Dezembro Vermelho: 135 mil brasileiros convivem com HIV e não sabem

Dezembro Vermelho e o Dia Mundial de Luta Contra AIDS

 

Há 30 anos, no dia 27 de outubro de 1988, a Assembleia Geral da ONU e a Organização Mundial de Saúde instituíram o dia 1º de dezembro como o Dia Mundial de Luta contra a Aids. Cinco anos após a descoberta do vírus causador da aids, o HIV, 65,7 mil pessoas já tinham sido diagnosticadas com o vírus, e 38 mil já tinham falecido.

Como forma de ampliar o alcance das discussões e o efeito das ações de combate à doença, o mês inteiro de novembro passou a representar esta causa. A fita na cor vermelha surgiu com o movimento de artistas de Nova York (EUA), para lembrar a luta contra a AIDS e transmitir compreensão, solidariedade e apoio aos portadores do vírus HIV. 

É importante lembrar que, logo quando a doença foi descoberta (e, infelizmente, ainda nos dias de hoje), a desinformação era tão grande que causou uma discriminação generalizada a respeito da doença e de seus afetados. Por isso, a importância dessas campanhas de conscientização ultrapassaram as questões de prevenção, diagnóstico e tratamento, atingindo também os âmbitos da justiça social e do combate ao preconceito.  

Ao final deste artigo, confira uma lista de materiais gratuitos para a Orientação de Profissionais da Saúde a respeito do HIV!

 

Situação da AIDS no Brasil

 

Pouco antes do Dia Mundial de Luta Contra a AIDS do ano passado (01/12/2019), o Ministério da Saúde divulgou dado muito preocupante: 135 mil pessoas no Brasil convivem com o vírus HIV e não têm conhecimento disso.

Segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, houve alguns avanços nos últimos anos, mas muitos desafios ainda precisam ser enfrentados. “Temos uma estabilização em torno de 900 mil pessoas com casos de aids, e podemos observar uma epidemia, principalmente em homens jovens, na faixa etária de 25 a 39 anos. É com essa população que precisamos trabalhar prioritariamente”, disse.

Os dados divulgados mostraram que dos 900 mil brasileiros com HIV, 766 mil foram diagnosticados, 594 mil estão em tratamento com antirretroviral e 554 mil não transmitem o HIV

O balanço também demonstrou que a quantidade de pessoas que portam o vírus continua subindo no Brasil. Há um ano, eram 866 mil. Apenas em 2018, foram registrados 43,9 mil novos casos.

Por outro lado, o ministro da Saúde celebrou a redução na letalidade da doença. Quase 12 mil quadros de AIDS foram evitados entre 2014 e 2018, e a mortalidade foi reduzida em 22,8% em cinco anos. “Encerrando o ano de 2019, veremos uma diferença ainda maior. Não podemos ter mortes por aids”, afirmou.

 

O Impacto da HIV sobre os Profissionais da Saúde

Qualquer profissional da saúde pode vir a atender uma pessoaa que vive com HIV. Em muitos momentos, pode não saber lidar com pacientes, por vezes bastante jovens, que estão com uma condição de saúde ainda repleta de estigmas. Porém, o próprio Ministério da Saúde fornece inúmeros materiais gratuitos para ajudar no atendimento, profilaxia e orientação de pacientes portadores do vírus. Nós fizemos um compilado e iremos disponibilizar abaixo para vocês:

 

Fontes: IPA, Saúde Abril, Ministério da Saúde


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Por Sanar

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