Para conhecer mais acerca da residência na área da saúde, vamos viajar pela história!
Os hospitais, na Idade Média, não eram voltados às práticas educativas. Somente no final do século XVIII firmou-se a ideia de que os hospitais também poderiam abrir as portas ao ensino, implementando uma metodologia semelhante ao que os estagiários vivenciam no final da graduação. Foi nesse momento que abriram-se as portas para os programas de residência (ZAGONEL, 1996 apud CUNHA; VIEIRA; ROQUETE, 2013).
Afinal, o que é a Residência em Saúde? A residência é uma modalidade de ensino de Pós-Graduação lato sensu, caracterizada pelo ensino em serviço, sendo 80% prática e 20% teoria, 60 horas semanais, e com duração mínima de 2 anos (SILVA et al., 2015).
O primeiro país a aderir a modalidade de ensino foram os Estados Unidos, em 1879. No Brasil, o marco se deu em 1945, na Universidade de São Paulo (USP). Somente em 1977 obteve sua regulamentação no país, assegurada pelo decreto nº 80.281 (MARTINS et al., 2016).
Após a implantação das residências médicas, o programa se expandiu para outras profissões, incluindo a enfermagem, em 1961. Foi regulamentada pelo Conselho Federal de Enfermagem com a resolução nº 259/2001, possibilitando aos enfermeiros o desenvolvimento de treinamento em serviço, com base científicas e ancorados pelos preceitos éticos (ZANONI et al., 2015).
Considerando a relevância da modalidade de ensino, esse conteúdo terá como objetivo elencar a importância da residência para o profissional da enfermagem.
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Mas afinal, por que vale a pena? E quais os benefícios que essa modalidade oferece ao profissional da enfermagem? Como ingressar? Para responder a essas perguntas, ninguém melhor do que o Conselho Federal da Enfermagem!
A maior preocupação dos recém-formados em enfermagem gira em torno do emprego. Por falta de experiência, muitos profissionais acabam perdendo grandes oportunidades. A residência, por ser uma modalidade composta em grande maioria por prática, aumenta significativamente as chances de contratação (COFEN, 2020).
Além disso, ao ingressar no programa de residência em enfermagem, o aluno terá direito a uma bolsa financiada pelo Ministério da Saúde. Com o valor cedido, o residente poderá arcar com todas as suas despesas durante o período da pós-graduação. Mas existe um detalhe muito importante: durante a residência, o participante não poderá desenvolver outras atividades remuneradas (COFEN, 2020).
Mas como se dá o processo de seleção? Bem, a seleção varia entre as instituições. Podem ser adotados diferentes métodos. As etapas mais comuns estão listadas a seguir:
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Realização de prova teórica, onde se abordam conhecimentos gerais e específicos da modalidade escolhida;
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Análise de currículo Lattes;
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Entrevista;
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Prova prática.
O Conselho Federal da Enfermagem reforça a necessidade de preparação do currículo. Gosta de escrever artigos? Está inserido em Ligas Acadêmicas ou demais atividades de extensão? Então tenha certeza de que você está no caminho certo!
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REFERÊNCIAS
CONSELHO FEDERAL DA ENFERMAGEM. Residência em Enfermagem: Entenda Como Funciona e Onde Fazer. Biblioteca virtual da enfermagem. DTIC/COFEN. Disponível em: <http://biblioteca.cofen.gov.br/residencia-em-enfermagem-entenda-como-funciona-e-onde-fazer/>. Acesso em: 25 de out. 2020.
CUNHA, Y.F.F.; VIEIRA, A.; ROQUETE, F.F. Impacto da residência multiprofissional na formação profissional em um hospital de ensino de Belo Horizonte. In: SEGET, Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia, 2013.
MARTINS, G.D’M. et al. Implementação de residência multiprofissional em saúde de uma universidade federal: trajetória histórica. Revista Gaúcha de Enfermagem, Porto Alegre, v. 37, n. 3, e57046, 2016.
SILVA, J.C. et al. Percepção dos residentes sobre sua atuação no programa de residência multiprofissional. Acta Paulista de Enfermagem, v. 28, n. 2, p. 132-138, 2015.
ZAGONEL, I. P. S. Exercício do poder diante da complexidade das relações no espaço médico-hospitalar e de enfermagem. Cogitare Enfermagem, Curitiba, v. 1, n. 2: p. 75-80, 1996.
ZANONI, C.S. et al. Contribuições da residência em enfermagem na atuação profissional de egressos. Revista Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 36, n. 1, p. 215-224, 2015.