Residência farmacêutica em saúde mental: o que é e como participar | Colunista

Fazer uma residência farmacêutica em qualquer campo, exerce grande influência na formação de um bom profissional. Através das residências, consegue-se grande experiência no campo de atuação, agrega grande conhecimento que será levado por toda a carreira do estudante.

Devemos primeiramente escolher a especialidade na qual se quer seguir. Escolher também o tipo de programa (Uniprofissional ou Multiprofissional) e o local que se deseja ter o aprendizado.

Aqui, você irá descobrir um pouco mais sobre a residência do farmacêutico na saúde mental.

O FARMACÊUTICO NA SAÚDE MENTAL:

O sistema psiquiátrico vem passando por constantes reformas, assim como a profissão farmacêutica, com ênfase na Atenção Farmacêutica. Procura-se cada vez mais facilitar a vida do paciente, proporcionando maior comodidade para o mesmo.

Grande parte dos transtornos mentais envolve o uso de mais de um psicofármaco, além de usos prolongados. Essa gama de utilizações pode acarretar em efeitos adversos que devem ser considerados, incluindo a adesão do paciente. Uma grande preocupação também é o uso racional destes medicamentos e as polifarmácias, causando risco de interações medicamentosas, que muitas vezes não são benéficas ao paciente.

No atendimento a paciente com problemas mentais realizamos atendimentos individuais e em grupos, um dos atendimentos é o acompanhamento farmacoterapêutico.

Isso mostra a importância do farmacêutico na vida desses pacientes em conjunto com a equipe de saúde mental. E como podemos auxiliar?

  • Identificando situações de risco na farmacoterapia (interações e efeitos adversos);

  • Acompanhamento farmacoterapêutico;

  • Orientações de uso desses medicamentos (para adesão do paciente, horários de dosagem);

  • Orientações sobre uso racional e polifarmácias;

É de fundamental importância o uso racional destes medicamentos, principalmente para a segurança do paciente. Outro ponto importante é garantir que esses pacientes consigam esses medicamentos, se possível de forma gratuita e que sempre disponibilizem orientações sobre os medicamentos para o paciente e seus familiares e/ou cuidadores.

COMO PODEMOS CONTRIBUIR NA EQUIPE?

Com conhecimentos nas áreas de:

  • Fisiologia;

  • Farmacologia;

  • Química;

  • Assistência Farmacêutica;

  • Gestão Farmacêutica.

 

RESIDÊNCIA EM SAÚDE MENTAL

Normalmente as residências nesta área são do tipo multiprofissional, ou seja, envolve mais de uma especialidade. Podemos atuar em conjunto com médicos, psicólogos, nutricionistas e outros. 

Muitas instituições públicas e privadas oferecem a residência, assim como hospitais e clínicas psiquiátricas. Geralmente por um período de 24 meses, intercalando com teria e prática (80% prática e 20% teoria), com remuneração.

O valor da bolsa e o processo seletivo dependerá da instituição. O processo seletivo da grande maioria consiste em etapas, prova escrita, análise de título e entrevista. LEMBRE-SE de sempre ler o edital, pois nele constará tudo o que precisa saber.

As questões que mais caem estão relacionadas a fisiologia e farmacologia, em especial o Sistema Nervoso Central, gestão farmacêutica e uso racional de medicamentos.

E lembre-se de sempre se atentar aos prazos de inscrição e do processo seletivo. Boa sorte!

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REFERÊNCIAS

SANTOS, Aline Miranda. A Atuação do Farmacêutico na Saúde Mental Após a Reforma Psiquiátrica: Uma Revisão da Literatura. Universidade Federal de Uberlândia [Residência Multiprofissional em Área Profissional da Saúde]. 2018. Disponível em: <https://www.diariofarma.com.br/atuacao-farmaceutica-na-saude-mental/>.

UNIVASF. Universidade Federal do Vale do São Francisco. Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Mental. 2013. Disponível em <http://www2.ebserh.gov.br/documents/220938/1519869/PPP+SA%C3%9ADE+MENTAL.pdf/33c68379-7a35-4a69-8e8a-37c5473b22d1>.