A Farmácia Hospitalar é uma carreira valorizada no mercado de saúde, e permite ao farmacêutico atuar na gestão de medicamentos em hospitais filantrópicos, públicos e privados. Esse setor é responsável por garantir o uso seguro e racional dos fármacos prescritos, bem como responder às demandas dos pacientes hospitalizados.
O desafio é aliar assistência com insumos básicos para cuidado dos pacientes à atenção aos altos custos envolvidos. Navegue pelo índice abaixo para saber mais detalhes sobre a especialidade Farmácia Hospitalar.
1. Breve histórico sobre a Farmácia Hospitalar;
2. Como ser especialista em Farmácia Hospitalar;
3. Como é a rotina de um especialista em Farmácia Hospitalar;
4. Mercado de trabalho e áreas de atuação
5. Como se preparar para a Farmácia Hospitalar.
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1. Breve histórico sobre a Farmácia Hospitalar
A Farmácia Hospitalar existe desde a Idade Antiga, com gregos, romanos e árabes. Na Idade Média, com o desenvolvimento da Medicina e da Farmácia, o manejo dos medicamentos ficava sob responsabilidade de religiosos dos conventos, boticas e hortos de plantas medicinais.
Nas boticas do Brasil Colônia, os medicamentos eram preparados e comercializados pelas Santas Casas e pelos colégios Jesuítas, por exemplo. A botica veio a se tornar farmácia no século XIX, assumindo assim grande importância nos hospitais da época, por fornecer todo o medicamento para o tratamento dos pacientes.
A função desse setor era dispensar as especialidades farmacêuticas necessárias e disponíveis no mercado, além de manipular remédios através da preparação de receitas que usavam drogas importadas e produtos de seu próprio herbário. E permaneceu até as décadas de 20 e 30 dos anos XX, com os avanços na Engenharia Química que expandiram a produção de remédios para o tratamento de doenças até então sem expectativas de cura e possibilitaram o tratamento ambulatorial de outras patologias.
Na década de 1940, a Farmácia Hospitalar viu sua importância crescer, acompanhando a expansão dos hospitais, se tornando um serviço imprescindível ao funcionamento da estrutura organizacional hospitalar. Não à toa, em 1975 a Universidade Federal de Minas Gerais incluiu pela primeira vez a disciplina Farmácia Hospitalar no currículo do curso de Farmácia. Dali em diante, a matéria se tornou um componente curricular em outras instituições e surgiram cursos de pós-graduação stricto sensu e lato sensu focados na especialidade. A primeira foi na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Em 2005, Medida Provistória nº 238 instituiu a Residência em Área de Saúde como modalidade de ensino de pós-graduação lato sensu, caracterizada pela educação em serviço, e incluiu o farmacêutico hospitalar.
2. Como ser especialista em Farmácia Hospitalar
O perfil exigido do profissional de Farmácia Hospitalar é multidisciplinar. A atividade requer habilidades de gestão e clínica, comconhecimentos básicos de administração, ferramentas de gestão da qualidade, coordenação e liderança.
Por essa característica, se tornar farmacêutico hospitalar exige uma especialização em Farmácia Hospitalar. Mas há também opção de estudar Assistência Farmacêutica ou pós-graduação em Farmácia Clínica.
Se você ainda não tiver concluído a graduação, pode investir nessa especialidade desde já, realizando estágios extracurriculares na área.
3. Como é a rotina de um especialista em Farmácia Hospitalar
O farmacêutico hospitalar alia habilidades administrativas à prática clínica, tendo o medicamento como instrumento, não como fim. O profissional deve dar suporte técnico à equipe de saúde na análise de prescrição, monitoramento do tratamento e do quadro clínico do paciente durante sua internação ou em atendimento ambulatorial.
Sua rotina inclui logística farmacêutica, baliza de decisões quanto a medicamentos, observação quanto ao fluxo dos medicamentos na unidade hospitalar e elaboração de normas e controles de qualidade, bem como de editais de compra e especificações técnicas para medicamentos. A Sociedade de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde (SBRAFH) resume em seis grandes grupos as atribuições que orientam a rotina do farmacêutico hospitalar.
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Gestão – Formulação, implementação e acompanhamento do planejamento estratégico, estabelecendo critérios e/ou indicadores para avaliação do desempenho do serviço;
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Desenvolvimento de infraestrutura – Disponibilidade de equipamentos e instalações adequadas ao gerenciamento de medicamentos, saneantes e produtos para a saúde, manipulação de produtos estéreis e não?estéreis, bem como um sistema de gestão informatizado;
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Preparo, distribuição, dispensação e controle de medicamentos e produtos para a saúde – Implantação de um sistema racional de distribuição;
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Otimização da terapia medicamentosa – Consiste na obtenção do efeito terapêutico adequado à situação clínica do paciente utilizando o menor número de fármacos, durante o período mais curto e com o menor custo possível;
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Informação sobre medicamentos e produtos para a saúde – Além das informações demandadas, a Farmácia Hospitalar deve elaborar e divulgar guias, boletins informativos sobre o uso de medicamentos;
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Ensino, educação permanente e pesquisa – Formação, capacitação e qualificação dos recursos humanos deverão ser contínuas, em quantidade e qualidade suficientes para o correto desenvolvimento da assistência farmacêutica.
4. Mercado de trabalho e áreas de atuação
O mercado de trabalho para farmacêuticos hospitalares é aberto, principalmente em hospitais filantrópicos, públicos e privados. A faixa salarial de quem trabalha com Farmácia Hospitalar varia entre R$ 1.800,00 e R$ 12.000,00.
A atuação em grandes centros urbanos são financeiramente mais valorizados, principalmente em hospitais privados. Os profissionais que optarem pelas instituições públicas devem se submeter a concursos, mas podem se deparar com infraestrutura limitada.
5. Como se preparar para a Farmácia Hospitalar
O primeiro passo para a preparação é ter certeza de que você quer seguir esta área. Para isso, pesquise bem suas possibilidades e encontre o caminho que mais se encaixa com o seu perfil e com suas necessidades. Leia conteúdos, converse com colegas que já atuam na área e pense bem em como e onde você se vê trabalhando nos próximos anos.
Depois que você tiver certeza do caminho que quer seguir, é preciso estudar bastante sobre a instituição que oferece a especialidade que você escolheu! Além disso, importante estabelecer também uma rotina de estudos para se preparar ao processo seletivo, se houver, e para gerir seu tempo durante o desenvolvimento do curso. Temos algumas sugestões para você:
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Referências