O farmacêutico oncológico é um profissional cada vez mais requisitado e conta com vagas bem remuneradas no Brasil. Se por um lado a grande incidência de câncer no país aumenta a demanda por esse especialista, aspectos positivos, como o avanço nos tratamentos, também influenciam para a expansão do setor. Entenda como funciona esse mercado profissional em expansão.
Incidência e tratamento de câncer no Brasil
O câncer tem uma alta incidência nos países em desenvolvimento, por fatores como má alimentação, sedentarismo e estilo de vida estressante. De acordo com dados do INCA, estima-se que a cada ano do triênio 2020-2022 haja uma média de 625 mil novos casos da doença no Brasil. Os tratamentos, porém, também avançaram significativamente nos últimos anos, com imunoterapia, cirurgias menos invasivas, marcadores moleculares e novos medicamentos, com diminuição de efeitos colaterais e maior efetividade.
A legislação também avançou a favor de pacientes e profissionais: em 1996, o CFF (Conselho Federal de Farmácia) determinou que a manipulação de quimioterápicos e citotóxicos deve ser atribuída exclusivamente a farmacêuticos. Já em 1998, o Ministério da Saúde reforçou essa tendência com a Portaria 3535/98, incluindo como norma a participação de um farmacêutico nos tratamentos de alta complexidade, em equipes multidisciplinares.
O papel do farmacêutico oncológico no tratamento do câncer
A complexidade dos procedimentos valoriza os profissionais especializados, que devem dominar mais do que simplesmente formulações químicas. O farmacêutico oncológico pode atuar em farmácias independentes ou farmácias de clínicas e hospitais, com manipulações farmacológicas precisas para cada perfil, acompanhamento dos pacientes, controle de qualidade, funções administrativas e de liderança de equipes, entre outras atribuições. E, além de ter um perfil técnico, deve estar preparado para um atendimento humanizado, que incentive quem luta contra a doença e conforte quem passa por cuidados paliativos.
Especialista de Farmácia em Oncologia: um título recente
Embora a necessidade de um farmacêutico responsável no tratamento contra o câncer seja reconhecida há décadas, as normas para que o profissional seja considerado um especialista em Farmácia Oncológica são relativamente novas, datam de 2017. Segundo a Resolução 640/17, do CFF, para ser regularizado como farmacêutico oncológico é preciso seguir pelo menos um dos seguintes critérios: ter residência em oncologia, 3 anos de experiência na área específica, título de especialista emitido pela SOBRAFO (Sociedade Brasileira de Farmacêuticos em Oncologia) ou concluir pós-graduação latu sensu aprovada pelo MEC, em curso relacionado ao setor.
Por conta da regularização recente, poucos profissionais se enquadram nesse perfil e são disputados no mercado. Pelo mesmo motivo, também há poucos cursos reconhecidos e com um currículo realmente abrangente, que ofereça o conteúdo multidisciplinar necessário para preparar os futuros farmacêuticos oncológicos. É o caso da pós-graduação de Farmácia em Oncologia da Sanar Saúde, que tem duração de 16 meses, conta com professores altamente qualificados e pode ser acessada de qualquer dispositivo conectado à Internet. Confira mais informações aqui LINK DA ESPECIALIZAÇÂO
Posts Relacionados: