Marketing digital: mas eu sou fisioterapeuta, preciso? | Colunista

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Bem, a verdade é que ninguém é obrigado a nada. Mas, porém, entretanto, toda via os tempos mudaram, as tecnologias passaram a estar cada vez mais presentes no nosso cotidiano e a vasta utilização das redes sociais revolucionou as relações de consumo. A tendência agora é publicidade e propaganda via internet, publicações, curtidas, views, arrasta para cima, seguidores ou devo dizer, clientes potenciais. 

Então, sim! Se você é um fisioterapeuta que gosta de se manter atualizado e competitivo no mercado, você precisa de marketing digital. 

Ah, mas tem que ser tornar um digital influencer? Nada impede, porém, não precisa mudar a profissão. Você pode continuar sendo fisioterapeuta e utilizar de algumas estratégias dos influencers digitais.

Quer saber como? Eu explico!

O primeiro passo é definir o seu público alvo

É algo que está muito ligado à sua área de atuação como fisioterapeuta, através dela você irá questionar: 

  • Que tipo de cliente quer ter ou que tipo de seguidor você quer atrair? 

  • Qual a faixa-etária? 

  • Quanto ganha? 

  • Quais são os valores deste cliente? 

  • Pelo que ele se interessa?

Você precisa criar esse cliente no seu imaginário, pois quando você for fazer um post, algo do tipo, é nele que você irá pensar, questionando se ele gostaria ou não. Desse modo, o seu público se tornará cada vez mais especifico e você uma referência digital sobre o seu tema. 

E por falar em tema, está aí o próximo passo: Definir o TEMÃO e o TEMINHA   

O Temão estará presente em 70% das suas publicações, será sua fonte principal de produção de conteúdo, ou seja, é sobre ele que você vai postar muitos vídeos, fotos, frases enfim, é o seu maior assunto.

O Teminha representa 20% das suas postagens, serve de apoio para chegar ao temão. Por exemplo: se o seu temão é fisioterapia, o seu teminha pode ser sua área de atuação. 

Os outros 10% é o espaço para humanização, para postar sobre você que além de ser fisioterapeuta é pessoa comum. Pode compartilhar seus hobbies, sua rotina, sua vida, mas sem exageros.

Feito isso, o momento é de planejar as postagens 

Já ouviu falar em calendário editorial? Pois é, é um calendário no qual você vai planejar as publicações que fará nas suas redes sociais ao longo do mês. Quantas postagens do temão, do teminha e de humanização; quais os dias da semana destinará para cada um; quais serão as formas utilizadas: vídeo, foto, live, feed,stories… 

Há quem faça o planejamento por semana e é válido também, de um tipo ou de outro, a necessidade de reservar um dia para isso é a mesma. 

O importante é manter a frequência de publicações. Não vale fazer um post maravilhoso numa semana e na outra não aparecer. Tá bom? 

Assim é hora de pensar na arte dos posts 

Porque o visual também ajuda! 

Se ainda não tem, baixa um aplicativo de edição de fotos e card’s, alguns são bem fáceis de usar e gratuitos. Escolhe uma cor que represente a sua marca, junta a sua logo e cria ao menos uns três modelos para ficar utilizando como plano de fundo/base das suas publicações. Seus seguidores já associarão a arte/design a você e ao seu conteúdo.

Acredite, criar um design a cada publicação é deixar de personalizar ainda mais a sua marca e consumir um tempo que poderia ser investido em outras coisas. Entende?  

Além dessas coisas, entra na lista também a ORGANIZAÇÃO DO SEU PERFIL 

Escolha a rede social que utilizará como principal via de publicidade e propaganda e crie o seu perfil. Se você já tem uma conta em alguma destas mídias sociais, não precisa criar uma outra conta profissional. De verdade, gerenciar duas redes com qualidade de publicações requer o dobro de tempo e dedicação. Sem falar que, geralmente, há uma porcentagem de seguidores que são os mesmos nos dois perfis e, não é legal ficar visualizando post repetido na timeline, não é mesmo? 

Já tem os dois perfis? Não é o ideal, mas tudo bem.  A sugestão é que escolha um como principal, de preferência o pessoal. Primeiro porque você pode citar o seu @ profissional nos post e ser o seu próprio garoto(a) propaganda com “Vai lá conferir”, “mais informações no @”, segundo porque geralmente é o que tem mais seguidores. 

Por falar em seguidores, nada de compra-los ou participar desses grupos para ganhar seguidores, eim?! Não adianta ter 10 k de seguidores e ninguém responder a sua caixinha de pergunta. Mais importante do que a quantidade é a QUALIDADE dos seguidores, tem que ter engajamento e para isso é preciso se identificar com você e as coisas que você publica.

Por isso, a biografia precisa ser bem pensada, afinal é o seu cartão de visitas. Cite as suas especializações, sua área de atuação, seu slogan e o que mais acreditar ser pertinente, seja objetivo e use os destaques para complementar. 

Outra coisa, as pessoas devem conseguir identificar que é você na sua foto do perfil e, se for a sua marca, conseguir ler o que está escrito, logo, atenção para qualidade da imagem.

Por fim é bom enfatizar que assim como na vida a comparação não é algo saudável. Outros fisioterapeutas também estarão trabalhando no seu marketing digital e cada um tem os seus seguidores, sua identidade, seu conteúdo. Seja você e colabore com os outros colegas de profissão, some as audiências com marcações nos stories.    

E se você não tem como fazer nada disso, não tem problema. Delegar tarefas é uma virtude profissional, contrate um adm e ponto. 

Só não deixe de vender seu peixe com o marketing digital. 
 

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Referências:

Bruzzi, V. Maratona 10 K+. Evento online. Youtube. Mar, 2021.

Sampaio, V.C.F.; Vianna, C.C.; Tavares, C. MARKETING DIGITAL: O poder de influência das redes sociais na decisão de compra do consumidor universitário da cidade de Juazeiro do Norte-CE. Semana Acadêmica, 2017. Disponível em: <https://semanaacademica.org.br/system/files/artigos/artigo_cira_e_cristiano_0.pdf > Acessado em: 01/04/2021