todos os pacientes e não apenas dos normotípicos. Já um curso de finanças pode mostrar que você é capaz de, além de atuar como dentista, saber lidar com a parte orçamentária. Tentar interligar áreas que não necessariamente estão diretamente associadas com a graduação é essencial para conseguir se destacar. Fazer mais do mesmo não vai nos levar àquele emprego dos sonhos.
Além disso, todo mundo já sabe: interdisciplinaridade é a palavra da moda. Saber trabalhar em equipes multidisciplinares e ter o conhecimento para tal vai ser cada vez mais exigido do dentista e de outros profissionais da saúde. Para isso, devemos sempre nos atualizar e sair da zona de conforto, sempre procurando saber um pouquinho sobre tudo.
Cursos de idiomas
Nesse tópico nem vou me prolongar: todo mundo sabe que é ESsENCIAL saber inglês se você quiser saber as últimas novidades que estão sendo publicadas e ser um profissional embasado em conhecimento, capaz de tratar da melhor maneira possível seu paciente.
Inglês é a linguagem acadêmica, meus amigos, e para passar em um programa de mestrado, doutorado ou para ficar por dentro das descobertas não tem jeito: temos que aprender. O “the book is on the table” não vai mais ser suficiente e, qual o melhor momento para aprender se não a graduação?
Publicação acadêmica
Mais um coringa na graduação é a publicação. Existem vários caminhos para escrever um artigo: fazer iniciação científica, participar de um projeto de extensão, participar de ligas, que permitem maior contato com casos e com o professor que pode te guiar, por exemplo. Ou ainda, você pode escrever um caso por si só: um relato de caso que você tratou na clínica da faculdade ou uma revisão sobre um tema que você acha válido.
Para que seu artigo seja publicado você tem que adaptá-lo aos padrões da revista que você o enviará. Portanto, antes de começar a escrever você já tem que ter em mente para quais revistas você pretende destiná-lo. Seguindo as normas e escrevendo sobre um tema relevante, é tiro e queda: você terá um artigo publicado.
A publicação favorece o caminho de quem quer seguir carreira acadêmica. Então já sabe: por mais que a aula de escrita científica não seja a mais emocionante, preste atenção, pois você pode precisar e muito dela depois!
Então, gente, por hoje foi isso. Espero ter ajudado vocês com essas dicas que, se eu tivesse acesso desde o primeiro dia de aula na faculdade, teriam me ajudado demais! Qualquer dúvida ou esclarecimento podem entrar em contato comigo ????.
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Referências:
https://www.educamaisbrasil.com.br/educacao/noticias/monitoria-academica-o-que-e-e-por-que-e-tao-importante
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022011000400013