A Psicologia Jurídica é uma especialidade que exige algumas habilidades do profissional. O diferencial em relação às demais áreas de atuação da Psicologia está na interface com o Direito: a Psicologia Jurídica abrange avaliação, estudo e acompanhamento de aspectos psicológicos que podem influenciar na conduta do indivíduo, principalmente na conduta que leva à infração da lei.
Sendo assim, o psicólogo jurídico é o profissional que traduz ações e características humanas para o processo judicial, lança um olhar mais humanizado para os fatos. Essa atuação pode ser mais tradicional, como em prisões e fóruns, como também pode ocorrer em aspectos mais inovadores, como na mediação psíquica, ou ainda no que diz respeito à prevenção.
Neste post detalhamos como o psicólogo jurídico é um profissional que tem ganhado destaque na sociedade, as áreas de atuação e como é a rotina desse especialista. Navegue pelo índice abaixo para encontrar mais informações sobre a Psicologia Jurídica.
1. Breve histórico sobre Psicologia Jurídica;
2. Como ser especialista em Psicologia Jurídica;
3. Como é a rotina de um especialista em Psicologia Jurídica;
4. Mercado de trabalho e áreas de atuação;
5. Como se preparar para Psicologia Jurídica.
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1. Breve histórico sobre Psicologia Jurídica
Informações dão conta de que a Psicologia Jurídica surgiu no início do século XX, com prática resumida a perícia, laudos psicológicos e exame criminológico. A psicologia passou a ser requisitada pela prática judiciária devido à necessidade de saberes científicos sobre o funcionamento da memória, da percepção e da sensação nos tribunais.
Em sua tese de doutorado, Edson Oliveira conta que, diante da necessidade de validar testemunhos e identificar a periculosidade dos criminosos, era preciso estabelecer paramêtros, afinal. Se houvesse julgamento sem segurança sobre essas informações, haveria risco de a Justiça perder sua legitimidade.
Nesse cenário, o conhecimento resultante das Ciências Humanas foi incorporado à estrutura judiciária e a Psicologia Jurídica passou a desenvolver métodos que possibilitassem a detecção de mentira e quão perigoso era o indivíduo. No Brasil, em particular, a atuação do psicólogo jurídico começou pela aplicação da Psicologia Científica ao Direito Positivo, com prática psicológica voltada ao “exame” e diagnóstico.
2. Como ser especialista em Psicologia Jurídica
Ser especialista em Psicologia Jurídica exige mais soft skills do que hard skills. A formação em Psicologia é fundamental, e a especialização em Psicologia Jurídica é recomendada, devido ao leque de conhecimentos oferecidos.
No entanto, a atividade requer do profissional senso de justiça e sensibilidade apurados. É fundamental também ter interesse por questões sociais e pela análise institucional, já que as oportunidades de trabalho costumam estar vinculadas a instituições da estrutura jurídica. Neste caso, é importante que psicólogos se preparem para concursos de tribunais, defensorias e promotorias.
3. Como é a rotina de um especialista em Psicologia Jurídica
A rotina do especialista em Psicologia Jurídica abrange avaliação, estudo e acompanhamento dos indivíduos envolvidos em processos judiciais. O profissional atua no auxílio aos advogados no que diz respeito à saúde mental dessas pessoas, tentando atestar, explicar ou justificar a motivação do delito com base no componente psicológico.
O psicólogo jurídico exerce atividades como elaboração de laudos de saúde mental e perfil psicológico, como também atua em programas preventivos, de reabilitação e reintegração à sociedade; auxilia em campanhas de prevenção de crimes; presta assistência às vítimas ou ainda faz acompanhamento dentro do sistema carcerário. Dependendo da área de atuação, sua rotina inclui ainda mediação de litígios em campos delicados, como o direito da família ou em casos de minorias sociais.
4. Mercado de trabalho e áreas de atuação
Embora o psicólogo jurídico tenha sua atuação pautada pela relação com o Direito, são diversas as possibilidades que possui no mercado de trabalho. Há atuação direta nos Tribunais de Justiça, por exemplo, nas varas da infância e juventude e da família; nas Cortes há também atendimento a funcionários e magistrados.
Por outro lado, a atuação é possível também em programas de apoio a vítimas, incluindo menores, mulheres, transexuais e homossexuais, bem como em centros de saúde mental ou prisional. Outra possibilidade para o psicólogo jurídico é na assistência em Psicologia Forense; na Justiça do Trabalho, em questões como acidente de trabalho, abuso moral, estresse laboram e outras decorrências psíquicas; em delegacias especializadas, como a Delegacia da Mulher; e no Ministério Público.
O serviço público é o principal campo de atuação do especialista em Psicologia Jurídica, do qual o profissional passa a fazer parte mediante concurso. Mas há também oportunidades em organizações não-governamentais de direitos humanos, abrigos e unidades socioeducativas. A faixa salarial varia, podendo começar por R$ 3 mil e chegar a R$ 12 mil.
5. Como se preparar para Psicologia Jurídica
O primeiro passo para a preparação é ter certeza de que você quer seguir esta área. Para isso, pesquise bem suas possibilidades e encontre o caminho que mais se encaixa com o seu perfil e com suas necessidades. Leia conteúdos, converse com colegas que já atuam na área e pense bem em como e onde você se vê trabalhando nos próximos anos.
Depois que você tiver certeza do caminho que quer seguir, é preciso estudar bastante sobre a instituição que oferece a especialidade que você escolheu! Além disso, importante estabelecer também uma rotina de estudos para se preparar ao processo seletivo, se houver, e para gerir seu tempo durante o desenvolvimento do curso. Temos algumas sugestões para você:
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Referências