O título de especialista em área de atuação na Saúde é sonho de muitos profissionais e recém-formados. A Residência Multiprofissional é um dos caminhos para alcançar essa meta, e se preparar para os diferentes processos seletivos abertos anualmente em todo o Brasil é fundamental.
Além da concorrência, que varia conforme o programa de residência e a instituição, é preciso levar em consideração as diferentes etapas da seleção. Provas objetivas e discursivas, análise curricular, entrevistas, apresentação de memorial e provas práticas são algumas das fases adotadas pelas instituições de ensino – sejam individualmente ou em conjunto.
Em live semanal sobre Residência Multiprofissional, a farmacêutica Natália Policarpo, residente USP, e coordenadora de Fisioterapia de Sanar Saúde, Erika Pedreira, deram uma série de dicas para você se preparar para diferentes processos seletivos. Cada fase requer uma preparação específica, então, leia até o final para gabaritar em todas elas!
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Conheça a residência que você vai fazer
Características dos programas, regras do edital e critérios de avaliação são informações que podem te ajudar a escolher estrategicamente o programa de residência a aplicar. Isso porque você pode selecionar aquele(s) que corresponder(em) à sua condição.
Por exemplo, seu currículo não é tão extenso ou potente, então você pode optar por um programa que dê peso menor à avaliação curricular. Por outro lado, se você tem dificuldade em falar em público – no caso da residência, para uma banca de avaliadores -, então pode ser interessante optar por um programa que não tenha como etapa a entrevista.
Sem medo da análise curricular
A análise curricular costuma ser cobrada na maioria dos processos seletivos de Residência Multiprofissional, com caráter classificatório – ou seja, ela define em que posição você se classificará, sem risco de te eliminar da seleção. O lado positivo é que há itens que são curingas, independentemente da instituição, como estágios curriculares, monitorias, projetos de pesquisa, publicação em anais de eventos e artigos e participação em eventos científicos.
“Você não precisa participar de todos os eventos do seu estado durante o ano, até porque a gente entende que quem é estudante não vai ter dinheiro para estar participando de tudo. Eu gostava de me voluntaria para ser monitora dos eventos, ajudar na organização. Com isso eu também participava de alguns eventos de forma gratuita. É uma experiência que você ganha, são amizades que você faz, pessoas de diversas instituições que você conhece”, contou Natália Policarpo.
Outras dicas importantes são iniciar projeots de pesquisa desde o início da faculdade, utilizar a plataformam Lattes para reunir suas informações acadêmicas e montar o currículo de acordo com o barema do edital da instituição que você irá aplicar.
Use provas como roteiro de estudo
Provas anteriores podem ser um excelente roteiro de estudos, principalmente se você não tiver muito tempo para se dedicar aos estudos. O ideal é responder às questões e intensificar os estudos os assuntos daquelas que você mais errou. Outra possibilidade é, caso tente mais de uma instituição, dar mais ênfase aos assuntos em comum a ambas as seleções.
“Achei que isso foi muito legal, principalmente na prova da USP, porque aquela banca definida você consegue ter noção do que vai cair, do que se repete. Ajuda muito. Pra mim, foi muito importante. Primeiro, porque eu ficava muito em dúvida se fazia residência ou se fazia mestrado. Terminando o curso, decidi fazer residência. Não queria esperar um ano para conseguir. Você otimiza seu tempo da foorma que você tem. Mas se a banca disponibiliza as provas, vai nisso, tenta ver aquilo que você acha que não está conseguindo dominar e está errando mais questões”, compartilhou Natália.
Atente-se para a prova discursiva
A prova discursiva costuma assustar muito, por cobrar conhecimentos clínicos integrados. Mas não precisa temer. Erika Pedreira acredita que três pilares sustentam uma resposta de sucesso nessa etapa:
I. Leitura e interpetação – É preciso saber interpretar o que a questão pede. Para isso, é preciso ler. Inclusive, grife as principais palavras do enunciado e o que você precisa responder exatamente;
II. Integre os conhecimentos – Na graduação os assuntos são passados de forma segmentada, fragmentada, enquanto que na prova discursiva as bancas cobram tudo de uma vez só. Sendo assim, é preciso que você esteja preparado e preparada para resolver questões de forma integrada;
III. Seja objetivo(a) nas respostas – Sem muito tempo para palavras bonitas ou rebuscadas, as bancas querem respostas assertivas, objetivas e direcionadas para o que foi solicitado no enunciado.
Lembre-se que a banca avalia o conteúdo usado na resposta, não a forma como ela é escrita.
Mais dicas importantes
Não é regra, mas há processos seletivos que adotam provas práticas como etapas da seleção. Estas funcionam como a prova discursiva, porém ao vivo: o candidato passa por estações de discussões clínicas sobre um determinado caso clínico. É fundamental mostrar ao avaliadora que você domina aquele conteúdo.
Outra etapa adotada pelas instituições na Residência Multiprofissional é a entrevista. Neste caso, é importante saber se comunicar, principalmente em relação à vestimenta. Prepare-se para falar de forma assertiva e defender sua vontade de estar naquela residência.
Assista à live completa para conferir mais dicas para os diferentes processos seletivos de Residência Multiprofissional!
